A Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais enfrenta desafios com o aumento de visitantes e a pressão urbana. A nova Lei do Mar busca fortalecer a gestão ambiental e a governança marinha. Em 2023, a região recebeu 368 mil turistas, intensificando a especulação imobiliária e a degradação ambiental. A aprovação da Lei do Mar, que aguarda sanção, é um passo importante para a preservação e gestão sustentável dos recursos naturais.
Entre Pernambuco e Alagoas, a Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais se destaca como um importante patrimônio natural. Criada em mil novecentos e noventa e sete, essa unidade de conservação abrange aproximadamente 120 quilômetros de costa e mais de 400 mil hectares de ecossistemas marinhos e costeiros, incluindo recifes de corais, estuários, manguezais e praias. É a segunda maior área recifal do Brasil e um destino turístico significativo, recebendo 368 mil visitantes em dois mil e vinte e três, conforme dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O aumento no número de visitantes tem gerado pressão sobre a região. Municípios como Maragogi, em Alagoas, e Tamandaré, em Pernambuco, apresentaram crescimentos urbanos de 223% e 112%, respectivamente, entre mil novecentos e noventa e sete e dois mil e vinte e três, segundo o MapBiomas. Esse crescimento desordenado intensifica a especulação imobiliária, resulta na perda de cobertura vegetal e sobrecarrega os serviços públicos, evidenciando a fragilidade do planejamento urbano e da gestão pública.
A falta de políticas de ordenamento territorial e o déficit em investimentos em saneamento básico agravam a vulnerabilidade da região. Estima-se que mais de 50% da população local não tenha acesso adequado a esgoto tratado, o que favorece a proliferação de algas nocivas e compromete a saúde da população, além de impactar negativamente a economia baseada no turismo. As mudanças climáticas também representam uma ameaça significativa, com monitoramentos recentes indicando níveis alarmantes de branqueamento e mortalidade de corais.
Para garantir a recuperação desses ecossistemas, é crucial reduzir impactos como poluição e ocupação irregular. A situação demanda um pacto federativo que reconheça a responsabilidade dos governos estaduais e municipais na preservação dos recursos naturais. A nova Lei do Mar, aprovada na Câmara dos Deputados em 27 de maio, estabelece princípios para a governança integrada do espaço marinho, incluindo a revisão de planos diretores e a implementação de políticas de saneamento.
Além disso, iniciativas de financiamento e apoio técnico têm se mostrado essenciais para a resiliência da APA. Desde dois mil e onze, a Fundação SOS Mata Atlântica, em parceria com a Fundação Toyota do Brasil, mantém um fundo privado que fortalece a gestão da unidade e apoia organizações locais. Com essa governança compartilhada, já foram apoiados diversos projetos voltados ao monitoramento ambiental, turismo de base comunitária e educação ambiental.
A Costa dos Corais simboliza um desafio nacional: promover o crescimento econômico respeitando os limites do planeta. A união da sociedade civil pode ser um fator decisivo para apoiar iniciativas que visem a conservação e a sustentabilidade da região, garantindo um futuro mais justo e equilibrado para todos.
Um estudo internacional revelou que microplásticos ingeridos por ratos podem atingir o cérebro rapidamente, resultando em perda de memória e habilidades motoras. Pesquisadores alertam sobre os riscos para humanos.
A onça-pintada Miranda, resgatada após incêndios no Pantanal, foi solta após 43 dias de tratamento e surpreendeu ao dar à luz um filhote, simbolizando a resiliência da fauna local. A equipe da ONG Onçafari celebra essa vitória na conservação.
O Brasil se prepara para a COP30, que ocorrerá na Amazônia em 2025, com foco em políticas de desenvolvimento sustentável e segurança hídrica, segundo Valder Ribeiro, do MIDR. O evento reunirá quase 200 países.
Chuvas intensas e riscos de alagamentos afetam 18 estados brasileiros. O Inmet alerta para precipitações de até 100 mm/dia e ventos fortes. A população deve evitar áreas de risco e seguir orientações de segurança.
A Câmara dos Deputados aprovou um projeto que permite ao governo participar de um fundo privado para infraestrutura e adaptação a eventos climáticos extremos, após negociações com a bancada ruralista. O fundo, com aporte de R$ 6,5 bilhões, visa apoiar a recuperação do Rio Grande do Sul, mas enfrenta críticas do Tribunal de Contas da União por sua natureza privada e por driblar o Orçamento.
A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3469/24, que visa facilitar o combate a incêndios florestais e a recuperação de infraestrutura após desastres climáticos. A proposta, de José Guimarães (PT-CE), agora segue para o Senado e inclui isenção de tributos para o Fundo Rio Doce e dispensa de convênios em emergências ambientais. O relator, Nilto Tatto (PT-SP), destacou a necessidade de desburocratizar ações emergenciais, enquanto a oposição criticou a falta de inclusão de anistia a envolvidos em atos antidemocráticos.