Uma nova pesquisa revela que o arroz pode ser a cultura menos afetada pelas mudanças climáticas, com uma queda projetada de apenas 1% nos rendimentos até 2100, enquanto outras culturas enfrentam perdas de até 22%. O estudo destaca a adaptabilidade do arroz e o aumento da renda na Ásia como fatores que podem mitigar os impactos negativos.

Uma nova pesquisa revela que, em meio às mudanças climáticas que afetam a agricultura global, o arroz pode ser a cultura menos impactada. O estudo, que analisou a produção futura de seis culturas básicas, indica que os rendimentos globais de arroz devem cair apenas 1% até o ano de dois mil e cem, enquanto outras culturas, como trigo e soja, podem sofrer perdas de até 22%. Essa descoberta é crucial para entender como as mudanças climáticas moldam o sistema alimentar mundial.
Segundo Andy Hultgren, autor principal do estudo e professor assistente na Universidade de Illinois Urbana-Champaign, o arroz é mais adaptável e, portanto, está em uma posição mais favorável. O calor extremo, especialmente as altas temperaturas diurnas, prejudica o rendimento de várias culturas, mas pode criar condições propícias para algumas variedades de arroz, especialmente nas regiões úmidas do sul e sudeste asiático.
Embora algumas pesquisas anteriores tenham indicado que noites mais quentes podem reduzir o rendimento do arroz, Hultgren ressalta que o efeito varia conforme a variedade da planta e as condições climáticas locais. Em regiões muito úmidas, temperaturas mínimas mais altas podem ser benéficas, principalmente em áreas com maior renda, onde os agricultores podem investir em tecnologias de adaptação.
O estudo também destaca que o aumento da renda na Ásia permitirá que os agricultores adotem variedades de arroz mais produtivas, contribuindo para mitigar as perdas. Embora os rendimentos de arroz ainda estejam projetados para cair, a queda é significativamente menor em comparação com outras culturas. Por exemplo, a soja pode enfrentar uma redução de até 22% em seus rendimentos.
Os pesquisadores utilizaram dados detalhados sobre rendimentos globais e técnicas de aprendizado de máquina para avaliar como as mudanças climáticas e as adaptações dos agricultores afetam a produtividade agrícola. O estudo sugere que, sem intervenções, os rendimentos globais podem cair cerca de 10% até dois mil e cinquenta, mas com adaptações, essa queda pode ser reduzida para quase 8%.
As projeções indicam que a adaptação pode aliviar, mas não eliminar, a redução dos rendimentos. Regiões agrícolas importantes, como o Meio-Oeste dos Estados Unidos, devem enfrentar grandes declínios na produção de milho e soja. Em situações como essa, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que ajudem os agricultores a se adaptarem e a manterem suas produções em tempos de crise climática.

Mariângela Hungria, da Embrapa Soja, será premiada em outubro com o Prêmio Mundial de Alimentação 2025, destacando seu trabalho com microrganismos como fertilizantes em 15 milhões de hectares no Brasil. A pesquisa enfrenta desafios como financiamento instável e desigualdades regionais, mas é crucial para a sustentabilidade agrícola e o futuro do setor, que pode alcançar R$ 45 bilhões até 2032. O apoio governamental e melhores condições de trabalho são essenciais para atrair jovens pesquisadores.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, critica a aprovação de projeto no Senado que flexibiliza o licenciamento ambiental, alertando para riscos aos compromissos climáticos do Brasil e acordos internacionais. A proposta inclui renovação automática de licenças para atividades de baixo e médio impacto, levantando preocupações sobre possíveis danos ambientais.

Neste domingo (1º), manifestações em oito capitais do Brasil expressaram apoio à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e protestaram contra o polêmico PL 2159/2021, que flexibiliza o licenciamento ambiental. Os atos destacaram a insatisfação com a falta de apoio do governo Lula e a desvalorização da ministra no Senado, onde enfrentou ataques. Ambientalistas alertam que o projeto pode agravar a exploração de recursos naturais e comprometer a proteção ambiental.

A nova lei do licenciamento ambiental no Brasil gera polêmica, mas a ministra Marina Silva defende que os vetos de Lula garantem a voz dos indígenas na exploração mineral. A COP30 é vista como uma oportunidade para avanços na transição energética.

Um mutirão de limpeza na Ilha Grande, promovido pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a ONG Somos Natureza, removeu 242 quilos de lixo, incluindo resíduos de outros países. Voluntários internacionais participaram da ação, que destaca a poluição marinha e a importância da conservação ambiental.

Um tubarão-martelo de 2,5 metros foi avistado na Praia da Barra, no Rio de Janeiro, gerando alvoroço entre banhistas e surfistas, mas sem incidentes. O biólogo Marcelo Szpilman afirma que a presença do animal não representa risco significativo.