A Conferência dos Oceanos, em junho, será crucial para as negociações climáticas da COP30 em Belém, destacando a urgência de integrar oceanos e biodiversidade nas discussões. David Obura, chairman da IPBES, alerta sobre a perda de serviços ecossistêmicos e a necessidade de decisões imediatas para evitar danos irreversíveis.

Em novembro, Belém, Brasil, sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), enquanto a Conferência dos Oceanos ocorrerá em junho, em Nice, França. Este evento preparatório é crucial para moldar as negociações climáticas. David Obura, chairman da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), destacou a importância de integrar as discussões sobre oceanos nas negociações climáticas, enfatizando a urgência de decisões para mitigar a perda de biodiversidade.
Durante a Conferência FAPESP “Contribuições para a COP30: Nexo Oceano, Biodiversidade e Clima”, Obura ressaltou que a Conferência dos Oceanos será um espaço para unir diferentes convenções em um esforço colaborativo. Ele acredita que as preocupações dos países africanos banhados pelo oceano Índico são semelhantes às do Brasil, especialmente em relação à interação entre as pessoas e a natureza.
Obura, que lidera a IPBES desde setembro de 2023, mencionou que a inclusão dos oceanos nas discussões climáticas foi uma conquista importante na COP26, realizada em Glasgow, em 2021. Ele destacou que os oceanos não devem ser tratados como um fluxo de trabalho separado, mas sim como parte integrante das negociações climáticas, dada sua conexão com diversas questões ambientais.
As mudanças climáticas são um dos principais fatores que contribuem para o declínio da biodiversidade global. Obura alertou que, se a capacidade da natureza de fornecer serviços ecossistêmicos for comprometida, esses serviços também serão perdidos. Ele enfatizou a necessidade de compreender os limites da natureza para evitar consequências irreversíveis.
O chairman da IPBES explicou que a plataforma, criada em 2012, tem contribuído significativamente para o diagnóstico da biodiversidade e para a proposição de soluções. Ele destacou a importância dos corais como espécies-bandeira para a conservação dos oceanos, pois sua situação é mais facilmente compreendida pelo público. Obura também mencionou que o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, em seu relatório de 2023, indicou que um aumento de 1,5 °C a 2 °C na temperatura global pode resultar na perda de até 90% dos corais.
O físico Paulo Artaxo, membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais, alertou que, se o ritmo atual continuar, a temperatura global pode aumentar entre 4 °C e 4,5 °C até o final do século. Essa situação exige uma mobilização urgente da sociedade. A união em torno de projetos que visem a conservação e a recuperação dos ecossistemas pode fazer a diferença e ajudar a mitigar os impactos das mudanças climáticas.

A Justiça Federal anulou contratos de exploração de madeira no PAE Maracá, em Mazagão (AP), devido a irregularidades e falta de anuência do Incra, enquanto a empresa TW Forest recorre da decisão. A medida visa proteger a área e os direitos dos assentados.

Angelina Jolie se encontrou com Raquel Machado, presidente do Instituto Libio, no Brasil, destacando a reabilitação de animais e a educação ambiental. A visita gerou visibilidade para a causa.

A Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, passou por uma revitalização que melhorou a qualidade da água e atraiu fauna nativa, mas também gerou conflitos entre moradores e novos empreendimentos. A transformação do espaço, marcada por iniciativas de recuperação ambiental e aumento do turismo, trouxe desafios como poluição e barulho, exigindo um equilíbrio entre lazer e respeito ao entorno.

A dieta vegetariana, adotada por 14% da população brasileira, oferece benefícios à saúde e ao meio ambiente, como a melhora da microbiota intestinal e a redução da pegada ecológica. Especialistas alertam para a importância de um planejamento nutricional adequado.

O Buraco das Araras, uma dolina no Mato Grosso do Sul, agora conta com turismo regulamentado, com passeios guiados que variam de R$ 117,00 a R$ 385,00, visando a conservação da biodiversidade local. A interação com os animais é proibida e a entrada na dolina é restrita a pesquisas científicas.

A ilha Gardí Sugdub, no Caribe panamenho, enfrenta a submersão devido à mudança climática, resultando na migração de 1.200 indígenas gunas para o bairro Isber Yala, enquanto os que ficaram lidam com a solidão e a deterioração da infraestrutura.