Em 2024, o Brasil enfrentou o maior número de queimadas em 17 anos, com incêndios responsáveis por 66% da perda florestal, superando o agronegócio. A Amazônia e o Pantanal foram os mais afetados.
Em 2024, o Brasil enfrentou um cenário alarmante com o maior número de queimadas registrado em dezessete anos. Dados do Laboratório GLAD da Universidade de Maryland, disponíveis na plataforma Global Forest Watch (GFW), revelam que os incêndios foram responsáveis por sessenta e seis por cento da perda de cobertura florestal, superando a contribuição do agronegócio, que consumiu treze por cento das florestas primárias. Este aumento drástico nas queimadas coincide com o ano mais quente já registrado.
Os incêndios devastaram áreas equivalentes ao território do Panamá, com o Brasil liderando o ranking global, respondendo por quarenta por cento da perda florestal. Historicamente, os incêndios representavam cerca de vinte por cento das perdas, evidenciando uma mudança significativa nas causas da degradação ambiental. Além disso, grandes incêndios ocorreram tanto em florestas tropicais quanto boreais, indicando um padrão de aquecimento generalizado.
A Amazônia sofreu a maior perda de cobertura arbórea desde dois mil e dezesseis, enquanto o Pantanal se destacou como o bioma mais afetado. A diretora do programa de florestas e uso da terra do WRI Brasil, Mariana Oliveira, destacou que, apesar dos avanços sob a gestão do governo Lula, a ameaça às florestas persiste. Ela enfatizou a necessidade de investimentos contínuos em prevenção de incêndios e fiscalização rigorosa para proteger as conquistas ambientais.
As condições climáticas extremas, exacerbadas pelo fenômeno El Niño, tornaram os incêndios mais intensos e difíceis de controlar. Embora as florestas tenham a capacidade de se recuperar, a combinação da conversão de terras e das mudanças climáticas pode dificultar essa recuperação, aumentando a probabilidade de novos incêndios no futuro. A perda de florestas primárias tropicais, impulsionada por outras causas, também aumentou em quatorze por cento, o maior índice desde dois mil e dezesseis.
O aumento das queimadas e a degradação ambiental exigem uma resposta urgente da sociedade. É fundamental que a população se mobilize em defesa da preservação ambiental e do combate às queimadas. A conscientização e a ação coletiva podem fazer a diferença na proteção dos nossos biomas e na promoção de práticas sustentáveis.
Nesta situação crítica, a união da sociedade pode ser um fator decisivo para ajudar a mitigar os impactos das queimadas e promover a recuperação das áreas afetadas. Projetos que visem a proteção ambiental e a recuperação de ecossistemas devem ser incentivados, pois podem trazer benefícios significativos para a biodiversidade e para as comunidades locais.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu a emergência hídrica em 126 cidades do Piauí, permitindo acesso a recursos federais para ações de defesa civil. A situação crítica da seca afeta a população local.
Estudo revela que a interrupção do pastejo na Caatinga não recupera a saúde do solo. Pesquisadores sugerem adubação verde e plantio de árvores para restaurar ecossistemas degradados em Pernambuco.
Ministério reconhece emergência em 11 cidades do Rio Grande do Sul por estiagem. Prefeituras podem solicitar recursos federais para ações de defesa civil.
Indígenas de várias partes do mundo se uniram em Brasília para o Acampamento Terra Livre, visando fortalecer sua voz na COP 30 e se opor à exploração de combustíveis fósseis.
Projeto de Lei 1725/25 proíbe novas explorações de petróleo na Amazônia. Ivan Valente argumenta que a medida é necessária para evitar desastres ambientais e promover a recuperação da região. A proposta inclui um plano de transição para operações existentes e financiamento através de compensações ambientais. A discussão está acirrada no governo, com apoio de Lula e resistência de Marina Silva. Se aprovado, pode encerrar os planos da Petrobras na área.
Um proprietário de sítio em Flórida Paulista (SP) foi multado em R$ 1.650,00 por desmatar 0,30 hectare de vegetação nativa sem autorização. A área foi embargada pela Polícia Militar Ambiental, que utilizou imagens de satélite para a fiscalização.