O Observatório do Clima critica a nova lei de licenciamento ambiental, apontando a Licença Ambiental Especial (LAE) como inconstitucional e preocupações com a tramitação acelerada de projetos de alto impacto. A medida, que já está em vigor, pode facilitar a exploração de recursos naturais e aumentar riscos de corrupção.

O Observatório do Clima, uma rede composta por mais de cem organizações não governamentais (ONGs) ambientalistas, divulgou uma nota técnica criticando a nova lei de licenciamento ambiental no Brasil. A entidade aponta que, apesar dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a legislação ainda contém trechos que violam a Constituição, destacando a Licença Ambiental Especial (LAE) como um dos principais problemas.
O novo modelo de licenciamento, que já está em vigor por meio de uma medida provisória, estabelece um prazo de doze meses para a conclusão da licença de obras consideradas estratégicas. O Observatório do Clima argumenta que, mesmo com a derrubada do artigo que previa um licenciamento em uma única fase, a LAE continua a funcionar como uma licença única, o que pode comprometer o controle ambiental.
Suely Araújo, coordenadora de políticas públicas do Observatório, critica a falta de clareza na redação da LAE, afirmando que o processo é monofásico e não contempla as etapas necessárias para a análise de grandes empreendimentos, como hidrelétricas e estradas. Ela ressalta que o prazo de um ano para concluir as análises é inviável, considerando a complexidade desses projetos.
A análise por amostragem, prevista na nova lei, também gera preocupações. Segundo Araújo, essa abordagem pode facilitar a corrupção, pois a pressão para evitar análises detalhadas pode comprometer a fiscalização ambiental. O Observatório do Clima pede a alteração ou rejeição da medida provisória, enfatizando a necessidade de garantir a exigência das três fases de licenciamento.
A FecomercioSP, que representa 1,8 milhão de empresários em São Paulo, expressou preocupações sobre como as mudanças na lei podem afetar a reputação do Brasil no exterior, especialmente em relação ao acordo entre o Mercosul e a União Europeia. A federação critica a dispensa de licenciamento para atividades do agronegócio, que pode permitir que setores com alto potencial poluidor operem sem as devidas restrições.
Em meio a essas discussões, é essencial que a sociedade civil se mobilize em defesa do meio ambiente. Projetos que visam a proteção ambiental e a transparência nas licenças podem ser fundamentais para garantir um futuro sustentável. A união em torno dessas causas pode fazer a diferença na luta contra a degradação ambiental e na promoção de práticas mais responsáveis.

Estudo do IGc-USP e do Inpe alerta que a recarga dos aquíferos brasileiros pode cair drasticamente até 2100, especialmente no Sudeste e Sul, devido à crise climática. A pesquisa sugere a recarga manejada como solução.

A Aneel manterá a Bandeira Vermelha, patamar 1, em julho de 2025, com um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, devido à escassez de chuvas que afeta a geração hidrelétrica.

Aquecimento global aumenta toxicidade do arroz, elevando arsênio e riscos à saúde. Estudo de Lewis Ziska revela que temperaturas e CO2 elevados intensificam a absorção da toxina, afetando bilhões.

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) completou setenta anos em 2024 e anunciou a meta de neutralidade de carbono até 2030, com matriz energética 100% renovável. A empresa desinvestiu R$ 1,2 bilhão em usinas térmicas, priorizando hidrelétricas, parques eólicos e solares.

Em 2023, a morte de araras-azuis-de-lear na Bahia diminuiu após modificações na rede elétrica da Coelba, mas ainda persiste em áreas não priorizadas. O MPBA busca um TAC para soluções eficazes.

Ibama promoveu reuniões em municípios da Paraíba para implementar ações de educação ambiental voltadas à conservação do pintassilgo-do-nordeste, espécie ameaçada pelo tráfico e pesticidas. O projeto, em parceria com diversas instituições, busca engajamento da sociedade para proteger essa ave vulnerável.