Em 2024, o planeta perdeu 30 milhões de hectares de florestas, com o Brasil respondendo por 42% dessa devastação, impulsionada por incêndios e mudanças climáticas. A situação exige ação urgente.

Após uma década de negociações do Acordo de Paris, o tratado da ONU para combater a crise climática, a destruição das florestas aumentou. Em 2024, o planeta perdeu cerca de 30 milhões de hectares de cobertura arbórea, com o Brasil respondendo por 42% dessa devastação. Incêndios florestais, intensificados pela seca e mudanças climáticas, foram responsáveis por 66% da perda de vegetação.
Segundo o relatório da Global Forest Watch (GFW), a perda de cobertura arbórea em 2024 representa um aumento de 5% em relação a 2023, sendo o maior número desde o início da série histórica em 2002. Os incêndios florestais emitiram 4,1 gigatoneladas (Gt) de gases de efeito estufa, quatro vezes mais do que as emissões geradas por viagens aéreas no mesmo ano.
As florestas boreais nas regiões temperadas foram particularmente afetadas, com uma extensão de queimadas acima dos padrões. Nos trópicos, a devastação da cobertura arbórea com mais de 30% de densidade de copa alcançou 6,7 milhões de hectares, um aumento de 80% em relação ao ano anterior. Em 2023, os incêndios causaram 18,5% do desmatamento, enquanto em 2024 esse número saltou para 48,2%.
No Brasil, a situação é alarmante. O país perdeu 2,8 milhões de hectares, um aumento de 154,5% em relação a 2023. Os incêndios florestais foram responsáveis por 66% da perda de cobertura arbórea, um aumento significativo em comparação aos 25% registrados no ano anterior. A combinação da mudança climática com o fenômeno El Niño resultou em uma seca severa, especialmente na Amazônia.
O levantamento do MapBiomas, divulgado recentemente, aponta uma queda no desmatamento total no Brasil, de 1,8 milhão de hectares para 1,2 milhão. Essa diferença se deve ao fato de que a GFW considera destruições parciais da vegetação, enquanto o MapBiomas registra apenas a supressão completa. O fenômeno de seca severa em 2024 lembra a devastação de 2016, quando 2,8 milhões de hectares foram destruídos, com 57,4% deles queimados.
Diante desse cenário crítico, é essencial que os governos adotem medidas para conter a degradação florestal e implementar planos de adaptação para eventos climáticos extremos. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a recuperação e preservação das florestas, ajudando a mitigar os impactos da crise climática.

A Stellantis inaugurou o Centro de Desmontagem Veicular Circular AutoPeças em Osasco, com investimento de R$ 13 milhões, visando reciclar 8.000 carros anualmente e gerar 150 empregos. A iniciativa se alinha ao programa Mover, que oferece incentivos fiscais para a reciclagem no Brasil.

Uma onça-parda foi capturada por câmeras de segurança em um condomínio em Peruíbe, SP, evidenciando a raridade de sua presença em áreas urbanas. O animal pode ter buscado alimento ou passagem, segundo o instituto Ambiecco. A Prefeitura orienta a não se aproximar do felino e acionar as autoridades. A população de onças-pardas no Brasil é de cerca de 4.000 indivíduos, ameaçados pela urbanização e desmatamento.

A COP30, que ocorrerá em Belém em novembro de 2025, deve priorizar a implementação do Acordo de Paris, segundo especialistas. A urgência de ações climáticas e a liderança dos países desenvolvidos são essenciais.

Desmatamento na Amazônia Legal aumentou 27% em 2025, totalizando 2.090,38 km². Mato Grosso lidera as perdas com alta de 141%, enquanto junho teve o menor alerta histórico, mas nuvens podem ter ocultado dados.

O mercado de carbono no Brasil avança com iniciativas como a Re.green, que planeja recuperar 1 milhão de hectares até 2032, e a Biomas, que visa restaurar 2 milhões em 20 anos. Essas ações prometem remover milhões de toneladas de carbono, contribuindo para a biodiversidade e geração de empregos. A EQAO também se destaca, auxiliando empresas na geração de créditos de carbono.

Leilão de blocos na foz do Amazonas, marcado para 17 de junho, enfrenta resistência do MPF e petroleiros, que questionam a falta de licenças e consulta às comunidades tradicionais. A pressão aumenta.