O sapo do deserto de Sonora enfrenta risco de extinção devido à captura excessiva por causa de suas secreções alucinógenas, alertam pesquisadores. A pressão sobre a espécie pode causar sérios problemas ecológicos.
O sapo do deserto de Sonora, encontrado na América do Norte, é conhecido por suas secreções alucinógenas. Recentemente, pesquisas indicaram um declínio significativo em suas populações, com evidências de desaparecimento de grupos e redução do tamanho dos espécimes. Essa situação alarmante foi discutida na conferência Psychedelic Science, realizada em Denver, onde especialistas alertaram para os riscos ecológicos e a necessidade urgente de proteção da espécie.
De acordo com Anny Ortiz, diretora de terapêutica clínica do Instituto Usona, a captura excessiva do sapo, impulsionada pelo crescente interesse em drogas psicodélicas, tem colocado a espécie em risco de extinção. Ortiz destacou que, em pouco mais de uma década, a busca por suas secreções para uso recreativo e terapêutico resultou em um "triplo golpe" para os sapos, que já enfrentam a perda de habitat e as mudanças climáticas.
O composto psicodélico 5-MeO-DMT, encontrado nas secreções do sapo, foi identificado em 1967, mas o interesse popular aumentou drasticamente a partir de 2014. A cobertura da mídia sobre a possibilidade de fumar as secreções para obter efeitos alucinógenos intensificou a demanda, levando a um aumento na captura dos anfíbios. Muitas narrativas erroneamente associaram essa prática a tradições indígenas, embora não haja evidências que sustentem tal afirmação.
Com o crescimento do mercado, muitos fazendeiros mexicanos começaram a estocar sapos, tratando-os como um ativo econômico. Essa prática resulta em sofrimento para os animais, que são mantidos em cativeiro e ordenhados repetidamente. Apesar de a espécie estar listada como "pouco preocupante" pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), especialistas como Ortiz e Georgina Santos-Barrera, da Universidade Nacional Autônoma do México, alertam que a pressão sobre os sapos pode levar a um colapso populacional.
Entre 2020 e 2024, as pesquisadoras realizaram visitas noturnas a locais no estado de Sonora e em Chihuahua, onde encontraram cerca de quatrocentos sapos adultos e dois mil juvenis. Observou-se que pelo menos três populações principais haviam desaparecido e que os sapos encontrados eram significativamente menores do que em anos anteriores. Essa diminuição é preocupante, pois sapos maiores têm maior capacidade reprodutiva, o que pode afetar a dinâmica ecológica da região.
As consequências do declínio das populações de sapos do deserto de Sonora podem ser graves, afetando o equilíbrio ecológico local. A falta desses anfíbios pode resultar em um aumento de insetos que se alimentam de plantações, como já foi observado. Para garantir a sobrevivência da espécie, é crucial que a sociedade civil se mobilize em prol de sua proteção, promovendo iniciativas que ajudem a preservar o habitat e a biodiversidade local.
A ilha de St. Paul, no mar de Bering, enfrenta um inverno sem gelo marinho, resultando na morte de milhões de aves e caranguejos, colapso da pesca e aumento nos preços dos alimentos. A comunidade local, composta por 338 residentes, luta para sobreviver em meio a mudanças climáticas devastadoras.
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O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, visitará as obras do Cinturão das Águas do Ceará em 27 de maio de 2025, com 83,49% de execução e investimento de R$ 2 bilhões. O projeto visa ampliar a oferta de água para mais de 5 milhões de pessoas, sendo crucial para a segurança hídrica da região.
O Ibama intensificará ações de combate a incêndios florestais em 2025, com a contratação de 2.600 brigadistas e a renovação da frota, visando aumentar a eficiência no manejo do fogo. A medida surge após o aumento de queimadas em 2024, com a expectativa de fortalecer a resposta a emergências ambientais.
O Ministério do Meio Ambiente anunciou uma queda expressiva de 65,8% nas áreas queimadas e 46,4% nos focos de calor no Brasil no primeiro semestre de 2025, destacando uma redução de 97,8% no Pantanal. Essa melhora reflete ações governamentais eficazes e a necessidade de continuidade na luta contra as queimadas.
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