A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, alerta que a aprovação do Projeto de Lei que flexibiliza o licenciamento ambiental pode prejudicar acordos comerciais e aumentar o desmatamento. A ministra destaca que a mudança nas regras pode afetar a imagem do Brasil na COP30 e comprometer a proteção de florestas e recursos hídricos, além de gerar impactos negativos na saúde pública e na economia.
O Brasil está em meio a um intenso debate sobre o Projeto de Lei (PL) que propõe a flexibilização do licenciamento ambiental. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, expressou preocupações sobre os possíveis impactos negativos dessa medida, que podem afetar não apenas a proteção das florestas, mas também a imagem do país no cenário internacional. Segundo ela, a aprovação do PL pode prejudicar acordos comerciais com nações que priorizam a conservação ambiental.
Durante uma entrevista ao GLOBO, Marina Silva destacou que a China, um dos principais parceiros comerciais do Brasil, não está disposta a importar produtos associados ao desmatamento e à destruição de comunidades indígenas. A ministra alertou que a flexibilização das normas ambientais pode resultar em um aumento do desmatamento e dos incêndios, além de comprometer a capacidade do Brasil de liderar discussões na Conferência do Clima (COP30), que ocorrerá em novembro em Belém.
A ministra também criticou a forma como o PL foi elaborado, afirmando que um novo relatório foi apresentado na véspera da votação, sem o devido debate com a comunidade científica e os representantes das comunidades afetadas. Ela enfatizou que a legislação ambiental atual é crucial para a proteção de mananciais e florestas, além de prevenir desastres ambientais e de saúde pública, como os incêndios que têm afetado diversas regiões do país.
Marina Silva argumentou que a flexibilização do licenciamento ambiental pode ter consequências graves para grandes projetos de infraestrutura na Amazônia, como a BR-319 e a exploração de petróleo na Margem Equatorial. Ela ressaltou que a avaliação dos impactos ambientais deve considerar não apenas o empreendimento em si, mas também os efeitos indiretos que podem surgir, como o aumento da grilagem de terras e a intensificação de incêndios.
Além disso, a ministra mencionou que a legislação atual tem sido responsável por melhorias significativas na proteção ambiental, evitando acidentes e garantindo a preservação de recursos hídricos. Ela citou exemplos de como o licenciamento tem contribuído para a proteção da fauna e da flora, e alertou que a nova proposta pode reverter esses avanços.
Com a crescente pressão para a aprovação do PL, a ministra fez um apelo para que os parlamentares considerem os impactos econômicos e sociais da flexibilização das normas ambientais. A união da sociedade civil é fundamental para garantir que a proteção ambiental não seja comprometida, especialmente em um momento em que o Brasil busca fortalecer sua posição no comércio internacional e na agenda climática global.
Gol contrata meteorologista e investe em tecnologia para prever eventos climáticos. A companhia busca descarbonizar suas operações e substituir combustíveis fósseis por SAF até 2032.
Na última quarta-feira, a equipe do Parque Estadual da Pedra Selada avistou um raro papa-vento-verde, destacando a biodiversidade da região. O parque, em Visconde de Mauá, é administrado pelo Inea e abriga diversas espécies ameaçadas.
A onça-pintada Ruana foi transferida de avião para o Zoológico de São Paulo, onde se preparará para um programa de conservação com o macho Raimundinho, visando a preservação da espécie ameaçada. A ação é parte do Plano de Ação Nacional do ICMBio, com apoio do Ministério do Meio Ambiente e da AZAB.
Pedro Martins de Souza, aos 78 anos, reflorestou sua propriedade em Minas Gerais, aumentando água e renda. A iniciativa, apoiada pelo Instituto Terra, inspirou outros produtores e recuperou nascentes na região.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas de "perigo" e "perigo potencial" para chuvas intensas e geadas em várias regiões do Brasil, com riscos de alagamentos e deslizamentos. As temperaturas permanecem baixas no Rio de Janeiro e em São Paulo, enquanto o Centro-Oeste enfrenta tempo chuvoso. A previsão inclui tempestades no Acre e Amazonas, além de chuvas fortes no sul da Bahia. O Inmet recomenda cautela à população e orienta sobre cuidados em áreas afetadas.
A Operação Verde Vivo 2025 do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal inicia na próxima semana, com abertura em 30 de abril, mobilizando mil militares para prevenir incêndios florestais. A operação será dividida em três fases: preparação, combate e avaliação, visando otimizar ações futuras e proteger o meio ambiente.