Pesquisadores brasileiros estão promovendo uma "micro revolução verde" na agricultura, utilizando microrganismos como Bradyrhizobium para reduzir a dependência de fertilizantes nitrogenados na soja, com benefícios econômicos e ambientais significativos.
O nitrogênio é um macronutriente vital para o crescimento das plantas, especialmente na agricultura, onde sua fertilização é frequentemente cara e prejudicial ao meio ambiente. Pesquisadores brasileiros estão inovando ao utilizar microrganismos, como a bactéria Bradyrhizobium, para reduzir a dependência de fertilizantes nitrogenados na soja, promovendo uma "micro revolução verde" na agricultura.
Historicamente, o Brasil se destaca na aplicação de microrganismos para a fixação de nitrogênio, uma prática que remonta aos anos 60. Pesquisadoras como Johanna Döbereiner e Mariangela Hungria foram pioneiras nesse campo, contribuindo para a redução de custos e impactos ambientais. A utilização de Bradyrhizobium na soja, por exemplo, foi reconhecida como um modelo de sucesso global, evitando a emissão de 430 milhões de toneladas de CO2 na safra de 2019/2020.
Fernando Shintate Galindo, engenheiro agrônomo, destaca que a inoculação de bactérias pode substituir parte da fertilização nitrogenada, permitindo que os produtores utilizem menos adubos químicos. Nos últimos anos, novas metodologias têm ampliado o uso de microrganismos em diversas culturas, além da soja, promovendo um aumento na eficiência do uso de nutrientes.
Um estudo recente de Galindo, publicado na revista Plant Biology, analisou a combinação de duas bactérias, Azospirillum brasilense e Bacillus subtilis, na cultura do milho. Os resultados mostraram que essa combinação não apenas melhorou a eficiência do uso de nitrogênio, mas também aumentou a produtividade em cinco vírgula dois por cento, reduzindo a necessidade de fertilizantes de 240 kg N/ha para 175 kg N/ha.
A redução na aplicação de fertilizantes nitrogenados pode gerar uma economia significativa para os produtores, estimada em R$ 130 por hectare. Se aplicada em toda a área cultivada com milho no Brasil, essa economia poderia alcançar cerca de R$ 2,86 bilhões anuais. Além disso, a diminuição do uso de nitrogênio também contribui para a mitigação de emissões de gases de efeito estufa.
Essas inovações na agricultura, que utilizam microrganismos para promover o crescimento das plantas, são essenciais para um futuro sustentável. Projetos que buscam implementar essas práticas devem ser apoiados pela sociedade civil, pois podem trazer benefícios não apenas econômicos, mas também ambientais, contribuindo para a saúde do nosso planeta.
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