Novo Acordo de Reparação destina R$ 11 bilhões para universalizar o saneamento na bacia do Rio Doce até 2033, com foco em água potável e esgoto tratado. Governos e empresas se unem para reverter danos históricos.

O Novo Acordo de Reparação da Bacia do Rio Doce, firmado em outubro de 2024, destina R$ 11 bilhões para a universalização do saneamento básico na região. O acordo, que envolve a União, os governos de Minas Gerais e Espírito Santo, além de empresas como Samarco, BHP e Vale, foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro de 2024. O objetivo é garantir acesso a água potável para 99% da população até 2033 e monitorar a qualidade da água por 15 anos.
Desse total, R$ 7,54 bilhões serão aplicados em Minas Gerais e R$ 3,46 bilhões no Espírito Santo. Os recursos serão destinados a obras de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana. A gestão financeira ficará a cargo do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A. e do Banco de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, com supervisão de comitês estaduais e federais.
O novo modelo de gestão introduz mecanismos de controle e governança inovadores. Os comitês, compostos por representantes dos governos e do Ministério das Cidades, serão responsáveis por definir os investimentos, aprovar projetos e fiscalizar a execução. A prioridade será para concessões e parcerias público-privadas (PPPs), mas também haverá espaço para obras realizadas diretamente pelo poder público.
Até maio de 2025, cerca de R$ 70 milhões já foram desembolsados, sendo R$ 47,98 milhões para Minas Gerais e R$ 22,01 milhões para o Espírito Santo. Esses valores referem-se a projetos aprovados em municípios da bacia do Rio Doce e seus afluentes. Além disso, até o final do primeiro semestre de 2025, aproximadamente R$ 347 milhões foram repassados aos bancos de desenvolvimento e municípios que aderiram ao Acordo.
A meta é ambiciosa: atender 99% da população com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgoto, seguindo o novo marco legal do saneamento. A Samarco será responsável pelo monitoramento da qualidade da água, mantendo um sistema de vigilância com 84 pontos de coleta. Desde 2015, já foram registrados mais de 1,5 milhão de dados anualmente, disponíveis para consulta pública.
O governo de Minas já iniciou a mobilização das frentes operacionais, com ações estruturantes definidas em junho de 2025. No Espírito Santo, os repasses devem viabilizar até R$ 1 bilhão em investimentos locais. A implementação dos projetos se estenderá até a próxima década, com apoio técnico das estruturas federais. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que melhorem a qualidade de vida na região, promovendo um futuro mais sustentável para todos.

Censo Escolar revela que estados da Amazônia, como Acre e Amazonas, têm baixa oferta de educação ambiental. Em 2024, MEC atualiza política e aprova financiamento para ações nas escolas.

A terceira etapa do Caminho das Águas foi finalizada com a visita do ministro Waldez Góes ao revitalizado Sistema Adutor Banabuiú, ampliando a segurança hídrica no Ceará. O projeto Malha d’Água, com investimento de R$ 12 bilhões até 2041, beneficiará milhões de pessoas, garantindo acesso à água em regiões afetadas por secas históricas.

Uma operação conjunta resultou na apreensão de uma retroescavadeira em Vicente Pires, que desmatava uma Área de Proteção Ambiental. A multa aplicada foi de R$ 5 mil, com prazo de 120 dias para recuperação da área.

A onça-pintada Miranda, resgatada após incêndios no Pantanal, foi solta após 43 dias de tratamento e surpreendeu ao dar à luz um filhote, simbolizando a resiliência da fauna local. A equipe da ONG Onçafari celebra essa vitória na conservação.

O Observatório do Clima critica a nova lei de licenciamento ambiental, apontando a Licença Ambiental Especial (LAE) como inconstitucional e preocupações com a tramitação acelerada de projetos de alto impacto. A medida, que já está em vigor, pode facilitar a exploração de recursos naturais e aumentar riscos de corrupção.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, alerta que a aprovação do Projeto de Lei que flexibiliza o licenciamento ambiental pode prejudicar acordos comerciais e aumentar o desmatamento. A ministra destaca que a mudança nas regras pode afetar a imagem do Brasil na COP30 e comprometer a proteção de florestas e recursos hídricos, além de gerar impactos negativos na saúde pública e na economia.