Insetos no Brasil estão adaptando suas galhas para sobreviver aos incêndios florestais, com uma pesquisa da Universidade Federal de Sergipe mostrando que 66% das larvas em galhas queimadas conseguiram resistir. O estudo destaca a necessidade de novas investigações sobre a adaptação desses insetos em um cenário de incêndios crescentes no Cerrado, onde 9,7 milhões de hectares foram consumidos em 2022.
Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Sergipe revelou que insetos estão desenvolvendo galhas mais espessas como estratégia de sobrevivência em meio aos incêndios florestais que afetam o Brasil. O país enfrenta um ciclo intenso de queimadas, especialmente no Cerrado, onde em 2022, 9,7 milhões de hectares foram consumidos pelas chamas. Este estudo destaca a adaptação dos insetos diante do avanço do fogo, que tem devastado diversas áreas de vegetação nativa.
As galhas são estruturas formadas nas árvores devido ao depósito de larvas de insetos e parasitas, resultando em um crescimento anômalo que protege os insetos de predadores. Após um incêndio que durou mais de 24 horas em uma área de preservação no Cerrado, em Minas Gerais, os pesquisadores coletaram galhas e encontraram larvas vivas, mesmo após a exposição ao fogo. A análise de amostras de galhas de quarenta árvores, sendo algumas queimadas e outras não, revelou que sessenta e seis por cento das larvas sobreviveram.
Entre as galhas coletadas, em vinte delas, todas as larvas resistiram às chamas. Os pesquisadores observaram que as galhas das áreas queimadas apresentavam sinais de carbonização e estavam localizadas em alturas que sofreram calor intenso. Essa descoberta levanta questões sobre a capacidade de adaptação dos insetos, sugerindo que eles podem estar modificando a forma como constroem suas galhas para aumentar a proteção contra incêndios.
O aumento da frequência e intensidade dos incêndios no Cerrado, que em 2023 registrou um crescimento de noventa e um por cento na área queimada em comparação ao ano anterior, destaca a urgência de compreender como a fauna local está se adaptando a essas condições extremas. Este fenômeno representa um desafio significativo para a biodiversidade e a preservação ambiental na região.
Os autores do estudo propõem que esses achados incentivem novas pesquisas sobre a adaptação de insetos e outros organismos em resposta a incêndios florestais. A compreensão dessas dinâmicas pode ser crucial para o desenvolvimento de estratégias de conservação e manejo ambiental mais eficazes.
Nessa situação, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a preservação do Cerrado e a proteção da biodiversidade local. Projetos que promovam a recuperação de áreas afetadas e a pesquisa sobre adaptações de espécies podem fazer a diferença na luta contra os efeitos devastadores dos incêndios.
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