Investigação da Earthsight revela que couro bovino de áreas desmatadas no Pará é utilizado por marcas de luxo na Itália, levantando preocupações sobre ética e sustentabilidade na moda. A COP-30, que ocorrerá em novembro, destaca a urgência do tema.
Uma investigação da Earthsight revelou que o couro bovino proveniente de áreas desmatadas no Pará está sendo utilizado por marcas de luxo na Itália. O relatório, intitulado "O preço oculto do luxo: o que as bolsas de grife da Europa estão custando à Floresta Amazônica", aponta que marcas como Coach, Fendi e Hugo Boss estão entre as compradoras desse material, que pode estar ligado à violação de terras indígenas e ao desmatamento ilegal na Amazônia.
A pesquisa analisou registros de remessas de couro, dados do setor pecuário e imagens de satélite, além de entrevistas e investigações de campo. O estudo destaca que muitos produtos de luxo, que custam centenas de dólares, podem ter origem em fazendas embargadas por violações ambientais, especialmente na Terra Indígena Apyterewa, no Pará. Lara Shirra White, pesquisadora da Earthsight, enfatiza que os consumidores esperam que produtos de alto valor sejam éticos e sustentáveis, mas muitos não têm ideia de sua verdadeira origem.
A desconfiança surgiu após investigações do Ministério Público Federal (MPF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre ilegalidades na pecuária. Desde 2023, ações judiciais foram movidas contra responsáveis pela comercialização de gado criado ilegalmente. O território indígena de São Félix do Xingu foi um dos mais afetados durante o governo de Jair Bolsonaro, que terminou em dezembro de 2022.
A Earthsight investigou o frigorífico Frigol, que comprou gado de pecuaristas envolvidos em ações judiciais. Entre 2020 e 2023, mais de 40% desses pecuaristas forneceram gado para a Frigol, resultando na produção de aproximadamente 425 toneladas de couro. A falta de rastreabilidade no setor pecuário brasileiro é um problema crítico, pois permite a prática da "lavagem de gado", onde bois de fazendas ilegais são transferidos para propriedades regularizadas antes da venda.
Após o abate, parte do couro é exportada, com a Durlicouros sendo a maior exportadora do Pará. Entre 2020 e 2023, a empresa enviou mais de 14.700 toneladas de couro para a Itália, abastecendo curtumes que fornecem marcas de luxo. A investigação levanta questões sobre a transparência nas cadeias de fornecimento e a eficácia das certificações, como a Leather Working Group, que não exigem rastreabilidade até as fazendas de origem.
As marcas mencionadas negam as alegações, afirmando que utilizam menos de 10% de couro brasileiro e que estão comprometidas em melhorar a rastreabilidade. A legislação antidesmatamento da União Europeia, prevista para entrar em vigor, pode impactar a compra de produtos de áreas desmatadas. A implementação de sistemas de rastreabilidade e a transparência são essenciais para combater as ilegalidades no setor. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos, promovendo iniciativas que garantam a proteção ambiental e os direitos das comunidades indígenas.
A Justiça Federal anulou contratos de exploração de madeira no PAE Maracá, em Mazagão (AP), devido a irregularidades e falta de anuência do Incra, enquanto a empresa TW Forest recorre da decisão. A medida visa proteger a área e os direitos dos assentados.
Criptomoedas, como o Bitcoin, enfrentam críticas pelo alto consumo energético da mineração, mas novas abordagens, como a Prova de Participação e o uso de energia renovável, oferecem soluções sustentáveis. O Brasil, com sua matriz energética limpa, pode se destacar, embora desafios regulatórios ainda persistam.
O Senado aprovou o PL 2.159/2021, que facilita licenças ambientais, gerando críticas por potencializar a degradação e isentar atividades de licenciamento. A Câmara deve corrigir os erros do projeto.
As Reuniões Climáticas de Junho em Bonn trouxeram avanços para a COP30, mas questões de financiamento e adaptação permanecem em impasse. Diplomacia brasileira é elogiada, mas desafios persistem.
O Brasil se prepara para sediar a COP30 em novembro de 2023, enfrentando desafios nas negociações climáticas e buscando consenso no Brics sobre metas e financiamento. O presidente Lula destaca a urgência de ações concretas.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) prevê chuvas acima da média em julho de 2025 em partes do Nordeste e Sul, enquanto outras regiões enfrentarão temperaturas elevadas, impactando a agricultura. A previsão sugere riscos para culturas em áreas com baixa umidade e benefícios para safras em regiões com chuvas intensas.