O Brasil se prepara para sediar a COP30 em novembro de 2023, enfrentando desafios nas negociações climáticas e buscando consenso no Brics sobre metas e financiamento. O presidente Lula destaca a urgência de ações concretas.
O Brasil será o anfitrião da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em novembro de 2023. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta desafios logísticos e de negociações climáticas, especialmente após a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris. Para liderar a conferência, foi nomeado o diplomata André Correa do Lago, conhecido por sua experiência em negociações ambientais.
Em entrevista, Correa do Lago destacou que a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris impactará as discussões na COP30. O acordo, firmado em 2015, estabelece medidas para conter o aquecimento global, e a ausência da maior economia do mundo pode influenciar outros países a não cumprirem suas obrigações climáticas.
Faltando sete meses para a COP30, o governo brasileiro já identificou desafios nas negociações, incluindo a apresentação das Metas de Contribuição Nacionalmente Determinadas (NDCs) e a necessidade de financiamento climático. Até agora, apenas dezenove dos 195 países signatários do Acordo de Paris apresentaram suas NDCs, o que representa cerca de dez por cento do total esperado.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfatizou a importância de que as NDCs sejam apresentadas até setembro de 2023, destacando que sem essas metas, não é possível medir o progresso climático global. O Brasil e a ONU estão mobilizando esforços para garantir que os países cumpram esse prazo, já que as NDCs são fundamentais para a redução das emissões de gases do efeito estufa.
Outro ponto crítico é o financiamento climático. Um estudo apresentado na COP29 estimou que serão necessários US$ 1,3 trilhão até 2035 para financiar ações de combate às mudanças climáticas. O compromisso de US$ 300 bilhões assumido na COP29 foi considerado insuficiente, e países em desenvolvimento, como o Brasil, pedem que nações mais ricas contribuam mais, devido à sua histórica responsabilidade nas emissões.
Além disso, a dependência global de combustíveis fósseis, que representa cerca de setenta e cinco por cento das emissões de gases de efeito estufa, precisa ser discutida em nível internacional. Marina Silva afirmou que é essencial desenvolver um plano justo para a transição energética. A COP30 pode ser uma oportunidade para a sociedade civil se unir e apoiar iniciativas que promovam a sustentabilidade e a justiça climática, contribuindo para um futuro mais verde e equitativo.
A Toyota apresenta na Agrishow um protótipo funcional da picape Hilux movida a biometano, destacando a redução de até 90% nas emissões de carbono. O veículo, desenvolvido para atender a demanda de agricultores, ainda está em fase de testes e não tem data de lançamento definida.
Subhra Bhattacharjee, nova diretora-geral do FSC, destaca desafios e a COP30. A certificação florestal é crucial para combater o desmatamento e proteger comunidades.
Ibama embargou 22 áreas na APP da UHE Corumbá IV, em Goiás, por construções irregulares, registrando 21 autos de infração e notificações para apuração de mais infrações.
Pesquisadores da Unesp criaram uma tecnologia inovadora que utiliza imagens de satélite e inteligência artificial para mapear o uso do solo no Mato Grosso, alcançando 95% de precisão nas análises. Essa metodologia pode auxiliar na formulação de políticas públicas que beneficiem tanto a agropecuária quanto a preservação ambiental.
Na COP30, em Belém, a inclusão das big techs nas negociações sobre energia renovável será debatida, destacando a importância da participação de povos tradicionais. O evento abordará soluções climáticas como biometano e hidrogênio verde, com foco na transição energética e na redução das emissões de gases de efeito estufa.
Incêndios florestais no Brasil aumentam em frequência e intensidade, devastando áreas maiores que a Itália em 2024, devido a fatores climáticos e humanos, sem um sistema nacional eficaz de combate. A combinação de mudanças climáticas e degradação ambiental tem intensificado os incêndios na Amazônia e no Pantanal, revelando a urgência de um sistema nacional de combate a incêndios.