O pesquisador Francisco Edvan Bezerra Feitosa desenvolveu uma usina solar em Betim (MG) para produzir hidrogênio verde, prometendo revolucionar o abastecimento automotivo no Brasil. A planta, que gera um megawatt elétrico, pode enriquecer combustíveis existentes e posicionar o Nordeste como polo de produção, aproveitando a alta incidência solar da região.
O hidrogênio verde, uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis, está se tornando uma realidade no Brasil. O pesquisador e engenheiro eletricista Francisco Edvan Bezerra Feitosa, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), desenvolveu um projeto de usina solar em Betim, Minas Gerais, que pode gerar um megawatt elétrico (1 MWe) em forma de hidrogênio. Essa fonte de energia renovável tem o potencial de substituir a gasolina no setor automotivo.
A usina proposta por Feitosa será alimentada exclusivamente por energia solar e está planejada para operar nas proximidades da Refinaria Gabriel Passos, da Petrobras. O hidrogênio verde produzido poderá ser utilizado inicialmente para enriquecer combustíveis já existentes, uma prática que já ocorre em algumas refinarias brasileiras. Segundo o pesquisador, o hidrogênio verde possui um teor energético por unidade de peso superior ao de todos os combustíveis fósseis.
Feitosa destaca que um quilo de hidrogênio contém três vezes mais energia do que um quilo de gasolina. O processo de produção do hidrogênio verde ocorre por meio da eletrólise da água, que separa as moléculas de hidrogênio e oxigênio utilizando corrente elétrica. Ao contrário do hidrogênio derivado de fontes fósseis, que emite carbono, o hidrogênio verde é totalmente limpo, desde que a eletricidade utilizada venha de fontes renováveis.
A pesquisa também avaliou o potencial de geração de hidrogênio verde em 23 cidades ao longo da BR-116, a maior rodovia do Brasil. Os resultados indicam que o Nordeste possui condições favoráveis para se tornar um polo de produção desse combustível, devido à alta incidência solar e à capacidade de geração fotovoltaica. Feitosa acredita que a queda nos custos dos eletrolisadores e dos painéis solares nos próximos anos tornará a produção de hidrogênio ainda mais viável.
O pesquisador projeta que, em breve, o custo do hidrogênio poderá ser reduzido para cerca de um dólar por quilo, equiparando-se ao preço atual da gasolina. Essa expectativa está alinhada com as tendências de desenvolvimento sustentável, que são o foco da 31ª edição do Prêmio Jovem Cientista, promovido pelo CNPq em parceria com a Fundação Roberto Marinho.
Iniciativas como a de Feitosa merecem apoio e incentivo da sociedade civil. Projetos que visam a produção de hidrogênio verde podem contribuir significativamente para a transição energética e a redução das emissões de carbono. A união em torno de causas sustentáveis pode fazer a diferença na construção de um futuro mais limpo e eficiente.
A Justiça Federal anulou contratos de exploração de madeira no PAE Maracá, em Mazagão (AP), devido a irregularidades e falta de anuência do Incra, enquanto a empresa TW Forest recorre da decisão. A medida visa proteger a área e os direitos dos assentados.
O desmatamento na Mata Atlântica caiu 14% em 2024, mas ainda é considerado elevado. A agricultura e desastres naturais, como a tempestade no Rio Grande do Sul, foram os principais responsáveis pela destruição. O governo lançou um plano até 2027 para combater o desmate.
O projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental avança no Congresso, isolando a ministra Marina Silva e ameaçando a proteção ambiental no Brasil. O governo Lula não se posiciona claramente contra a proposta.
A Conferência dos Oceanos, em junho, será crucial para as negociações climáticas da COP30 em Belém, destacando a urgência de integrar oceanos e biodiversidade nas discussões. David Obura, chairman da IPBES, alerta sobre a perda de serviços ecossistêmicos e a necessidade de decisões imediatas para evitar danos irreversíveis.
Um ano após as enchentes de 2024, o Rio Grande do Sul enfrenta a devastação de 1,28 milhão de hectares, com projetos de recuperação da flora nativa em andamento. A UFRGS identificou 15.376 cicatrizes de movimentos de massa.
O Conselho Nacional de Justiça se reunirá com a Associação Brasileira de Normas Técnicas para discutir a norma Justiça Carbono Zero, que exige a redução de emissões de carbono no Judiciário até 2030. A iniciativa inclui inventários anuais e metas de redução, alinhando o Judiciário à agenda climática nacional, especialmente com a proximidade da COP 30 no Brasil.