Pesquisadores da Unesp e Embrapa criaram uma ferramenta de inteligência artificial para monitorar o estresse do tambaqui, melhorando o bem-estar animal e a seleção genética. A inovação pode transformar práticas na aquicultura.

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveram uma ferramenta de inteligência artificial (IA) para avaliar o estresse do tambaqui (Colossoma macropomum), um peixe nativo do Brasil. O estudo, publicado na revista Aquaculture, pode impactar positivamente o bem-estar dos animais e a seleção genética de exemplares mais tolerantes a ambientes de cultivo.
O tambaqui é amplamente cultivado, especialmente nos Estados da região Norte, e o Brasil é o maior produtor mundial, com uma produção de 110 mil toneladas em 2022. Os pesquisadores observaram que, em condições estressantes, os peixes apresentavam coloração mais escura, o que levou ao desenvolvimento da ferramenta de IA para monitorar essas mudanças.
Diogo Hashimoto, professor do Centro de Aquicultura da Unesp, explicou que a equipe treinou um software com mais de três mil imagens de tambaquis para identificar um limiar de estresse. A pesquisa envolveu a coleta de imagens de 3.780 indivíduos de duas populações, uma da Unesp e outra da Embrapa Pesca e Aquicultura, em Palmas, no Tocantins.
Os pesquisadores utilizaram um modelo de aprendizado profundo para determinar o grau de estresse dos tambaquis, analisando a quantidade de pixels pretos em relação aos brancos nas imagens. A pesquisa revelou que a tolerância ao estresse é uma característica herdável, o que pode resultar em gerações de peixes mais saudáveis e com melhor desempenho em ambientes de cultivo.
Além disso, a mudança na coloração sob estresse, já observada em outras espécies de peixe, foi confirmada no tambaqui. Experimentos mostraram que a exposição a um hormônio ligado ao estresse resultou na expansão de melanóforos, células que escurecem a coloração das escamas. Essa descoberta abre novas possibilidades para a melhoria das práticas de cultivo e bem-estar animal.
A ferramenta de IA pode ser um recurso valioso para piscicultores, permitindo monitorar o estresse dos peixes de forma eficiente. A união da pesquisa científica com a prática da aquicultura pode transformar a produção de tambaqui, promovendo o bem-estar animal. Projetos que visam apoiar essa pesquisa e a melhoria das condições de cultivo podem fazer a diferença na sustentabilidade da aquicultura brasileira.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) deve decidir sobre a legalidade de licenças para desmatamento no Pantanal, com um caso envolvendo 20,5 mil hectares pronto para julgamento. A nova lei estadual exige licenças mais rigorosas.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, visitou a Estação de Tratamento de Água 1 da Adutora do Seridó, que já apresenta 81% de avanço e atenderá 80 mil pessoas no Rio Grande do Norte. A obra, com investimento de R$ 310 milhões, garantirá segurança hídrica por 50 anos, beneficiando cidades afetadas pela seca.

A Floresta Nacional de Brasília (Flona) se destaca como um refúgio para atividades ao ar livre, atraindo cerca de oitenta mil visitantes anualmente, com trilhas melhoradas e infraestrutura acessível. Os taguatinguenses valorizam a Flona, que abrange 5,6 mil hectares e é vital para o abastecimento de água do Distrito Federal. Com cinco trilhas, incluindo a Sucupira, de 36 quilômetros, o local se tornou mais seguro e convidativo, promovendo saúde e lazer.

A Unesp avança na Química Verde com o lançamento da tradução do livro "Química Verde: Teoria e prática" e novas disciplinas na graduação e pós-graduação, promovendo práticas sustentáveis. A iniciativa, que começou em 2019, visa integrar a sustentabilidade na formação dos estudantes e nas pesquisas, com impacto positivo no meio ambiente.

Estudo do Ipam revela que a recuperação do bioma amazônico é viável com ações urgentes, destacando a resiliência das florestas e a importância de políticas eficazes para evitar um colapso ecológico.

A Conferência dos Oceanos, em junho, será crucial para as negociações climáticas da COP30 em Belém, destacando a urgência de integrar oceanos e biodiversidade nas discussões. David Obura, chairman da IPBES, alerta sobre a perda de serviços ecossistêmicos e a necessidade de decisões imediatas para evitar danos irreversíveis.