A implementação da Declaração de Belém enfrenta desafios, com apenas 4% das ações formalizadas entre agosto de 2023 e junho de 2025, segundo a Plataforma Cipó. O diagnóstico revela que 70% das iniciativas ainda estão em fases iniciais.

Um diagnóstico da Plataforma Cipó, que será divulgado em breve, revela que a implementação da Declaração de Belém, assinada em agosto de 2023, enfrenta sérios desafios. Entre agosto de 2023 e junho de 2025, apenas 4% das ações previstas foram formalizadas, enquanto 70% permanecem em fases iniciais. O documento, que visa a cooperação entre os países amazônicos, registrou cerca de 1.700 ações, mas a maioria ainda não gerou resultados práticos.
Os dados indicam que apenas 12% das ações alcançaram a implementação prática. A pesquisa analisou os 113 parágrafos do acordo, organizados em 16 eixos temáticos, e constatou que a maior parte das medidas está em estágios preliminares. Isso evidencia uma discrepância entre o discurso político e a ação efetiva dos países envolvidos, que incluem Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
Marília Closs, coordenadora de projetos da Plataforma Cipó, destaca que a Declaração de Belém representa um marco na cooperação pan-amazônica, consolidando uma visão comum para evitar o colapso da floresta. No entanto, a implementação prática ainda é limitada, com cerca de 13% das ações sendo apenas manifestações de interesse político, como declarações em eventos.
Os eixos temáticos com maior número de ações são ciência, educação e inovação, mudança do clima e proteção das florestas. Apesar do volume de propostas, muitas se concentram em fortalecer diálogos acadêmicos e encontros técnicos, sem desdobramentos concretos. A Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) lidera a maioria das ações, mas a resposta a eventos climáticos extremos, como enchentes e incêndios, ainda é insuficiente.
Além disso, compromissos relacionados à proteção social e reconhecimento das culturas amazônicas estão em fase inicial. Iniciativas como o Painel Intergovernamental Técnico-Científico da Amazônia e o Observatório das Mulheres Rurais para a Amazônia ainda não avançaram. Closs enfatiza que os desafios, como desmatamento e mudanças climáticas, precisam ser abordados coletivamente para serem eficazes.
A COP30, que ocorrerá na Amazônia, é vista como uma oportunidade para fortalecer a cooperação entre os países da região. A implementação plena da Declaração de Belém pode deixar um legado duradouro para a Amazônia e seus povos. Nesse contexto, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável na região.

O Ibama participou do projeto Embarque Sustentável em Maceió, promovendo a conscientização sobre o tráfico de animais silvestres com uma exposição interativa no VLT. A ação, que incluiu uma gaiola interativa e petrechos ilegais, atraiu grande público e reforçou a importância da proteção da fauna. O projeto terá nova edição em 26 de julho.

Análise revela 2.974 focos de incêndio em 740 lixões no Brasil, emitindo 6 milhões de toneladas de gases de efeito estufa anualmente, enquanto a COP30 se aproxima e a situação persiste sem controle.

Relatório aponta vulnerabilidade climática em regiões mineradoras do Brasil. Observatório da Mineração destaca riscos sociais e ambientais na extração de lítio, cobre e cobalto.

Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional cria Comitê de Resiliência Climática. A iniciativa visa articular ações para enfrentar a crise climática e proteger populações vulneráveis.

Um filhote de rolinha-do-planalto nasceu em cativeiro pela primeira vez no Parque das Aves, em Foz do Iguaçu, como parte de um projeto de conservação da espécie criticamente ameaçada. A iniciativa, que envolve parcerias com a Save Brasil e o ICMBio, visa garantir a sobrevivência da ave, que possui apenas cerca de 20 indivíduos na natureza. O sucesso da reprodução em cativeiro representa um avanço significativo para o manejo da espécie e a possibilidade de reintrodução no habitat natural.

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) investe em tecnologia de irrigação e adaptações climáticas, visando a segurança hídrica e a resiliência das comunidades, especialmente com a COP 30 em 2025.