Pesquisadores da USP identificaram um novo gênero de sapinhos, Dryadobates, revelando ao menos 12 novas espécies, com três possivelmente extintas, destacando a urgência em sua conservação.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), com apoio da FAPESP, descreveram um novo gênero de sapinhos, chamado Dryadobates, a partir do que antes era considerado uma única espécie, Allobates olfersioides. O estudo, publicado no Bulletin of the American Museum of Natural History, revelou pelo menos doze novas espécies, com três delas possivelmente extintas. Essa descoberta ressalta a importância do monitoramento e da conservação das espécies da Mata Atlântica.
Os cientistas utilizaram técnicas avançadas para analisar DNA degradado de exemplares preservados em coleções de história natural. Essas técnicas, adaptadas de estudos de DNA antigo, permitiram identificar a diversidade oculta entre os sapinhos da Mata Atlântica. Ao comparar o genoma de espécimes de museus com os de populações vivas, os pesquisadores descobriram que a espécie amplamente distribuída era, na verdade, um grupo muito maior.
O estudo revelou que os sapinhos conservados pertencem a quatro espécies distintas, sendo que três delas podem estar extintas. As outras oito espécies ainda existem em diferentes locais da Mata Atlântica, principalmente nos Estados do Espírito Santo e da Bahia. Taran Grant, professor do Instituto de Biociências da USP e coordenador do estudo, destacou a tristeza de saber que algumas espécies já foram perdidas sem que se tivesse conhecimento disso.
O trabalho faz parte de um projeto mais amplo sobre a diversificação dos anfíbios, que possibilitou a criação de um laboratório de DNA histórico na USP. O gênero Dryadobates foi estabelecido para abrigar os sapinhos da Mata Atlântica, e as três espécies anteriormente descritas foram revalidadas sob essa nova classificação. Duas das novas espécies foram nomeadas em homenagem aos pioneiros do estudo do grupo.
As implicações para a conservação são significativas. A descoberta de várias espécies, em vez de uma única, altera a abordagem necessária para a proteção delas, uma vez que cada espécie pode enfrentar desafios diferentes devido à fragmentação do habitat. Atualmente, Allobates olfersioides está classificada como "menor preocupação" na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), mas o estudo sugere que essa classificação pode ser inadequada.
Além disso, a pesquisa identificou que 25% das espécies conhecidas do gênero Dryadobates podem ter se extinguido nos últimos cinquenta anos. Isso indica a necessidade urgente de monitoramento e proteção das espécies restantes. A união da sociedade civil pode ser fundamental para garantir a preservação dessas rãs e de seu habitat, promovendo ações que ajudem a proteger a biodiversidade da Mata Atlântica.

Água do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) chegou a São Bento, na Paraíba, e deve alcançar o Rio Grande do Norte em breve, beneficiando milhares de pessoas no semiárido. A liberação histórica marca a primeira vez que a água do PISF chega ao estado potiguar, com a expectativa de fortalecer o abastecimento e as atividades econômicas locais. O percurso de 412 quilômetros envolve um complexo sistema de reservatórios e canais, com monitoramento contínuo da qualidade da água.

Pesquisadores da Universidade Federal do ABC analisaram sedimentos do Lago das Garças e revelaram a evolução da poluição por metais em São Paulo ao longo do século XX. O estudo destaca a queda do chumbo após 1986, evidenciando o impacto positivo de políticas ambientais.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vetou 63 dispositivos do projeto que flexibiliza o licenciamento ambiental, preservando normas de proteção. O governo enviou novas propostas ao Congresso, incluindo a manutenção do Licenciamento Ambiental Especial em três fases.

Cerca de 400 famílias do MST ocuparam a Usina São José, em protesto contra crime ambiental que matou mais de 235.000 peixes e exigem reforma agrária para agroecologia.

Estudo da Esalq-USP propõe a "distância mínima de corte" como critério para a exploração madeireira na Amazônia, visando preservar a diversidade genética das florestas. A pesquisa sugere que abordagens específicas para cada espécie são mais eficazes que as regras generalistas atuais, promovendo a polinização cruzada e a resiliência ambiental.

O Pará alcançou a menor área sob alertas de desmatamento em uma década, com 1.325 quilômetros quadrados, refletindo uma queda de 21% em relação ao período anterior e de 66% em comparação a 2020. O governador Helder Barbalho destaca que essa redução é resultado de um esforço conjunto em fiscalização e valorização da produção responsável.