O desmatamento na Mata Atlântica caiu 14% em 2024, mas ainda é considerado elevado. A agricultura e desastres naturais, como a tempestade no Rio Grande do Sul, foram os principais responsáveis pela destruição. O governo lançou um plano até 2027 para combater o desmate.
O desmatamento na Mata Atlântica apresentou uma redução de quatorze por cento em 2024, conforme dados do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) da ONG SOS Mata Atlântica. Apesar da diminuição, o diretor executivo da organização, Luís Fernando Guedes Pinto, considera a queda tímida, uma vez que a área desmatada ainda equivale a mais do que o dobro da área de Paris. O total de vegetação perdida caiu de oitenta e dois mil quinhentos hectares em 2023 para setenta e um mil cem hectares.
Os principais fatores que contribuíram para essa destruição foram a expansão agrícola e desastres naturais, como a tempestade recorde que atingiu o Rio Grande do Sul entre abril e maio de 2024. A agricultura, incluindo pastagens, eucalipto e soja, foi responsável por sessenta e seis mil quinhentos e vinte seis hectares de desmatamento. A situação é preocupante, pois apenas vinte e quatro por cento da Mata Atlântica original permanece intacta.
O Ministério do Meio Ambiente finalizou um plano de combate ao desmatamento e queimadas, estabelecendo metas até 2027. A estratégia inclui ações de fiscalização, cerco judicial contra criminosos ambientais e investimentos em bioeconomia e ecoturismo. O ministério também implementa medidas como a restrição de crédito rural para infratores e operações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Além disso, a destruição da vegetação aumentou a vulnerabilidade das encostas a deslizamentos, especialmente em áreas afetadas por chuvas intensas. O litoral norte paulista, por exemplo, enfrentou uma chuva sem precedentes em fevereiro de 2023, agravando a situação. O governo do Rio Grande do Sul iniciou iniciativas para recuperar florestas, utilizando técnicas inovadoras como a semeadura aérea com helicópteros.
O terceiro maior vetor de destruição é a expansão urbana, que ocorre nas proximidades de grandes metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro. Apesar de uma boa notícia com a queda do desmatamento em Paraná e Santa Catarina, a maior parte do desmate na Mata Atlântica é ilegal, principalmente em áreas privadas. A falta de transparência e integração de dados sobre autorizações de desmatamento é um desafio para a atuação conjunta entre União, Estados e municípios.
O cenário de regularização fundiária na região pode ajudar a mapear e punir responsáveis pelo desmatamento irregular. Em 2024, foram registrados seiscentos e trinta e um Autos de Infração Ambiental no Vale do Ribeira, em São Paulo. A preservação das florestas é uma responsabilidade compartilhada, e a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar projetos que visem a recuperação e proteção desse bioma tão importante.
A prefeitura de Manaus implementa o uso de drones para monitoramento ambiental e resposta a emergências, em meio a cheias do Rio Negro que causaram prejuízos de R$ 540 milhões em 2023. Os drones, equipados com tecnologia avançada, visam melhorar a detecção de focos de calor e mapear áreas de risco.
Estudo da Esalq revela que o fungo Metarhizium robertsii pode induzir defesas na cana-de-açúcar, reduzindo o uso de inseticidas e promovendo um controle biológico mais eficiente e sustentável. A pesquisa, liderada por Marvin Mateo Pec Hernández, destaca a capacidade do fungo em alterar compostos voláteis e fitormônios, atraindo inimigos naturais das pragas.
Uma nova tecnologia cerâmica, desenvolvida pela UFMG e INT, captura até 17,2% do CO2 de caminhões, com meta de 30%. O projeto visa reduzir emissões e promover economia circular com CO2 reutilizado.
Quatro unidades da Rede de Supermercados Primor foram multadas em mais de R$ 126 mil por descarte irregular de lixo no Refúgio de Vida Silvestre Gatumé, em Samambaia. A Secretaria DF Legal identificou os responsáveis e exigiu a remoção do material em 24 horas.
A COP30 será realizada na Amazônia, destacando a importância da região no debate climático. A equipe liderada pelo embaixador André Corrêa do Lago enfrenta desafios políticos e econômicos até o evento.
A COP 30, conferência crucial sobre mudanças climáticas, será realizada em Belém (PA) em novembro, mas 71% dos brasileiros desconhecem o evento. A pesquisa revela a desconexão entre a população e a agenda ambiental.