Usinas de açúcar e etanol em São Paulo lançam campanhas contra queimadas, visando proteger a safra 2025/26, que deve ser inferior à anterior devido à seca e incêndios. Ações incluem carreatas e educação comunitária.

A seca no interior de São Paulo e o histórico de incêndios nas lavouras de cana-de-açúcar levaram usinas de açúcar e etanol a iniciar campanhas contra queimadas. Essas ações visam evitar prejuízos na safra 2025/26, que já é prevista como inferior à anterior devido às condições climáticas adversas. As queimadas, antes uma prática comum, agora resultam em perdas significativas de matéria-prima e riscos à saúde pública.
As usinas, como a Raízen, têm promovido carreatas e ações educativas em cidades paulistas. O objetivo é conscientizar a população sobre os riscos de incêndios e a importância da preservação das lavouras. A campanha "Quem ama a terra, não chama o fogo" inclui distribuição de cartilhas e blitz educativas, além de medidas práticas como a antecipação do corte da cana para reduzir a exposição ao fogo.
Dados da Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) indicam que os incêndios do ano passado causaram prejuízos superiores a R$ 500 milhões. O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) estima que 400 mil hectares foram afetados, com 40% dessa área ainda não colhida. A consultoria Datagro prevê uma safra de cana-de-açúcar de 612 milhões de toneladas para 2025/26, uma queda de 1,4% em relação à safra anterior.
A Raízen, que possui 35 unidades no Brasil, iniciou suas carreatas em Morro Agudo, uma importante produtora de cana. As ações visam não apenas a prevenção de incêndios, mas também a realocação de recursos para brigadas de incêndio em áreas críticas. A empresa destaca que os principais causadores de incêndios são bitucas de cigarro, fogueiras e limpeza de terrenos próximos a áreas urbanas.
A Abag-RP (Associação Brasileira do Agronegócio de Ribeirão Preto) também lançou uma campanha de combate a incêndios, que inclui um jogo de tabuleiro para estudantes e capacitação de professores. As atividades visam engajar a comunidade escolar na prevenção de queimadas. Além disso, a Copersucar e suas usinas associadas estão promovendo campanhas em 33 municípios de quatro estados.
Com o agravamento da seca e o aumento dos incêndios, a união da sociedade civil é fundamental para enfrentar essa crise. Projetos que incentivem a conscientização e a proteção do meio ambiente podem fazer a diferença e ajudar a preservar as lavouras e a saúde da população. A mobilização em torno dessas causas é essencial para garantir um futuro mais sustentável.

Calor extremo se aproxima do Brasil, aumentando o risco de incêndios na Amazônia e no Pantanal. O governo cria sala de crise para monitorar queimadas e reforçar punições a crimes ambientais.

Pecuaristas de Mato Grosso lançam o "passaporte verde" para certificar carne bovina sustentável, com rastreabilidade e critérios ambientais rigorosos, visando atender a demanda global. O projeto será apresentado na Assembleia Legislativa e destaca o compromisso do Brasil com a produção responsável, especialmente no Congresso Mundial da Carne em outubro.

Sebastião Salgado, fotógrafo e defensor dos povos indígenas, faleceu aos 81 anos, deixando um legado marcante na documentação das etnias brasileiras, especialmente os Ianomâmis. Sua expedição à Amazônia culminou na obra "Amazônia", que retrata a luta e a vida dos povos originários.

Uma nova operação da Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal) removeu mais de sete quilômetros de cercamento irregular em área de preservação permanente no Núcleo Rural Monjolo. A ação, realizada em 6 de agosto, visou impedir a consolidação de loteamentos ilegais, utilizando tecnologias como drones e georreferenciamento para monitoramento. Grileiros haviam cercado a área, que é restrita a construções urbanas e parcelamentos residenciais.

Projeto de Lei 1725/25 proíbe novas explorações de petróleo na Amazônia. Ivan Valente argumenta que a medida é necessária para evitar desastres ambientais e promover a recuperação da região. A proposta inclui um plano de transição para operações existentes e financiamento através de compensações ambientais. A discussão está acirrada no governo, com apoio de Lula e resistência de Marina Silva. Se aprovado, pode encerrar os planos da Petrobras na área.

Pesquisadores do Centro de Pesquisa em Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas (GCCRC) revelaram dados sobre mais de 257 mil microrganismos associados a plantas Velloziaceae nos campos rupestres brasileiros. O estudo, publicado na revista Scientific Data, destaca a importância das interações microbianas na adaptação das plantas a ambientes extremos, como solos pobres em nutrientes e períodos de seca. As informações estão disponíveis em repositórios abertos, promovendo novas pesquisas e soluções biotecnológicas para a agricultura.