O Papa Leão XIV se reuniu com representantes do Celam para discutir um documento que critica soluções inadequadas à crise climática e pede ações das nações ricas. A pesquisa revela que 71% dos brasileiros desconhecem a COP30.

A Igreja Católica, por meio do Papa Leão XIV, recebeu representantes do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam) para discutir a crise climática e suas implicações, especialmente em relação à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em novembro em Belém, no Pará. O encontro resultou na elaboração de um documento intitulado “Um apelo à justiça e à nossa casa comum: conversão ecológica, transformação e resistência a falsas soluções”.
O texto apresentado ao Papa destaca a urgência de ações concretas diante do colapso climático, que afeta principalmente as comunidades mais vulneráveis. Os representantes criticaram as chamadas “falsas soluções” e o “capitalismo verde”, que, segundo eles, não abordam as causas do problema ambiental. O documento pede que as nações ricas abandonem os combustíveis fósseis e promovam uma transição energética justa, além de reconhecerem suas dívidas ecológicas.
O evento COP30, que será a principal conferência sobre mudanças climáticas do mundo e a primeira a ser realizada no Brasil, ainda é desconhecido por grande parte da população. Uma pesquisa realizada pelo Ideia Instituto de Pesquisa e pelo instituto LaClima revelou que setenta e um por cento dos brasileiros não sabem o que é a COP30. O levantamento, que ouviu mil quinhentas e duas pessoas de diversas regiões do país, também mostrou que a pauta ambiental é considerada pouco relevante nas eleições.
De acordo com a pesquisa, o governo federal é visto como o “principal vilão do meio ambiente” pelos entrevistados. Apesar do desconhecimento sobre a COP30, setenta e oito por cento dos participantes afirmaram saber onde o evento será realizado, e setenta e dois por cento acreditam que ele terá impacto na luta contra as mudanças climáticas. Essa discrepância sugere que a população pode ter uma percepção fragmentada sobre o evento.
Cila Schulman, CEO do Ideia Instituto de Pesquisa, comentou que a falta de conhecimento sobre a COP30 reflete um distanciamento entre eventos climáticos e a população. Ela destacou a necessidade de campanhas mais claras que expliquem a importância do evento para a vida cotidiana das pessoas. Flávia Bellaguarda, diretora-presidente do instituto LaClima, considerou positivo que muitos saibam que a COP ocorrerá no Brasil, ressaltando a importância da cobertura midiática sobre o tema.
Em um cenário onde a conscientização sobre a crise climática é essencial, iniciativas que conectem a população a esses eventos podem fazer a diferença. A união da sociedade civil pode impulsionar projetos que promovam a educação ambiental e a participação popular, ajudando a transformar a realidade em que vivemos e a garantir um futuro mais sustentável.

Ibama autoriza testes de vazamento em Oiapoque, mas licença para perfuração na Margem Equatorial ainda não foi concedida. Petrobras afirma ter atendido exigências de segurança, mas debate sobre riscos ambientais persiste.

Artistas e ativistas de todo o Brasil estão promovendo uma campanha com lambe-lambes pedindo o veto integral do Projeto de Lei 2159/2021, que flexibiliza o licenciamento ambiental. A autodeclaração ambiental, um dos pontos criticados, permite que empreendedores atestem sua conformidade sem análise de órgãos competentes. A ação, coordenada pela artista Thais Trindade, utiliza imagens emblemáticas de Lula e já viralizou nas redes sociais. O presidente tem até 8 de agosto para decidir, enfrentando pressão de setores a favor da lei.

O Painel de Carbono Florestal, lançado pela ONG Idesam, mapeou 175 projetos de crédito de carbono no Brasil, revelando sobreposições de terras e exclusão de comunidades tradicionais. Apenas 11 projetos pertencem a territórios coletivos.
O Ibama concedeu a primeira licença prévia para um projeto de energia eólica offshore em Areia Branca, RN, com capacidade de 24,5 MW, destacando a importância da regulação ambiental na transição energética do Brasil.

A ISA Energia, com um investimento de R$ 150 milhões, lançou o primeiro sistema de armazenamento em baterias em larga escala do Brasil, visando estabilizar a rede elétrica e evitar apagões. A empresa planeja investir R$ 5,5 bilhões nos próximos cinco anos para expandir essa tecnologia, que já demonstrou eficácia em atender a demanda sazonal no litoral paulista.

A Prefeitura de São Paulo lançará um edital para abastecer ônibus com biometano, visando acelerar a descarbonização da frota, enquanto enfrenta desafios com a infraestrutura de carregamento de ônibus elétricos. A medida busca solucionar a paralisia de 40 ônibus elétricos por falta de energia e inclui a instalação de "superbaterias" da Huawei em garagens. A meta é ter 2.200 veículos não poluentes até 2028.