O Brasil se destaca na sustentabilidade dos shopping centers, com 92% no mercado livre de energia e 87% usando fontes renováveis, preparando-se para a COP30. A transformação do setor reflete um compromisso com a responsabilidade ambiental.
O Brasil se prepara para sediar a COP30 em novembro, atraindo a atenção global para sua liderança em questões ambientais. Embora o foco esteja nas ações governamentais, é essencial reconhecer as transformações em setores da economia, como o de shopping centers, que já estão se adaptando para enfrentar a crise climática. Dos mais de 640 shoppings em operação no país, noventa e dois por cento já migraram para o mercado livre de energia, o que resulta em maior eficiência e sustentabilidade.
Essa migração permite a contratação de fontes renováveis, contribuindo para a redução da pegada de carbono do setor. Atualmente, oitenta e sete por cento dos shoppings utilizam energia limpa, como solar ou eólica, com destaque para a região Nordeste, onde noventa e sete por cento dos empreendimentos já operam no mercado livre. Essa mudança não é apenas uma estratégia de economia, mas um alinhamento com as exigências de um futuro sustentável.
Além da energia, a gestão hídrica também se tornou uma prioridade. Muitos shoppings implementaram Estações de Tratamento de Água (ETAs) para reuso em jardinagem e limpeza, além de sistemas de captação de água da chuva. Essas iniciativas ajudam a reduzir a dependência de fontes tradicionais e promovem a conservação dos recursos hídricos.
O gerenciamento de resíduos é outro aspecto em que o setor tem avançado. Cerca de oitenta e dois por cento dos shoppings realizam coleta seletiva nas praças de alimentação, enquanto setenta por cento fazem o mesmo em áreas comuns. Além disso, oitenta e um por cento destinam corretamente lâmpadas fluorescentes e sessenta e sete por cento de pilhas e baterias, impactando positivamente as emissões de Escopo 3, que são indiretas e resultam da cadeia de valor.
Essas práticas demonstram que a sustentabilidade se tornou uma realidade concreta no setor de shopping centers. Com a adoção de iluminação LED, sistemas automatizados de controle energético e iniciativas de economia circular, esses espaços estão se reinventando como centros de convivência com propósito. Apesar dos avanços, ainda existem desafios, como a necessidade de mais empreendimentos estabelecerem metas formais de descarbonização.
A Associação Brasileira de Shopping Center (Abrasce) lançou uma Matriz de Materialidade para guiar os empreendimentos na adoção de padrões sustentáveis. A COP30 representa uma oportunidade para o Brasil mostrar que o desenvolvimento econômico pode coexistir com a preservação ambiental. A união da sociedade civil pode impulsionar ainda mais essas iniciativas, contribuindo para um futuro mais sustentável e inovador.
No painel Forecasting COP30 do Web Summit Rio, Nathaly Kelley criticou a influência corporativa nas conferências climáticas, enquanto Nielsen destacou a urgência de reduzir emissões. Ambos discutiram soluções para a crise climática.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) intensifica ações para a COP 30, destacando a irrigação como tecnologia vital para a adaptação climática e mitigação de gases de efeito estufa. A parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC+) reforçam essa estratégia.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, lançou o Balanço Ético Global (BEG) em preparação para a COP30, que ocorrerá em Belém, propondo ações climáticas e financiamento de US$ 1,3 trilhão anuais. O BEG visa integrar ética nas negociações climáticas, destacando a necessidade de compromisso coletivo para enfrentar a crise ambiental.
A Good Karma Partners se fundiu com a Just Climate, cofundada por Al Gore, formando uma nova entidade focada em investimentos sustentáveis na América Latina, com 55% do capital alocado na região. A fusão visa acelerar a transição para tecnologias sustentáveis em setores de alta emissão, como agricultura e indústria.
Operação "Gelo Podre" investiga fornecimento de gelo contaminado em quiosques da Barra da Tijuca e Recreio. Fábrica na Cidade de Deus foi interditada por uso de água poluída, e um responsável foi detido.
Governo de São Paulo disponibiliza R$ 2,5 milhões para pescadores afetados. A linha de crédito emergencial, com juros zero, visa mitigar os impactos da mortandade de peixes no Rio Tietê.