O Brasil enfrenta 14 ameaças climáticas, como secas e inundações, conforme o Primeiro Relatório Bienal de Transparência. Especialistas alertam para impactos diretos na agricultura e saúde pública.

O Brasil, signatário do Acordo de Paris, enfrenta uma grave crise climática, com dados recentes indicando que a temperatura global já aumentou em 1,5ºC. O Primeiro Relatório Bienal de Transparência do Brasil, divulgado recentemente, aponta 14 ameaças climáticas que incluem secas, inundações e ventos extremos, afetando diretamente a agricultura e a saúde pública.
Especialistas como Suely Araújo, ex-presidente do Ibama, e Paulo Saldiva, da Universidade de São Paulo (USP), destacam que todas as regiões do Brasil sofrerão alterações significativas nos padrões climáticos, mesmo que as metas do Acordo de Paris sejam cumpridas. Entre os efeitos esperados estão temperaturas atípicas, chuvas extremas e estiagens severas.
O relatório revela que eventos climáticos extremos, como ondas de calor e inundações, têm consequências diretas na segurança alimentar e na infraestrutura urbana. Um exemplo recente foi a inundação recorde no Rio Grande do Sul, em maio de 2024, que se tornou o maior desastre climático da história do país, evidenciando a vulnerabilidade das regiões afetadas.
As mudanças no regime hídrico, com períodos prolongados de seca e enchentes, prejudicam a agricultura, resultando em redução na produção de alimentos e aumento nos preços. Além disso, a escassez de água agrava o risco de incêndios e compromete a geração de energia e o abastecimento humano.
O coordenador geral de Ciências do Clima do Ministério da Ciência, Márcio Rojas, ressalta que o impacto das mudanças climáticas no Brasil é distinto do observado em outras partes do mundo. Alterações nos oceanos, como a acidificação e a elevação do nível do mar, também são preocupantes, especialmente para as populações costeiras que dependem dessas áreas para suas atividades.
As mudanças climáticas afetam diretamente a saúde da população, aumentando a incidência de doenças respiratórias e cardiovasculares, além de agravar problemas mentais. Diante desse cenário, a união da sociedade civil é fundamental para apoiar iniciativas que visem mitigar os impactos das mudanças climáticas e ajudar as comunidades mais afetadas.

Durante a palestra no Rio Innovation Week, Nathalie Kelley criticou a influência de corporações nas conferências climáticas, destacando que a COP30 em Belém deve abordar a globalização como causa das mudanças climáticas.

José Eli da Veiga, professor da USP, propõe um modelo de "crescer decrescendo" e critica a ineficácia das COPs, sugerindo negociações diretas entre grandes emissores como solução mais eficaz.
Sete tartarugas marinhas da espécie Caretta foram encontradas mortas em uma rede de pesca na APA Baía das Tartarugas, em Vitória. A prefeitura investiga o caso e pede denúncias sobre práticas ilegais.

A prefeitura de Niterói finaliza o projeto do Parque Lagoa de Itaipu, com previsão de conclusão em dois anos, visando requalificação urbana e ambiental da região. O parque contará com ciclovias, jardins filtrantes e áreas de contemplação, promovendo infraestrutura verde e mobilidade ativa. A vice-prefeita Isabel Swan destaca que o projeto busca recuperar o ecossistema local e melhorar a qualidade de vida da população.

A Operação Salvem as Tartarugas Marinhas foi lançada para combater a pesca com redes de espera em São Conrado e na Praia da Joatinga, resultando na apreensão de um quilômetro de redes. A ação visa proteger tartarugas ameaçadas de extinção, com multas que podem chegar a R$ 100 mil para infratores.

O agronegócio brasileiro se destaca na COP30, em Belém, com a AgriZone, parceria com a Embrapa, apresentando inovações sustentáveis e o Plano ABC+ para reduzir emissões de carbono. A conferência, que ocorrerá entre 10 e 21 de novembro, será uma vitrine das práticas agroambientais do Brasil, com foco em tecnologias que promovem a sustentabilidade e a segurança alimentar.