A onça-pintada Miranda, resgatada após incêndios no Pantanal, foi solta após 43 dias de tratamento e surpreendeu ao dar à luz um filhote, simbolizando a resiliência da fauna local. A equipe da ONG Onçafari celebra essa vitória na conservação.

A onça-pintada Miranda, resgatada em agosto de 2024 após sofrer queimaduras graves durante os incêndios no Pantanal, foi solta em um refúgio ecológico após 43 dias de tratamento intensivo. O resgate ocorreu em um cenário devastador, onde mais de 2,6 milhões de hectares foram consumidos pelas chamas, comprometendo a biodiversidade local. Miranda, que tinha aproximadamente dois anos na época, foi encontrada em estado crítico e recebeu cuidados especializados em um hospital veterinário em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
O tratamento incluiu curativos diários, ozonioterapia e sessões de laser, além de uma dieta rigorosa que ajudou na recuperação de peso e força. A equipe veterinária, otimista quanto à recuperação de Miranda, observou que ela apresentava sinais de infecção e alterações renais e hepáticas, mas a expectativa era positiva. Após o tratamento, Miranda foi equipada com um colar eletrônico para monitoramento e solta em setembro de 2024, simbolizando a esperança para a fauna pantaneira.
O retorno de Miranda à natureza envolveu a colaboração de diversos profissionais, incluindo veterinários e biólogos do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). A veterinária Aline Duarte destacou a importância de Miranda como um símbolo de resiliência e esperança para a conservação da espécie no Pantanal, enfatizando que onças-pintadas são mães dedicadas e podem gerar até dez filhotes ao longo da vida.
Cerca de dez meses após sua soltura, em junho de 2025, Miranda surpreendeu a equipe da ONG Onçafari ao dar à luz um filhote. O registro foi feito por armadilhas fotográficas instaladas na região, que confirmaram o comportamento maternal da onça. O biólogo Marcos Ávila observou que Miranda passou dias em uma área de mata, um comportamento típico de fêmeas com filhotes recém-nascidos, antes de ser flagrada ao lado de seu filhote.
A história de Miranda representa um novo capítulo na trajetória da onça-pintada e simboliza o sucesso das ações de resgate e monitoramento da fauna impactada pelos incêndios. A equipe da Onçafari considerou o nascimento do filhote um presente para todos que se uniram pela recuperação do Pantanal, ressaltando a importância da preservação da biodiversidade na região.
O Pantanal, que enfrentou um dos piores períodos de queimadas em 2024, continua a ser afetado por incêndios florestais, com a maioria dos animais encontrados mortos sendo cobras, jacarés e anfíbios. A situação exige um esforço coletivo para promover a recuperação do bioma e apoiar iniciativas que visem à preservação da fauna e flora locais. A união da sociedade civil pode fazer a diferença na recuperação e proteção do Pantanal e de suas espécies ameaçadas.

Indígenas e ambientalistas protestam contra o leilão da ANP, que oferece 172 blocos de petróleo e gás, com ações judiciais visando suspender a oferta na Foz do Amazonas por falta de licenciamento ambiental.

Em 2024, o Brasil enfrentou o maior número de queimadas em 17 anos, com incêndios responsáveis por 66% da perda florestal, superando o agronegócio. A Amazônia e o Pantanal foram os mais afetados.

Mobilizações em São Paulo e outros estados exigem veto total do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao PL do Licenciamento Ambiental, criticado por riscos ecológicos e insegurança jurídica. A ministra Marina Silva ressalta a necessidade de alternativas ao projeto.

Pesquisadores da Unesp e Embrapa criaram uma ferramenta de inteligência artificial para monitorar o estresse do tambaqui, melhorando o bem-estar animal e a seleção genética. A inovação pode transformar práticas na aquicultura.

O vírus oropouche emergiu como uma nova ameaça à saúde pública no Brasil, com surtos em Roraima e expansão para outras regiões. Especialistas alertam que a degradação da Amazônia aumenta o risco de epidemias.

O Programa FAPESP para o Atlântico Sul e Antártica (PROASA) visa aumentar o investimento em pesquisa oceânica no Brasil, promovendo parcerias e abordagens interdisciplinares. O Brasil, com vasta área marítima e população costeira significativa, investe apenas 0,03% em pesquisa oceânica, muito abaixo da média global de 1,7%. O PROASA busca fortalecer a ciência e a sustentabilidade na região, integrando diferentes saberes e promovendo a coprodução de conhecimento com a comunidade local.