No painel Forecasting COP30 do Web Summit Rio, Nathaly Kelley criticou a influência corporativa nas conferências climáticas, enquanto Nielsen destacou a urgência de reduzir emissões. Ambos discutiram soluções para a crise climática.
No painel Forecasting COP30, realizado no Web Summit Rio, a atriz e ativista Nathaly Kelley e o fundador e CEO da World Climate Foundation, Nielsen, discutiram as expectativas para a próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, marcada para novembro em Belém. O debate, no entanto, não avançou em relação às políticas globais e ao papel das empresas de tecnologia, focando mais nas visões individuais sobre a crise climática.
Nielsen destacou a longa trajetória do Brasil em conferências climáticas, mencionando eventos como a Rio-92 e a Rio+20. Ele ressaltou que a COP30 ocorre uma década após os Acordos de Paris e que há uma expectativa de mudanças significativas na implementação das metas climáticas. Por outro lado, Kelley expressou ceticismo sobre a eficácia das conferências, afirmando que é essencial priorizar as tecnologias indígenas em vez de permitir que corporações multinacionais dominem as discussões.
A ativista criticou a forma como as conferências climáticas têm sido "cooptadas" por interesses corporativos, afirmando que o verdadeiro problema é o sistema econômico global e a globalização. Ela argumentou que, enquanto as COPs não abordarem a raiz do problema, não haverá progresso real. Kelley também defendeu que soluções tradicionais, como o agroflorestamento, já são utilizadas por povos indígenas há milênios.
Nielsen, por sua vez, enfatizou a urgência de reduzir rapidamente as emissões de gases de efeito estufa, alertando que a temperatura global pode ultrapassar o limite de 1,5 grau Celsius em 2025, conforme estipulado no Acordo de Paris. Ele sugeriu que uma sinergia entre diferentes soluções é necessária para enfrentar a crise climática, incluindo a redução das emissões e a adoção de tecnologias sustentáveis.
Sobre o financiamento das ações climáticas, Nielsen mencionou que se os fundos de pensão europeus destinassem apenas 10% de seus ativos a investimentos climáticos, seria possível cumprir integralmente as metas do Acordo de Paris. Kelley, por outro lado, pediu uma abordagem mais holística, evitando modelos simplistas como créditos de carbono e máquinas de captura de carbono.
A discussão no Web Summit Rio ilustra a necessidade de unir diferentes perspectivas e recursos para enfrentar a crise climática. A colaboração entre ativistas, empresas e governos é crucial para encontrar soluções eficazes. Nessa situação, nossa união pode ajudar a promover iniciativas que valorizem as práticas sustentáveis e as vozes dos povos indígenas, fundamentais para a preservação do meio ambiente.
O setor de energia renovável no Brasil deve representar 40% das fusões e aquisições em 2025, com a Engie investindo R$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre e R$ 11,6 bilhões até 2027. A recente aprovação da regulamentação para energia eólica offshore abre novas oportunidades, enquanto a Engie se destaca com projetos significativos e uma matriz elétrica limpa, visando 95% de energia renovável até 2030.
A Transpetro inaugurou sua segunda usina solar em Belém, com investimento de R$ 3,2 milhões, visando energia renovável e redução de emissões em 30 toneladas anuais. A iniciativa faz parte do programa Terminal + Sustentável.
São Paulo lançará em agosto um projeto piloto que oferece créditos no Bilhete Único para ciclistas, com inscrições até 30 de junho, visando avaliar incentivos financeiros na mobilidade urbana. A iniciativa, apoiada por instituições como a USP e a FGV, busca entender o impacto de recompensas financeiras no uso de bicicletas, promovendo a redução do transporte motorizado. O experimento, que durará três meses, requer que os voluntários sejam maiores de idade, moradores da cidade e possuam uma bicicleta.
Relatório da ONU alerta que a temperatura global pode ultrapassar 1,5°C em cinco anos, com riscos severos à saúde e economia, exigindo ações urgentes para reduzir emissões de gases de efeito estufa.
A população de baleias jubarte, que quase foi extinta na década de 1980, agora chega a 30 mil, com avistagens em novas regiões, como Ilhabela, e um guia de segurança foi criado para proteger os animais e turistas.
Travis Hunter, do MIT, alerta sobre a desconexão entre governo, universidades e startups no Brasil, um obstáculo à descarbonização. Parcerias estratégicas são essenciais para potencializar inovações verdes.