A bióloga Yara Barros, coordenadora do projeto Onças do Iguaçu, foi premiada com o Whitley Award, recebendo £ 50 mil para expandir suas iniciativas de conservação da onça-pintada no Paraná. O prêmio aumenta a visibilidade do projeto e possibilita a compra de equipamentos e treinamento, visando a preservação dessa espécie ameaçada.
A bióloga Yara Barros, coordenadora do projeto Onças do Iguaçu, recebeu o Whitley Award, um dos mais prestigiados prêmios internacionais em conservação, nesta quarta-feira, 30 de abril. Com trinta anos de experiência, Barros lidera iniciativas para a preservação da onça-pintada, espécie criticamente ameaçada no Paraná. A cerimônia de premiação ocorreu em Londres, onde outros cinco conservacionistas de diferentes países também foram reconhecidos. Cada um recebeu £ 50 mil (cerca de R$ 380 mil) para aplicar em seus projetos ao longo de um ano.
Barros expressou sua felicidade pelo reconhecimento, afirmando que o prêmio traz maior visibilidade ao projeto e aumenta as chances de parcerias. "O recurso nos permite ampliar nossas ações", destacou. O valor do prêmio será destinado à compra de equipamentos, treinamento de pessoal e realização de censos, além de aquisição de armadilhas fotográficas. O projeto Onças do Iguaçu investe anualmente cerca de R$ 800 mil em suas atividades.
Desenvolvido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em parceria com o Parque Nacional do Iguaçu, o Instituto Pró-Carnívoros e o WWF Brasil, o projeto visa garantir a conservação da onça-pintada como espécie-chave da biodiversidade na região. As ações incluem pesquisa, engajamento comunitário e apoio a políticas públicas. Barros e sua equipe realizam aproximadamente 400 visitas anuais em dez municípios ao redor do parque, mantendo contato constante com a comunidade.
Além da pesquisa, o projeto também se dedica à conscientização da população para evitar incidentes com as onças. As comunidades recebem guias de coexistência e manejo de carcaças, visando melhorar a relação entre humanos e esses felinos. Barros enfatiza que, em condições naturais, as onças tendem a evitar o contato humano. "Nas raras vezes em que encontramos onças na natureza, elas rapidamente se afastam", afirmou.
Recentemente, um caso trágico chamou a atenção para a importância da conscientização. Um caseiro foi encontrado morto após ser atacado por uma onça-pintada em Mato Grosso do Sul. O animal havia sido atraído por alimentação irregular, o que alterou seu comportamento natural. Barros alerta que a domesticação de animais silvestres pode levar a situações perigosas, pois a relação entre humanos e onças se torna distorcida.
Além de seu trabalho com onças, Barros também atuou na conservação da ararinha-azul, atualmente extinta na natureza. Por sua dedicação, ela receberá o prêmio Wings - Women of Discovery em outubro, nos Estados Unidos. A atuação de Barros e sua equipe é um exemplo de como a conservação pode ser fortalecida. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visam proteger a biodiversidade e promover a coexistência pacífica entre humanos e a vida selvagem.
No painel Forecasting COP30 do Web Summit Rio, Nathaly Kelley criticou a influência corporativa nas conferências climáticas, enquanto Nielsen destacou a urgência de reduzir emissões. Ambos discutiram soluções para a crise climática.
Estudo revela que o aquecimento global pode aumentar em até 10% a mortalidade das árvores na Amazônia, impactando as emissões de gases de efeito estufa, comparáveis à Alemanha. Pesquisadores alertam para a gravidade da situação.
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) criaram um cimento verde com fibras vegetais que absorve 100 kg de CO2 por metro cúbico, utilizando óxido de magnésio como ligante, aumentando resistência e durabilidade. Essa inovação pode contribuir significativamente para a descarbonização da construção civil no Brasil.
Cidades brasileiras, como Caxias do Sul, Crato e Aracruz, estão adotando projetos inovadores para enfrentar as mudanças climáticas, com foco em reflorestamento e restauração de manguezais. Essas iniciativas visam aumentar a resiliência das comunidades e proteger a população.
Pesquisadores da UFRJ alertam que, até 2100, praias icônicas do Rio de Janeiro, como Copacabana e Ipanema, podem perder até 100 metros de faixa de areia devido ao aumento do nível do mar. A pesquisa indica inundações prolongadas na Baía de Guanabara e o risco de desaparecimento dos manguezais.
Pesquisadores da USP identificaram um novo gênero de sapinhos, Dryadobates, revelando ao menos 12 novas espécies, com três possivelmente extintas, destacando a urgência em sua conservação.