Iniciativa privada na Amazônia avança em práticas sustentáveis, destacando bioeconomia e tecnologias sociais, com apoio de líderes como Alex Dias de Carvalho e João Meirelles.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Alex Dias de Carvalho, afirmou que a iniciativa privada está avançando em direção a práticas sustentáveis e de preservação ambiental. Embora reconheça os desafios a serem enfrentados, Carvalho acredita que não haverá retrocessos nesse caminho. Durante o painel “O papel da iniciativa privada para fomentar a inovação na Amazônia”, realizado em abril, ele destacou a necessidade de um novo modelo de desenvolvimento que considere a finitude dos recursos naturais.
Carvalho enfatizou que a Fiepa está disposta a dialogar e inovar em prol da bioeconomia, incentivando as empresas a repensarem seus modelos de negócios. Ele mencionou que a jornada para essa transformação envolve a colaboração com a academia e organizações não governamentais, sendo a bioeconomia um dos eixos centrais dessa trajetória.
João Meirelles, diretor-geral e CEO do Instituto Peabiru, complementou a discussão ao abordar a importância das “tecnologias sociais”. Segundo ele, essas tecnologias devem integrar saberes tradicionais dos povos locais com conhecimentos científicos, tornando-os acessíveis a todos. Meirelles citou o exemplo do açaí, onde a coleta envolve um grande número de trabalhadores, mas carece de equipamentos de proteção adequados, ressaltando a necessidade de capacitação e troca de conhecimentos entre pequenos produtores e grandes empresas.
Meirelles também destacou que o Instituto Peabiru e outras organizações estão prontos para ajudar os pequenos produtores, mas é essencial que haja demanda por parte das empresas. Ele provocou a audiência ao afirmar que as soluções já existem, mas a falta de articulação entre os diferentes agentes é um obstáculo a ser superado.
Correia acredita que a COP30 será uma oportunidade para fortalecer a colaboração entre todos os envolvidos na produção na Amazônia. Ela reafirmou que o Brasil tem um papel importante na solução climática. Nesse contexto, a união de esforços pode ser a chave para promover iniciativas que beneficiem tanto as comunidades locais quanto a preservação ambiental, mostrando que a sociedade civil pode fazer a diferença em projetos que visam a sustentabilidade.
O Tesouro Nacional lançou o segundo edital do programa de economia verde, permitindo até 40% de financiamento interno e juros de 1% ao ano, visando restaurar 1 milhão de hectares. A iniciativa busca mobilizar R$ 10 bilhões em investimentos privados.
O Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza no Rio de Janeiro busca transformar a mobilização de capital para enfrentar a lacuna de US$ 200 bilhões em financiamento climático no Brasil. Com a participação de líderes do governo e da sociedade civil, o evento visa posicionar o país como protagonista na agenda climática global, promovendo soluções que integrem desenvolvimento, inclusão e conservação ambiental.
Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará descobriram crostas biológicas formadas por bactérias que podem ser a chave para recuperar áreas degradadas da caatinga, bioma ameaçado pela desertificação. Essa descoberta gerou a Caatinga Microbiome Initiative, uma rede colaborativa que busca entender e preservar esse ecossistema único.
A Polícia Federal, em colaboração com o Ibama e a FUNAI, destruiu 16 dragas de garimpo ilegal no Vale do Javari, visando proteger comunidades indígenas e ecossistemas ameaçados. A operação Nindaid Isquim, realizada entre 24 de abril e 1º de maio, também coletou informações para futuras investigações sobre líderes e financiadores do garimpo.
Entre 20 e 29 de maio de 2025, o Ibama, em parceria com a Cetesb e a Marinha do Brasil, conduziu a Operação Inventário no Porto de Santos e Guarujá, inspecionando 36 terminais para aprimorar a resposta a emergências ambientais. A iniciativa visa fortalecer a cultura de prevenção e garantir a eficácia na resposta a vazamentos de óleo, com a participação de equipes de diversos estados e a elaboração de relatórios para regularização de inadequações.
Estudo recente aponta que a taxa de extinção de espécies aumentou drasticamente nos últimos cinco anos, evidenciando que o aquecimento global acelera esse processo alarmante.