André Clark, da Siemens Energy, ressalta a relevância da COP-30 no Brasil para abordar mudanças climáticas e segurança energética, destacando o papel do país em energias renováveis e a necessidade de adaptação.
A Siemens Energy, que se dedica a soluções energéticas sustentáveis, enfrenta desafios significativos na transição energética global. André Clark, vice-presidente da empresa para a América Latina, destacou a importância da COP-30, que ocorrerá em novembro no Brasil, como um momento crucial para discutir mudanças climáticas e segurança energética. Ele enfatizou que a adaptação às novas realidades climáticas é uma prioridade, uma vez que a mitigação já não é suficiente.
Clark afirmou que a segurança energética é uma preocupação central para a população, que busca garantir o fornecimento de energia, independentemente da fonte. Ele observou que a dependência global de hidrocarbonetos ainda é alta, com mais de oitenta por cento dos sistemas energéticos baseados nesses combustíveis. Essa situação gera uma dicotomia entre a necessidade de energia e a urgência de uma transição para fontes mais limpas.
O Brasil, segundo Clark, possui um potencial energético diversificado, incluindo recursos eólicos, solares e térmicos. Ele ressaltou que o país tem se destacado na adição de energias renováveis, embora a transição completa ainda não tenha ocorrido. A demanda crescente por energia, impulsionada pela eletrificação, tem levado os países a investirem em diversas fontes, incluindo gás natural, o que complica as questões de segurança energética.
A matriz energética brasileira é considerada única, com cerca de quarenta por cento de sua energia proveniente de fontes renováveis. Clark mencionou que o Brasil tem grandes oportunidades para expandir sua rede de energia verde, especialmente no hidrogênio verde, onde o país apresenta um dos menores custos de produção. No entanto, ele alertou que a criação de um mercado para o hidrogênio é um desafio a ser enfrentado.
A COP-30 no Brasil será uma oportunidade para o país mostrar sua liderança em discussões sobre sustentabilidade e mudanças climáticas. Clark acredita que o evento será pragmático e realista, especialmente ao reavaliar os compromissos de redução de emissões estabelecidos no Acordo de Paris. Ele destacou a importância do Brasil em serviços ambientais, como a recomposição florestal e a captura de carbono, que são essenciais para a preservação dos biomas e a segurança hídrica do país.
Com a COP-30 se aproximando, a união da sociedade civil é fundamental para enfrentar os desafios climáticos e energéticos. Projetos que promovem a sustentabilidade e a preservação ambiental podem ser impulsionados por iniciativas coletivas, fortalecendo a posição do Brasil como líder na descarbonização e na proteção de seus recursos naturais.
Durante a cúpula do Brics, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a OTAN e a AIEA, defendendo uma transição justa para energias sustentáveis e anunciou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre na COP 30. Lula destacou a urgência de priorizar o desenvolvimento sustentável e a erradicação de doenças, enfatizando que a falta de recursos afeta os países em desenvolvimento.
Uma carta aberta de 290 empresas, incluindo gigantes como Coca-Cola e Nestlé, clama por um tratado global para combater a poluição plástica, com reunião decisiva marcada para agosto em Genebra. O documento destaca a urgência de regulamentações harmonizadas para enfrentar a crise ambiental, já que apenas 9% do plástico é reciclado globalmente.
A bióloga Yara Barros, coordenadora do projeto Onças do Iguaçu, foi premiada com o Whitley Award, recebendo £ 50 mil para expandir suas iniciativas de conservação da onça-pintada no Paraná. O prêmio aumenta a visibilidade do projeto e possibilita a compra de equipamentos e treinamento, visando a preservação dessa espécie ameaçada.
A Cooxupé inicia sua colheita de café com o fertilizante lower carbon da Yara, reduzindo a pegada de carbono em até 90%. A parceria envolve 30 produtores e visa aumentar a qualidade e sustentabilidade do grão.
Uma escultura de "O Pensador" de Rodin é coberta por lixo plástico em protesto durante negociações da ONU para um tratado global contra a poluição plástica, destacando a urgência da crise ambiental. O artista Benjamin Von Wong busca conscientizar sobre os impactos da poluição nas futuras gerações.
Pesquisadores da Universidade Federal do ABC analisaram sedimentos do Lago das Garças e revelaram a evolução da poluição por metais em São Paulo ao longo do século XX. O estudo destaca a queda do chumbo após 1986, evidenciando o impacto positivo de políticas ambientais.