Desmatamento na Amazônia caiu 30,6% em 2024, mas incêndios e secas elevaram a taxa em 9,1% entre 2024 e 2025. O governo intensifica ações para alcançar desmatamento zero até 2030.
A queda de 30,6% no desmatamento da Amazônia em 2024, o menor índice desde 2015, foi anunciada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MME) em 6 de junho de 2025. Apesar dessa redução significativa, a situação permanece crítica, com a destruição de 6.288 km² de florestas, equivalente a quatro cidades de São Paulo. Alexandre Prado, líder em Mudanças Climáticas do WWF-Brasil, destaca a importância de manter a floresta para proteger o clima e a biodiversidade.
Nos últimos meses, a região enfrentou um aumento alarmante no desmatamento, impulsionado por incêndios florestais e secas severas. Entre agosto de 2024 e maio de 2025, a taxa de desmatamento aumentou em 9,1%, com um pico de 92% em maio de 2025 em comparação ao mesmo mês do ano anterior. O ministro substituto do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, classificou a situação como “sem precedentes históricos”.
A perda de florestas primárias devido a incêndios representou quase metade da perda global de cobertura florestal em 2024, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do World Resources Institute (WRI). Para enfrentar essa crise, o governo federal implementou novas políticas, incluindo a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que visa disciplinar o uso do fogo e promover a corresponsabilidade entre diferentes setores da sociedade.
A Lei 15.143/2025, sancionada recentemente, fortalece a capacidade de combate a incêndios florestais e facilita a reconstrução de infraestrutura danificada. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) intensificou a fiscalização, realizando quase 19 mil ações na Amazônia, resultando em mais de 5 mil autos de infração e R$ 3,1 bilhões em multas.
No Pantanal, o desmatamento caiu 74% entre agosto de 2024 e maio de 2025, com uma redução de 65% em maio de 2025 em relação ao mesmo mês do ano anterior. O Cerrado também apresentou uma diminuição de 22% na taxa de desmatamento no mesmo período. Essas melhorias indicam um controle mais eficaz das queimadas, com menos de 10 quilômetros quadrados queimados entre fevereiro e abril de 2025.
Essas iniciativas governamentais são essenciais, mas a mobilização da sociedade civil é igualmente importante. A união de esforços pode fazer a diferença na proteção das florestas e na promoção de práticas sustentáveis. Projetos que visam restaurar ecossistemas e apoiar comunidades afetadas por desastres ambientais precisam de apoio e incentivo da população.
O Brasil busca descarbonizar o transporte, com foco em veículos elétricos e biocombustíveis, mas enfrenta desafios como atrasos em fábricas e a necessidade de investimentos significativos. Acelen e Be8 avançam em biocombustíveis, enquanto montadoras chinesas enfrentam dificuldades.
A Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, passou por uma revitalização que melhorou a qualidade da água e atraiu fauna nativa, mas também gerou conflitos entre moradores e novos empreendimentos. A transformação do espaço, marcada por iniciativas de recuperação ambiental e aumento do turismo, trouxe desafios como poluição e barulho, exigindo um equilíbrio entre lazer e respeito ao entorno.
A Petrobras investe R$ 40 milhões no primeiro drone da América Latina para monitoramento marinho e emergências ambientais, em colaboração com uma fabricante brasileira. Essa inovação visa aumentar a segurança e a sustentabilidade no setor offshore.
A produção de concreto no Brasil gera 6,4% das emissões de gases do efeito estufa, e a falta de separação de resíduos da construção civil limita a reciclagem a apenas 30%. Jundiaí é um exemplo positivo de gestão.
Uma carreta que transportava corante colidiu com um poste em Jundiaí, resultando em um vazamento de 2 mil litros do produto. Aves foram afetadas e capivaras estão sendo monitoradas. A via foi interditada.
Ricardo Lewandowski apresentou um projeto de lei à Casa Civil que define o crime de ecocídio, prevendo penas de 10 a 40 anos de prisão e sanções administrativas para infratores. A proposta visa proteger o meio ambiente e responsabilizar pessoas jurídicas.