Pesquisadores buscam modificar geneticamente plantas para aumentar a tolerância ao calor, visando mitigar os impactos das mudanças climáticas na produção de alimentos. A edição genética pode ser crucial para garantir a segurança alimentar futura.
As mudanças climáticas estão aquecendo os celeiros do mundo, ameaçando o abastecimento global de alimentos. A produtividade de culturas essenciais, como trigo e milho, já foi reduzida, e as perdas nas lavouras devem aumentar nas próximas décadas. Pesquisadores buscam soluções para ajudar as plantas a resistirem ao calor. Carl Bernacchi, pesquisador da Universidade de Illinois, destaca o entusiasmo em entender como algumas culturas sobrevivem em condições extremas.
Os agricultores podem utilizar métodos de resfriamento à base de água, mas essa técnica apresenta limitações. A modificação genética das plantas, por meio de cruzamentos tradicionais, mutações induzidas ou edição genética, oferece maior controle sobre a resposta das culturas ao calor. A fotossíntese, essencial para a energia das plantas, falha entre 40 °C e 45 °C, temperaturas cada vez mais comuns em regiões agrícolas.
Bernacchi e seus coautores estudaram a possibilidade de editar a enzima rubisco, que transforma carbono em açúcar, e sua parceira, a rubisco activase. Essa última parece funcionar melhor em plantas de clima quente. Transferir essa molécula para plantas de clima frio pode ajudá-las a se adaptarem ao calor. Embora a modificação da fotossíntese ainda seja um objetivo distante, outras abordagens, como alterar a arquitetura das folhas, podem ser mais viáveis.
Pesquisadores também propõem uma nova forma de entender a percepção de temperatura nas plantas, sugerindo que essa capacidade pode estar distribuída em várias proteínas. Essa descoberta abre novas possibilidades para a edição genética visando a tolerância ao calor. Suresh Balasubramanian, geneticista da Universidade Monash, acredita que isso pode levar ao desenvolvimento de lavouras personalizadas para climas futuros.
Enquanto isso, o cruzamento seletivo de plantas continua sendo uma opção confiável. Contudo, à medida que as temperaturas superam os limites suportáveis pelas lavouras modernas, a edição genética pode se tornar essencial. Bernacchi alerta que as lavouras atuais podem não ter diversidade genética suficiente para se adaptar às novas condições climáticas.
Explorar o genoma de plantas selvagens que prosperam em ambientes extremos pode oferecer genes valiosos para culturas como soja, trigo e arroz. Iniciativas que busquem ampliar o conhecimento sobre essas plantas podem ser fundamentais para garantir a segurança alimentar. Nessa situação, nossa união pode ajudar a promover projetos que visem a pesquisa e a inovação no campo agrícola, assegurando um futuro mais sustentável.
Em 2024, o desmatamento na Mata Atlântica caiu 2% segundo o Atlas e 14% pelo SAD, mas ambientalistas consideram os números ainda insuficientes. A Bahia lidera o desmatamento, com aumento de áreas de matas maduras.
Sebastião Salgado, fotógrafo e defensor dos povos indígenas, faleceu aos 81 anos, deixando um legado marcante na documentação das etnias brasileiras, especialmente os Ianomâmis. Sua expedição à Amazônia culminou na obra "Amazônia", que retrata a luta e a vida dos povos originários.
Ibama intensifica fiscalização no Porto de Santos para combater tráfico de biodiversidade. A Operação Travessia visa proteger espécies nativas em navios de cruzeiro rumo à Europa.
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Báyò Akómoláfé, filósofo nigeriano, inicia filmagens do documentário "Em Tempos Urgentes, Vamos Desacelerar" no Brasil, abordando caos climático e injustiça racial. Ele destaca a importância de repensar a justiça e o ativismo.
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