Um estudo alerta que mais de 75% das geleiras podem desaparecer se as temperaturas globais alcançarem 2,7ºC até 2100, afetando o nível do mar e o abastecimento de água. A meta de 1,5ºC poderia preservar 54% da massa glaciar.

Um estudo recente publicado na revista Science alerta que mais de 75% das geleiras do mundo estão em risco de desaparecer se as temperaturas globais aumentarem 2,7ºC até 2100. Essa situação pode resultar em um aumento significativo do nível do mar e comprometer o abastecimento de água para bilhões de pessoas. A pesquisa, que envolveu a análise de oito modelos de geleiras, destaca que cada fração de grau de aquecimento global agrava a perda de gelo.
Harry Zekollari, glaciologista da Vrije Universiteit Brussel e coautor do estudo, considera os resultados preocupantes, mas também vê uma "mensagem de esperança". Ele ressalta que, se as metas do Acordo de Paris forem cumpridas, limitando o aquecimento a 1,5ºC, seria possível preservar 54% da massa glaciar atual. Essa diferença é crucial para a manutenção dos ecossistemas e das comunidades que dependem da água do degelo.
O estudo foi divulgado após um colapso de uma geleira no sul da Suíça, que causou a destruição de uma vila e deixou uma pessoa desaparecida. Embora as geleiras suíças estejam entre as mais afetadas pelas mudanças climáticas, ainda não se sabe a extensão do impacto do aquecimento global em eventos geológicos como esse.
As geleiras, que se formaram em períodos muito mais frios, desempenham um papel vital na agricultura, pesca e abastecimento de água potável. Sua perda pode desencadear consequências severas, como a interrupção de economias locais e a erosão do patrimônio cultural. Em resposta a essa crise, funerais simbólicos de geleiras têm sido realizados em diversos países, como Islândia e México.
O estudo também revela que algumas geleiras são mais vulneráveis que outras. Por exemplo, as geleiras nos Alpes europeus e nas Montanhas Rochosas podem perder quase todo o seu gelo com um aumento de 2ºC. Em contrapartida, algumas áreas do Himalaia podem reter até 60% do gelo sob as mesmas condições, devido a sua variação de altitudes.
Com cerca de 25% do aumento atual do nível do mar atribuído ao derretimento das geleiras, a situação é alarmante. Mesmo que o uso de combustíveis fósseis cesse imediatamente, 39% da perda da massa glaciar já está garantida, o que pode elevar o nível do mar em pelo menos 113 milímetros. Nesse contexto, é fundamental que a sociedade civil se mobilize para apoiar iniciativas que visem a preservação das geleiras e a mitigação dos impactos das mudanças climáticas.
A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que aumenta as penas para incêndios florestais, elevando a punição de 2-4 anos para 3-6 anos, incluindo casos culposos. O texto agora segue para o Senado.

Nos últimos dias, 47 pinguins-de-Magalhães juvenis foram encontrados encalhados no litoral paulista, com quatro vivos e 43 mortos, enquanto causas de óbito são investigadas pelo Instituto Argonauta. A presença de juvenis nesta época é comum, mas a população da espécie enfrenta riscos crescentes.

Mutirão de limpeza na Praia de Copacabana, promovido pela campanha Duplo Impacto, alerta sobre poluição. Neste sábado (26), a partir das 7h30, nadadores e voluntários se reunirão na Praia de Copacabana para um mutirão de limpeza, organizado pela campanha Duplo Impacto, da ACT Promoção da Saúde e Vital Strategies. O evento visa conscientizar sobre os danos ambientais causados por indústrias de cigarros, bebidas alcoólicas e alimentos ultraprocessados. As atividades incluem a coleta de resíduos no mar e na faixa de areia, além de uma exposição de fotos e um café da manhã coletivo na tenda da Equipe 15, até às 10h30. A ação conta com o apoio da Secretaria Municipal da Saúde e do grupo Rap da Saúde.

Um estudo inédito revela que mudanças climáticas e microplásticos afetam a reprodução de fungos aquáticos nos igarapés amazônicos, comprometendo a saúde dos ecossistemas. Pesquisadores da UFPA, INPA, UFBA e UFMT alertam para a desaceleração da decomposição, impactando a cadeia alimentar e a qualidade da água.

Pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) criaram a cisterna móvel, inspirada em plantas xerófilas, para captar água em regiões áridas, visando mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Um conselho de adaptação foi criado para apoiar a presidência da COP30 em Belém, reunindo especialistas como Ellen Johnson Sirleaf e Avinash Persaud, com foco na resiliência climática global. O grupo busca dialogar e orientar sobre questões climáticas urgentes, especialmente para populações vulneráveis.