O Tesouro Nacional lançou o segundo edital do programa de economia verde, permitindo até 40% de financiamento interno e juros de 1% ao ano, visando restaurar 1 milhão de hectares. A iniciativa busca mobilizar R$ 10 bilhões em investimentos privados.
O Tesouro Nacional anunciou, nesta segunda-feira, 28, o segundo edital de seu programa de economia verde, que visa promover a recuperação de áreas degradadas e a produção sustentável. A nova linha de crédito subsidiada permitirá que até 40% do financiamento seja obtido no mercado interno, uma mudança significativa em relação à exigência anterior de captação exclusivamente no exterior. A meta é restaurar 1 milhão de hectares de terras improdutivas e mobilizar até 2 bilhões de dólares em investimentos privados.
Com a nova edição, os bancos poderão concentrar até 35% do total dos recursos em um único operador, aumentando a flexibilidade na alocação dos fundos. A taxa de juros será de 1% ao ano, com um prazo de pagamento de dez anos e dois anos de carência. O valor total a ser disponibilizado dependerá da demanda dos bancos, mas a equipe econômica já indicou que os aportes devem se manter ao longo de 2025.
As entidades que receberem os recursos deverão destinar pelo menos 50% de sua produção para o cultivo de alimentos, abrangendo tanto a agricultura quanto a pecuária. Essa diretriz permite o financiamento de culturas como a soja, que, apesar de ser utilizada principalmente para ração animal, contribui indiretamente para a produção de proteína. No entanto, projetos que dependam exclusivamente da monocultura ou da criação de gado precisarão se diversificar após três anos de implementação.
Além disso, os projetos deverão se comprometer a expandir em 5% a área destinada à cobertura vegetal permanente, promovendo práticas agrícolas mais equilibradas e sustentáveis. Essa abordagem visa garantir a recuperação das áreas degradadas de forma integrada e menos impactante ao meio ambiente, alinhando-se com a estratégia federal de transição ecológica.
A flexibilização nas regras de captação e alocação de recursos foi resultado de negociações com instituições financeiras, que expressaram preocupações sobre riscos cambiais e a alavancagem exigida pelos projetos. O novo edital reflete uma tentativa de estimular o setor financeiro a apoiar iniciativas de baixo carbono no agronegócio, promovendo uma economia mais sustentável.
Iniciativas como essa são fundamentais para a recuperação ambiental e podem ser impulsionadas pela sociedade civil. A união de esforços pode ajudar a financiar projetos que visem a restauração de áreas degradadas, promovendo um futuro mais sustentável e equilibrado para todos.
Uma propriedade em Timburi (SP) dobrou a produção de café com sistemas agroflorestais, que promovem biodiversidade e recuperação de áreas degradadas, apesar dos desafios de implementação. O engenheiro florestal Valter Ziantoni destaca que a agrofloresta, além do café, inclui diversas culturas, aumentando a produtividade e melhorando a qualidade do solo. Uma pesquisa de 2023 confirma que os SAFs são mais produtivos que a monocultura, mas a adoção ainda é limitada devido ao custo inicial e à falta de conhecimento técnico.
A Polícia Federal, em colaboração com o Ibama e a FUNAI, destruiu 16 dragas de garimpo ilegal no Vale do Javari, visando proteger comunidades indígenas e ecossistemas ameaçados. A operação Nindaid Isquim, realizada entre 24 de abril e 1º de maio, também coletou informações para futuras investigações sobre líderes e financiadores do garimpo.
O governo brasileiro anunciou o segundo leilão do Eco Invest, com expectativa de arrecadar até R$ 11 bilhões para recuperar um milhão de hectares de áreas degradadas. O foco será na Amazônia e em projetos sustentáveis.
O projeto do governo chileno para reabrir uma rodovia no Parque Nacional Alerce Costero ameaça a sobrevivência da Gran Abuelo, árvore de 5.400 anos, gerando protestos de cientistas e comunidades locais.
A Conferência dos Oceanos, em junho, será crucial para as negociações climáticas da COP30 em Belém, destacando a urgência de integrar oceanos e biodiversidade nas discussões. David Obura, chairman da IPBES, alerta sobre a perda de serviços ecossistêmicos e a necessidade de decisões imediatas para evitar danos irreversíveis.
Ministério Público Federal investiga concessões no Parque Nacional de Brasília e Floresta Nacional de Brasília, após consulta pública do ICMBio gerar controvérsias e protestos.