Meio Ambiente

Fundo Amazônia destina R$ 150 milhões para combater incêndios no cerrado e pantanal pela primeira vez

O Fundo Amazônia destinará R$ 150 milhões para combater incêndios no cerrado e no pantanal, abrangendo cinco estados e o Distrito Federal, em resposta ao aumento das queimadas em 2024. Essa é a primeira vez que os recursos do fundo, criado em 2008, serão usados fora da Amazônia Legal, refletindo a crescente preocupação do governo com o aumento das queimadas e suas consequências ambientais.

Atualizado em
June 30, 2025
Clock Icon
4
min
Fogo no pantanal próximo a Miranda, em Mato Grosso do Sul - Lalo de Almeida - 7.ago.24/Folhapress

Pela primeira vez, o Fundo Amazônia destinará R$ 150 milhões para ações de combate a incêndios no cerrado e no pantanal, abrangendo cinco estados e o Distrito Federal. O plano, elaborado pelos ministérios do Meio Ambiente e da Justiça do governo Lula, visa responder ao aumento das queimadas em 2024. O pedido de financiamento do "Projeto Manejo Integrado do Fogo" foi enviado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) há cerca de duas semanas e está em análise.

Desde sua criação em 2008, os recursos do Fundo Amazônia, que são majoritariamente de origem estrangeira, nunca haviam sido utilizados para combater queimadas fora da Amazônia Legal. A preocupação com o aumento das queimadas se intensificou após os recordes de destruição causados pelo fogo no ano anterior. Em 2024, as queimadas atingiram uma área total de 592,6 mil quilômetros quadrados no Brasil, com o cerrado respondendo por 242 mil quilômetros quadrados e o pantanal por 27 mil quilômetros quadrados.

Os dados parciais de 2024 são alarmantes, com 30,8 mil quilômetros quadrados queimados de janeiro a maio, próximo aos 36 mil quilômetros quadrados do mesmo período em 2023. O governo busca adotar medidas para conter o avanço das queimadas, especialmente com a proximidade da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorrerá em novembro em Belém.

Os recursos do Fundo Amazônia serão utilizados para a aquisição de equipamentos e insumos, além de veículos para apoiar as operações de brigadistas. O pagamento de mão de obra não é permitido. O Ministério da Justiça informou que os estados incluídos no plano concentraram cerca de 17% dos focos de calor registrados no país em 2024, com destaque para Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Piauí.

O prazo para a aplicação dos recursos é de 24 meses. O Fundo Amazônia já havia financiado ações fora do bioma amazônico, mas sem relação com queimadas. O novo projeto prevê a compra de mais de 2.000 equipamentos, como bombas costais e sopradores, destinados a brigadas e bombeiros militares. A diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destacou que o fogo se tornou um vetor de desmatamento, exigindo ações mais eficazes.

Com um total de R$ 4,112 bilhões, o Fundo Amazônia já apoiou 129 projetos. Desde 2023, o fundo aprovou a destinação de R$ 405 milhões para os Corpos de Bombeiros dos nove estados da Amazônia Legal. Em situações como essa, a união da sociedade civil pode fazer a diferença, promovendo ações que ajudem a proteger nossos biomas e a combater os incêndios que ameaçam o meio ambiente.

Folha de São Paulo
Quero ajudar

Leia mais

Perdas de energia elétrica na América Latina comprometem metas climáticas e aumentam emissões de carbono
Meio Ambiente
Clock Icon
4
min
Perdas de energia elétrica na América Latina comprometem metas climáticas e aumentam emissões de carbono
News Card

Perdas de energia elétrica na América Latina atingem 17% ao ano, segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), impactando emissões de CO2 e exigindo investimentos urgentes em infraestrutura.

Claro! Por favor, forneça as informações sobre o tema ou evento que você gostaria que eu usasse para criar o título da notícia.
Meio Ambiente
Clock Icon
3
min
Claro! Por favor, forneça as informações sobre o tema ou evento que você gostaria que eu usasse para criar o título da notícia.
News Card

Um estudo recente destaca que a acidificação dos oceanos compromete a reprodução de diversas espécies de peixes, afetando a pesca e a segurança alimentar global. A comunidade científica alerta para as consequências alarmantes dessa situação.

Rendimento pesqueiro no Alto Rio Paraná despenca 50% em duas décadas devido a espécies invasoras e degradação ambiental
Meio Ambiente
Clock Icon
3
min
Rendimento pesqueiro no Alto Rio Paraná despenca 50% em duas décadas devido a espécies invasoras e degradação ambiental
News Card

O rendimento pesqueiro no Alto Rio Paraná caiu 50% em duas décadas devido à invasão de espécies exóticas e à degradação ambiental, afetando a economia local e a biodiversidade. O estudo revela que espécies nativas diminuíram em tamanho e quantidade, enquanto invasoras, como o tucunaré, se tornaram mais abundantes e prejudiciais ao setor pesqueiro.

Lagoa Rodrigo de Freitas se transforma em espaço de convivência e desafios ambientais no Rio de Janeiro
Meio Ambiente
Clock Icon
4
min
Lagoa Rodrigo de Freitas se transforma em espaço de convivência e desafios ambientais no Rio de Janeiro
News Card

A Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, passou por uma revitalização que melhorou a qualidade da água e atraiu fauna nativa, mas também gerou conflitos entre moradores e novos empreendimentos. A transformação do espaço, marcada por iniciativas de recuperação ambiental e aumento do turismo, trouxe desafios como poluição e barulho, exigindo um equilíbrio entre lazer e respeito ao entorno.

Alto Joá solicita intervenção do Iphan em obras na Rua Sargento José da Silva por riscos à preservação ambiental
Meio Ambiente
Clock Icon
3
min
Alto Joá solicita intervenção do Iphan em obras na Rua Sargento José da Silva por riscos à preservação ambiental
News Card

A associação Alto Joá denunciou obras na Rua Sargento José da Silva, na Joatinga, sem autorização do Iphan, resultando em cortes no terreno e movimentação de terra. O órgão foi solicitado a embargar os trabalhos.

Pantanal renasce após incêndios devastadores com parcerias e iniciativas de conservação sustentáveis
Meio Ambiente
Clock Icon
4
min
Pantanal renasce após incêndios devastadores com parcerias e iniciativas de conservação sustentáveis
News Card

Em 2020, o Pantanal sofreu incêndios devastadores, queimando mais de 30% da área e matando 17 milhões de vertebrados. Parcerias recentes visam restaurar o ecossistema e promover a sustentabilidade na região.