Estudo revela que a crise climática pode reduzir a recarga dos aquíferos no Brasil, afetando a água subterrânea, especialmente nas regiões Sudeste e Sul, com consequências alarmantes para a população. Cientistas do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais alertam que a recarga pode diminuir até 666 milímetros por ano, impactando a oferta de água para 112 milhões de brasileiros.
A crise climática global representa uma ameaça significativa à recarga dos aquíferos brasileiros, conforme revela um estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc-USP) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A pesquisa, publicada no periódico Environmental Monitoring and Assessment, analisa os impactos de diferentes cenários climáticos sobre a disponibilidade hídrica até o final do século, destacando a importância das águas subterrâneas para a população brasileira.
Atualmente, cerca de 112 milhões de brasileiros, o que equivale a 56% da população, dependem total ou parcialmente de águas subterrâneas. O estudo utilizou um modelo de balanço hídrico, baseado em geoprocessamento e dados do Coupled Model Intercomparison Project Phase 6 (CMIP6), para prever alterações na temperatura, precipitação e recarga de aquíferos entre 2025 e 2100. Os resultados indicam que a recarga dos aquíferos pode diminuir drasticamente, especialmente nas regiões Sudeste e Sul.
Os pesquisadores apontam que a temperatura no Brasil deverá aumentar entre 1,02 °C e 3,66 °C ao longo do século, dependendo do cenário considerado. Além disso, a distribuição das chuvas se tornará ainda mais desigual, com a região Norte e parte do litoral Leste apresentando queda na precipitação média anual, enquanto o Sul e partes do Nordeste poderão ter aumentos pontuais. Essa mudança no regime de chuvas pode comprometer a infiltração necessária para a recarga dos aquíferos.
O Sistema Aquífero Bauru-Caiuá, localizado na região Centro-Oeste, deve ser um dos mais afetados, com uma redução de até 27,94% no volume recarregado. Outros aquíferos importantes, como o Guarani e Furnas, também enfrentarão perdas significativas. Apesar da relevância das águas subterrâneas, o tema tem sido negligenciado nas políticas públicas relacionadas às mudanças climáticas, conforme destaca o professor Ricardo Hirata, do IGc-USP.
Hirata ressalta que, mesmo em anos de estiagem, os aquíferos podem fornecer água devido ao seu grande armazenamento. Durante a crise hídrica de 2014-2016, cidades abastecidas por água subterrânea foram menos afetadas do que aquelas que dependiam de fontes superficiais. Atualmente, existem cerca de cinco milhões de poços no Brasil, com a maioria destinada ao uso privado, o que levanta questões sobre a gestão e a distribuição da água.
O estudo também sugere soluções, como a recarga manejada de aquíferos, que envolve técnicas para aumentar a infiltração de água de chuva ou esgoto tratado. Essa abordagem pode ser implementada com estruturas simples, como bacias de infiltração. A conscientização e o apoio da sociedade civil são essenciais para promover iniciativas que garantam a sustentabilidade dos recursos hídricos. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos e garantir um futuro mais seguro para todos.
O Projeto GBB, em parceria com o ICMBio e o ITV DS, avança no sequenciamento de genomas de 80 espécies ameaçadas, com 2.249 amostras coletadas e 1.175 sequenciamentos realizados. A iniciativa visa fortalecer a conservação da biodiversidade brasileira até 2028.
Iniciativas de captura de carbono (CCUS) no Brasil podem reduzir até 190 milhões de toneladas de CO₂ anualmente. Empresas como Repsol e FS investem em tecnologias inovadoras, mas falta incentivo público.
O Papa Leão XIV se reuniu com representantes do Celam para discutir um documento que critica soluções inadequadas à crise climática e pede ações das nações ricas. A pesquisa revela que 71% dos brasileiros desconhecem a COP30.
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