A floresta do Parque Nacional da Tijuca, vista como natureza intocada, é na verdade resultado de reflorestamento e marcas de atividades humanas, revelando uma rica história cultural. O estudo destaca a interação entre humanos e natureza, evidenciada por vestígios de trilhas, carvoarias e espécies exóticas que moldaram a paisagem.

A floresta do Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, é frequentemente percebida como um espaço de natureza intocada, longe da influência humana. No entanto, estudos recentes revelam que essa floresta é resultado de um complexo processo de reflorestamento e regeneração natural, que inclui vestígios de atividades humanas, como trilhas e carvoarias, que moldaram sua história.
Entre mil oitocentos e sessenta e dois e mil oitocentos e noventa e quatro, o major Manuel Gomes Archer e Thomaz Nogueira da Gama realizaram um notável reflorestamento na área que hoje compõe o parque, com a ajuda de onze escravizados. Essa ação, embora significativa, corresponde a apenas oito por cento da área atual do Parque da Tijuca, concentrando-se principalmente no bairro do Alto da Boa Vista.
A regeneração natural da floresta trouxe uma vegetação diferente da original, escondendo marcas de uma presença humana anterior. Muitas dessas evidências, como trilhas e ruínas de antigos engenhos de cana-de-açúcar, são visíveis aos visitantes. As trilhas, algumas ainda calçadas com pedras, serviam para escoar produtos como lenha e carvão, e levam a ruínas que contam parte da história da região.
Além das trilhas, a floresta abriga vestígios de carvoarias, que foram a principal fonte energética do Rio de Janeiro até a primeira metade do século XX. Já foram identificadas mais de trezentas e oitenta áreas de produção de carvão no Parque Nacional da Tijuca e em áreas adjacentes, evidenciando a interação entre humanos e a floresta ao longo do tempo.
As árvores do parque também têm histórias para contar. Figueiras centenárias, poupadas do corte, e espécies ritualísticas, como a Espada-de-são-jorge, refletem a cultura local. Frutas exóticas, como banana e manga, são encontradas em áreas que antes eram manejadas pelo ser humano, indicando que a floresta é um espaço dinâmico, resultado de uma longa interação entre natureza e cultura.
A floresta do Parque Nacional da Tijuca é, portanto, um patrimônio natural e cultural do Rio de Janeiro. A preservação e valorização desse espaço são essenciais. A união da sociedade civil pode ser um caminho para apoiar iniciativas que promovam a conservação e a educação ambiental, garantindo que essa rica história continue a ser contada e preservada para as futuras gerações.

Cientistas descobriram a nova espécie de sucuri-verde, Eunectes akayima, na Amazônia, medindo 8 metros e pesando mais de 200 quilos, revelando divergência genética de 5,5% em relação à Eunectes murinus. A descoberta ressalta a urgência de ações de conservação, dado o risco de extinção da espécie devido ao desmatamento e mudanças climáticas.

A Defesa Civil Nacional iniciou uma missão técnica para implementar o Plano Nacional de Enfrentamento à Estiagem na Amazônia Legal e Pantanal, promovendo oficinas em dez estados afetados pela seca. A ação visa alinhar esforços entre órgãos federais e locais, abordando a intensa estiagem que causa escassez hídrica e incêndios florestais.

O Brasil perdeu 111,7 milhões de hectares de vegetação nativa entre 1985 e 2024, com a agropecuária se expandindo e a mineração crescendo, especialmente na Amazônia. O estudo do MapBiomas alerta para os desafios ambientais.

Brasília avança com o programa "Vai de Bike", que prevê a construção de 270 quilômetros de ciclovias, visando melhorar a mobilidade urbana e a segurança dos ciclistas na capital. A participação da população na atualização do Plano Diretor de Transporte Urbano é fundamental para garantir infraestrutura adequada e conscientização no trânsito.
Ibama realiza a Operação Mata Viva na Paraíba, resultando em 42 autos de infração, embargos de 106,5 hectares de vegetação nativa e apreensão de 176 aves silvestres. A ação visa combater o desmatamento ilegal e proteger áreas indígenas.

Leilão de blocos na foz do Amazonas, marcado para 17 de junho, enfrenta resistência do MPF e petroleiros, que questionam a falta de licenças e consulta às comunidades tradicionais. A pressão aumenta.