Estudo revela que 83% dos municípios brasileiros enfrentaram desastres relacionados a chuvas nos últimos quatro anos, com 4.247 mortes e prejuízos de R$ 146,7 bilhões desde 1995. A agricultura é o setor mais afetado.
Nos últimos quatro anos, 83% dos municípios brasileiros enfrentaram desastres relacionados a chuvas, um aumento alarmante em comparação com apenas 27% na década de 1990. Um estudo recente revela que os eventos climáticos no Brasil aumentaram 3,2 vezes desde então, com um total de 7.539 ocorrências entre 2020 e 2023, em contraste com 2.335 na década de 1990. Este levantamento foi realizado pelo Programa Maré de Ciência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e destaca a gravidade da situação em todo o país.
Os desastres climáticos causados por chuvas extremas resultaram em 4.247 mortes, representando 86% do total de óbitos por desastres no Brasil. Além disso, cerca de 8,7 milhões de pessoas foram desabrigadas ou desalojadas, o que corresponde a 94% dos casos registrados. O impacto emocional é significativo, com 90% das pessoas afetadas relatando sequelas emocionais, além de 654 mil feridos ou doentes.
Os prejuízos financeiros são igualmente alarmantes. Entre 1995 e 2023, os desastres relacionados a chuvas causaram danos estimados em R$ 146,7 bilhões. Somente entre 2020 e 2023, esse valor alcançou R$ 43 bilhões, um montante 40 vezes maior do que o registrado na década de 1990. O setor agrícola foi o mais afetado, respondendo por 47% dos prejuízos, seguido pelo comércio com 30% e pelo setor público, que sofreu perdas significativas em transporte, saneamento e educação.
O estudo também revela que 64% dos desastres são hidrológicos, como inundações e alagamentos, enquanto 31% são meteorológicos, incluindo chuvas intensas e tempestades. As mudanças climáticas estão alterando o regime de chuvas no Brasil, com projeções indicando um aumento de até 30% nas chuvas nas regiões Sul e Sudeste até 2100, enquanto o Norte e Nordeste podem enfrentar uma redução de até 40%.
Além disso, as partículas de fuligem das queimadas no Brasil estão influenciando o degelo na Antártida, o que afeta o ciclo de chuvas no país. O aumento das temperaturas da atmosfera e dos oceanos está diretamente relacionado à intensificação das chuvas e ao aumento da frequência de desastres extremos. Especialistas alertam que é crucial adaptar as cidades para torná-las mais resilientes ao clima, utilizando soluções baseadas na natureza.
Em meio a essa crise, é fundamental que a sociedade civil se una para apoiar iniciativas que ajudem as vítimas e promovam a recuperação. Projetos que visem a resiliência climática e a recuperação de áreas afetadas podem fazer uma diferença significativa na vida das pessoas impactadas por esses desastres. A união e o apoio da comunidade são essenciais para enfrentar esses desafios e construir um futuro mais seguro e sustentável.
Pesquisadores da Ufes estudam as baleias-jubarte, revelando comportamentos distintos entre a Antártica e o Brasil, e catalogaram 429 indivíduos. O intercâmbio internacional fortalece a conservação da espécie.
A criação da Agência Nacional de Proteção da Natureza é proposta para garantir a restauração florestal no Brasil, essencial para a sustentabilidade e combate à crise climática. A iniciativa busca alinhar interesses privados e públicos, promovendo a colaboração entre viveiros e regulamentando a restauração ecológica.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, lançou o Balanço Ético Global (BEG) em preparação para a COP30, que ocorrerá em Belém, propondo ações climáticas e financiamento de US$ 1,3 trilhão anuais. O BEG visa integrar ética nas negociações climáticas, destacando a necessidade de compromisso coletivo para enfrentar a crise ambiental.
Um sagui-da-serra-escuro foi avistado em um corredor ecológico no Parque Estadual do Desengano, em Santa Maria Madalena, por Samir Mansur. A espécie, ameaçada pela perda de habitat e competição com invasores, destaca a importância da preservação.
Usinas de açúcar e etanol em São Paulo lançam campanhas contra queimadas, visando proteger a safra 2025/26, que deve ser inferior à anterior devido à seca e incêndios. Ações incluem carreatas e educação comunitária.
O Brasil enfrenta uma drástica redução na população de jumentos, com 248 mil abates registrados entre 2018 e 2024, principalmente na Bahia. Projetos de lei buscam proibir essa prática e preservar a espécie.