Censo Escolar revela que estados da Amazônia, como Acre e Amazonas, têm baixa oferta de educação ambiental. Em 2024, MEC atualiza política e aprova financiamento para ações nas escolas.
O Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) revelou que quatro dos sete estados brasileiros com menor oferta de educação ambiental nas escolas públicas estão na Amazônia. Acre, Amazonas, Roraima e Pará, este último prestes a sediar a Conferência das Partes (COP30), enfrentam desafios significativos nesse aspecto. O levantamento é inédito e destaca a necessidade urgente de integrar a educação ambiental nas práticas escolares.
Segundo a especialista Narjara Mendes, a educação ambiental é crucial para que crianças e jovens compreendam os conflitos socioambientais e a degradação do meio ambiente. Ela enfatiza que a escola pode mobilizar os alunos a se tornarem protetores do ambiente e críticos da sociedade consumista. O Brasil tem enfrentado eventos climáticos extremos, como secas e queimadas, que tornam ainda mais relevante a inclusão desse tema no currículo escolar.
Apesar da Política Nacional de Educação Ambiental ter completado 25 anos em 2024, um terço das escolas do país não realizou atividades relacionadas ao tema. Mendes ressalta que é necessário aumentar os investimentos em formação de professores e em projetos pedagógicos que envolvam a comunidade escolar. A maioria das escolas que abordam o tema o faz por meio de projetos interdisciplinares, com apenas uma pequena fração adotando um componente curricular específico.
No Rio Grande do Sul, a educação ambiental é mais presente nas escolas municipais, com apenas 20% das instituições não tratando do assunto. Em contrapartida, na rede estadual, apenas 5% das escolas abordam a temática. No Pará, todas as escolas estaduais relataram a inclusão de conteúdos de educação ambiental, sendo o primeiro estado a criar uma disciplina específica sobre o tema no ensino médio.
Em 2024, o Ministério da Educação (MEC) atualizou a Política Nacional de Educação Ambiental e iniciou ações para apoiar a formação de professores em diversas etapas escolares. Além disso, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que destina parte do Programa Dinheiro Direto na Escola para promover ações de educação ambiental e sustentabilidade. O texto ainda precisa passar por outras comissões antes de seguir para o Senado.
Essas iniciativas são fundamentais para enfrentar os desafios climáticos e sociais que o Brasil enfrenta. A mobilização da sociedade civil é essencial para apoiar projetos que promovam a educação ambiental nas escolas, garantindo que as futuras gerações estejam preparadas para lidar com as questões socioambientais de forma crítica e consciente.
Estudo da Universidade Federal do ABC (UFABC) revela nova técnica para aumentar a durabilidade das células solares de perovskita, mantendo 80% da eficiência após noventa dias em condições ambientes. A pesquisa, liderada pelo professor André Sarto Polo, incorpora cátions de formamidínio, permitindo produção mais acessível e sustentável.
Operação do Ibama, Polícia Federal e ICMBio apreende redes e petrechos de pesca ilegais entre Passo de Torres e Jaguaruna, destacando o compromisso com a conservação ambiental no litoral de Santa Catarina.
A Toyota apresenta na Agrishow um protótipo funcional da picape Hilux movida a biometano, destacando a redução de até 90% nas emissões de carbono. O veículo, desenvolvido para atender a demanda de agricultores, ainda está em fase de testes e não tem data de lançamento definida.
Incêndios florestais no Brasil aumentam em frequência e intensidade, devastando áreas maiores que a Itália em 2024, devido a fatores climáticos e humanos, sem um sistema nacional eficaz de combate. A combinação de mudanças climáticas e degradação ambiental tem intensificado os incêndios na Amazônia e no Pantanal, revelando a urgência de um sistema nacional de combate a incêndios.
Disputas no Congresso sobre a área do Cristo Redentor envolvem a Igreja Católica e o governo federal, levantando preocupações sobre a preservação ambiental do Parque Nacional da Tijuca. Três projetos de lei buscam transferir a gestão da área para a Mitra Arquiepiscopal e a Prefeitura do Rio, o que pode comprometer a conservação do patrimônio ambiental e cultural.
Temperaturas globais atingem recordes históricos em março de 2023, com Europa enfrentando anomalias de 1,6 °C. Cientistas alertam para eventos climáticos extremos em decorrência do aquecimento.