Estudo revela que a vegetação nativa da Ilha de Trindade se recuperou em 1.468% após a remoção das cabras, espécie invasora que devastou a flora local desde o século XVIII. Pesquisadores do Museu Nacional/UFRJ destacam a importância de combater a degradação ambiental.
Um estudo realizado por pesquisadores brasileiros na Ilha de Trindade, no Espírito Santo, revelou uma recuperação impressionante da vegetação nativa após a remoção das cabras, uma espécie invasora introduzida no século XVIII. A pesquisa, publicada no Journal of Vegetation Science, mostra que, entre mil novecentos e noventa e quatro e dois mil e vinte e quatro, a área florestal da ilha aumentou em 1.468%, com a adição de sessenta e cinco hectares de novas árvores.
Além disso, as pastagens cresceram 319%, resultando em mais trezentos e vinte e cinco hectares de vegetação. A remoção das cabras em dois mil e cinco foi crucial para essa recuperação, já que esses animais consumiram quase todas as plantas nativas, dificultando a sobrevivência das espécies locais. O professor Nílber Gonçalves da Silva, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destacou a importância de combater as causas da degradação ambiental.
Os pesquisadores também identificaram que fatores ambientais, como a quantidade de chuva, influenciaram tanto a degradação quanto a recuperação da vegetação. Anos com mais chuvas aceleraram o crescimento das florestas, especialmente quando a população de cabras já estava reduzida. Em contrapartida, períodos secos intensificaram os danos causados pelos animais.
A pesquisa enfatiza que as ilhas possuem ecossistemas frágeis, com espécies únicas que podem ser extintas devido a desequilíbrios. O estudo não se limita à Ilha de Trindade, mas oferece insights sobre como a natureza pode se recuperar quando as ameaças são removidas. Os cientistas ressaltam que estratégias de restauração devem considerar não apenas espécies invasoras, mas também as mudanças climáticas.
As mudanças climáticas podem alterar os padrões de chuva e seca, impactando a regeneração da vegetação. A lição da Ilha de Trindade é clara: com ações adequadas, ecossistemas severamente afetados podem ser revitalizados. Essa recuperação serve como um exemplo de como a natureza pode se regenerar, desde que as causas da degradação sejam tratadas de forma eficaz.
Iniciativas que promovam a recuperação ambiental são essenciais e podem ser impulsionadas pela sociedade civil. A união em torno de projetos que visem a restauração de ecossistemas pode fazer uma diferença significativa na preservação da biodiversidade e na luta contra as mudanças climáticas.
A Operação Verde Vivo 2025 do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal inicia na próxima semana, com abertura em 30 de abril, mobilizando mil militares para prevenir incêndios florestais. A operação será dividida em três fases: preparação, combate e avaliação, visando otimizar ações futuras e proteger o meio ambiente.
A COP30, que ocorrerá em Belém, já divulgou os preços da Green Zone, variando de $ 1.250 a $ 1.500 por metro quadrado. O evento contará com a presença do Papa Leone XIV, que destaca a urgência climática.
Em 2024, o planeta perdeu 30 milhões de hectares de florestas, com o Brasil respondendo por 42% dessa devastação, impulsionada por incêndios e mudanças climáticas. A situação exige ação urgente.
Cientistas da Universidade de Brasília (UnB), sob a liderança de Renato Borges, desenvolvem o Projeto Perception, que visa escanear a Amazônia e o Cerrado para monitoramento climático. A iniciativa, com lançamento previsto para 2024, promete fornecer dados em tempo real sobre variações climáticas e degradação do solo, contribuindo para políticas de preservação e manejo sustentável. O projeto, que se baseia em experiências da missão AlfaCrux, conta com parcerias e financiamento de R$ 1,5 milhão da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF).
O Governo Federal investirá R$ 40 milhões em Minas Gerais para recuperar nascentes e áreas degradadas, beneficiando até 169 municípios com 200 Unidades Demonstrativas. A ação, promovida pela Eletrobras, visa restaurar a vegetação e gerar empregos verdes, alinhando-se ao Novo PAC e promovendo o desenvolvimento sustentável.
O Ibama suspendeu a nova fase de exploração do pré-sal na Bacia de Santos, exigindo que a Petrobras apresente um programa de ações contra mudanças climáticas. A medida impacta investimentos de R$ 196 bilhões e gera impasse a poucos meses da COP30.