Um estudo da Vrije Universiteit Brussel aponta que quase 40% das geleiras do mundo podem derreter, com perdas de até 75% se as temperaturas globais atingirem 2,7°C. A preservação do gelo glacial depende de ações para limitar o aquecimento a 1,5°C.
Um estudo realizado pela Vrije Universiteit Brussel, na Bélgica, aponta que quase 40% das geleiras do mundo estão em risco de derretimento. Os pesquisadores afirmam que, mesmo que as temperaturas globais se estabilizem por milênios, as geleiras, excluindo as grandes camadas de gelo, perderão cerca de um terço de sua massa. Se as temperaturas globais aumentarem para 2,7°C, conforme a trajetória atual, essa perda pode chegar a 75%.
O derretimento das geleiras pode ter consequências graves, como a elevação significativa do nível do mar, que ameaça comunidades costeiras, provoca migrações forçadas e compromete o abastecimento de água doce e a agricultura em regiões dependentes do gelo glacial. A situação é alarmante, especialmente em áreas como o oeste dos Estados Unidos e o Canadá, onde até 75% das geleiras podem desaparecer.
Entretanto, o estudo também oferece uma perspectiva de esperança. Se as emissões globais forem reduzidas para atender à meta de 1,5°C estabelecida pelo Acordo de Paris, é possível preservar até metade do gelo glacial. O pesquisador Harry Zekollari destaca que "cada fração de grau tem impacto", enfatizando que as decisões tomadas hoje terão repercussões por séculos.
Os dados são alarmantes: enquanto modelos anteriores previam uma perda de 20% das geleiras até 2100, novas projeções indicam que 39% da perda global de geleiras já está no horizonte. O estudo revela que evitar um aumento de apenas um décimo de grau pode resultar na preservação de 2,7 trilhões de toneladas de gelo glacial.
A situação exige ação imediata. A preservação das geleiras é crucial não apenas para o meio ambiente, mas também para a segurança hídrica e alimentar de milhões de pessoas. A conscientização e a mobilização da sociedade civil são fundamentais para pressionar por políticas que visem a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Neste contexto, a união da sociedade pode fazer a diferença. Projetos que visem a proteção e recuperação das geleiras e o apoio a comunidades afetadas pelo derretimento devem ser incentivados. A colaboração entre indivíduos e organizações pode ser um passo importante para enfrentar os desafios impostos pelo aquecimento global.
O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) deve decidir sobre a legalidade de licenças para desmatamento no Pantanal, com um caso envolvendo 20,5 mil hectares pronto para julgamento. A nova lei estadual exige licenças mais rigorosas.
Um ataque fatal de onça-pintada no Mato Grosso do Sul resultou na morte do caseiro Jorge Avalo, gerando preocupações sobre a segurança em áreas próximas ao habitat do animal. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) recomenda cuidados ao interagir com onças, destacando a influência da alimentação humana na agressividade dos animais.
Manaus enfrenta um impasse na gestão de resíduos sólidos, com a Marquise Ambiental pronta para operar um novo aterro, mas sem contrato com a prefeitura devido à resistência popular e localização próxima a um igarapé.
O Brasil participa da Semana do Clima no Panamá, liderado por Ana Toni e Marcele Oliveira, para promover um "mutirão global" pelo clima e conectar a conferência com a sociedade. A comitiva destaca trinta representantes que levarão mensagens da população e busca avanços em negociações ambientais.
A COP30, cúpula do clima da ONU, será realizada em Belém, mas a revista The Economist critica a escolha, apontando problemas de infraestrutura e hospedagem. A cidade enfrenta desafios como escassez de leitos e altos preços, com a expectativa de até 50 mil visitantes. A revista destaca a precariedade do saneamento e adaptações de escolas e quartéis como albergues.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta, para contestar novas regras de licenciamento ambiental que podem prejudicar povos indígenas e flexibilizar normas. A ministra criticou a falta de caráter vinculante dos pareceres das autoridades e a exclusão de terras não demarcadas, ressaltando a urgência de uma análise cuidadosa das propostas.