As Reuniões Climáticas de Junho em Bonn trouxeram avanços para a COP30, mas questões de financiamento e adaptação permanecem em impasse. Diplomacia brasileira é elogiada, mas desafios persistem.

As Reuniões Climáticas de Junho, realizadas em Bonn, na Alemanha, serviram como um termômetro para as negociações da COP30, que ocorrerá em Belém em novembro. O evento, focado em discussões técnicas, resultou em avanços em dois dos três temas prioritários da agenda brasileira. Apesar dos progressos, questões como financiamento e adaptação ainda permanecem em impasse, o que exige atenção redobrada na próxima conferência.
Claudio Angelo, coordenador de política internacional do Observatório do Clima, destacou que as vitórias nas negociações climáticas não são sempre claras. Ele avaliou que, considerando o contexto internacional desafiador, o Brasil foi aprovado em seu primeiro teste como presidente da COP30. As negociações, que começaram de forma lenta, ganharam impulso na reta final, estendendo-se até a madrugada do dia 27 de junho.
Embora não tenha sido alcançado um acordo final, os textos discutidos em Bonn estão em um estágio mais avançado para a COP30, o que pode facilitar as negociações. A meta global de adaptação, conhecida como GGA (Global Goal on Adaptation), teve um texto aprovado, mas ainda apresenta desacordos significativos entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, especialmente em relação ao financiamento e indicadores de progresso.
A força-tarefa Adaptação como Prioridade Rumo à COP30, composta por diversas organizações não governamentais da América Latina, avaliou que, apesar dos avanços técnicos, a GGA não responde com a urgência que a situação exige. Outros temas, como os Planos Nacionais de Adaptação (NAPs) e o financiamento, continuam estagnados, o que pode complicar as discussões em Belém.
Houve também um acordo sobre a transição justa, que inclui referências à necessidade de se afastar dos combustíveis fósseis. Anna Cárcamo, especialista em política climática do Greenpeace Brasil, ressaltou que o texto final precisa avançar para a implementação efetiva. A terceira prioridade da delegação brasileira, o diálogo sobre o balanço global, teve avanços menos claros, com propostas que compilaram textos distintos, deixando decisões para a COP30.
A embaixadora Liliam Chagas, negociadora-chefe do Brasil, considerou os resultados da pré-COP positivos, afirmando que a maioria dos itens prioritários avançou. No entanto, a questão do financiamento, especialmente o público, ainda é um desafio que o Brasil terá que enfrentar. A postura da diplomacia brasileira foi elogiada por sua disposição em ouvir todas as partes. Em um momento em que a solidariedade é crucial, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a justiça climática e a adaptação às mudanças climáticas.

Startups Solos e So+ma se uniram à Heineken para promover a reciclagem de garrafas de vidro na Bahia, visando a circularidade total até 2028. A parceria conecta consumidores e catadores, ampliando o impacto sustentável.

O governo brasileiro realizará em outubro um leilão para contratar baterias, visando reduzir apagões e cortes na geração de energia renovável. Empresas como BYD e Huawei demonstram interesse em investir.

O governo de São Paulo planeja leiloar em setembro de 2026 os primeiros contratos do programa Integra Resíduos, com doze consórcios municipais já aderidos. A iniciativa visa otimizar a gestão de resíduos sólidos no estado.

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu a emergência em Ibirajuba e Casinhas, permitindo acesso a recursos federais para enfrentar a estiagem. As prefeituras podem solicitar ajuda para ações de defesa civil.

A devastação por incêndios na Amazônia Legal caiu 65% em julho de 2025, mas o desmatamento aumentou 4% entre agosto de 2024 e julho de 2025, segundo o MapBiomas. A redução é atribuída ao retorno das chuvas e maior cautela de produtores.

Uma frente fria se aproxima da Região Sul do Brasil, trazendo temporais e queda acentuada de temperatura, com rajadas de vento de até 100 km/h. As áreas mais afetadas incluem o centro-oeste do Rio Grande do Sul e partes de Santa Catarina e Paraná. A previsão é de que as temperaturas caiam mais de 15°C até sexta-feira, afetando também São Paulo e Rio de Janeiro.