A COP30 em Belém enfrenta uma crise de hospedagem, com preços altos que ameaçam a participação de ONGs e movimentos sociais, enquanto o governo tenta soluções improvisadas. A expectativa é de grande mobilização popular.

Durante a COP30, que ocorrerá em Belém, a escalada dos preços de hospedagem preocupa ONGs e movimentos sociais. A expectativa é de uma participação popular significativa, semelhante à Eco-92. Contudo, a alta demanda e a baixa oferta de leitos ameaçam a presença efetiva da sociedade civil. A situação se agravou após a assinatura de uma carta por 27 países, exigindo soluções para a infraestrutura da cidade, que já enfrentava problemas desde o início do ano.
Uma pesquisa revelou que o custo de estadia em hotéis de três estrelas em Belém durante a COP30 é quase o dobro do preço do Copacabana Palace. Karla Maass, assessora da Climate Action Network Latin America (CANLA), expressou preocupação com a situação, afirmando que o aumento dos preços não é apenas um inconveniente, mas uma ameaça à participação da sociedade civil nas negociações climáticas.
A participação das ONGs em eventos como a COP é frequentemente limitada por orçamentos restritos. Maass enfatizou a importância da presença social nas negociações climáticas, destacando que as vozes das comunidades vulneráveis precisam ser ouvidas. A expectativa é que a Cúpula dos Povos, um evento paralelo à COP, atraia cerca de 20 mil pessoas, com uma estrutura sendo montada para acomodar até 10 mil participantes.
Caetano Scannavino, coordenador do Projeto Saúde e Alegria, mencionou que a Cúpula dos Povos deve ocorrer principalmente na Universidade Federal do Pará (UFPA). Embora a crise de hospedagem possa impactar a participação, ele acredita que a mobilização popular será a maior da história das COPs. No entanto, a questão da hospedagem também afeta a Cúpula, e a sugestão de dormir em redes é vista como inadequada.
O governo brasileiro lançou uma plataforma de hospedagem para mitigar os altos preços, mas a ferramenta enfrenta instabilidade e alta demanda. O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que o governo está trabalhando para garantir a realização da COP em Belém, mas não há previsão de novos anúncios para reforçar a infraestrutura. A Secretaria Extraordinária da COP30 anunciou a oferta de mais de 2.700 quartos, além de soluções improvisadas, como o uso de navios de cruzeiro.
Com a proximidade do evento, a mobilização da sociedade civil se torna ainda mais crucial. A Cúpula dos Povos representa uma oportunidade para que as vozes dos movimentos sociais sejam ouvidas. Em tempos de crise, a união da sociedade pode fazer a diferença, garantindo que as demandas das comunidades vulneráveis sejam atendidas e respeitadas nas negociações climáticas.

Após as devastadoras enchentes de 2024, o Rio Grande do Sul inicia projetos de reflorestamento, como Reflora e Muda, mas ambientalistas clamam por ações mais eficazes e rápidas para prevenir novas tragédias.

Ibama embargou 22 áreas na APP da UHE Corumbá IV, em Goiás, por construções irregulares, registrando 21 autos de infração e notificações para apuração de mais infrações.

O documentário "Pangolim: A Viagem de Kulu", da Netflix, visa conscientizar sobre a conservação dos pangolins, que enfrentam extinção devido à caça ilegal por suas escamas e carne.

A Câmara dos Deputados aprovou o PL 2.159/2021, que facilita o licenciamento ambiental e permite a supressão da Mata Atlântica sem autorização do Ibama. O veto presidencial é crucial para evitar retrocessos.

A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2.159/2021, que institui a Licença Ambiental Especial e o autolicenciamento, provocando reações negativas entre ambientalistas e especialistas. A medida é vista como um retrocesso nas políticas ambientais brasileiras, comprometendo a legislação e a imagem do país na COP30.

O Cerrado é o primeiro bioma a receber o Landscape Accelerator – Brazil, que visa promover a agricultura regenerativa e reverter a degradação do solo, com potencial de gerar US$ 100 bilhões até 2050. A iniciativa, lançada em 2024, é uma parceria entre o WBCSD, Cebds e BCG, com apoio do Ministério da Agricultura. A implementação de práticas regenerativas em 32,3 milhões de hectares pode aumentar a produtividade em até 11% e reduzir emissões de carbono em 16%.