A erosão costeira em Atafona, Rio de Janeiro, ameaça a região, com 500 edifícios submersos e previsão de aumento do nível do mar em até 21 cm até 2050, segundo a ONU. A comunidade luta contra essa realidade.
A erosão costeira em Atafona, no município de São João da Barra, Rio de Janeiro, tem se intensificado, resultando na perda de aproximadamente quinhentos edifícios que agora estão submersos. A situação se agravou nas últimas décadas devido a intervenções humanas no rio Paraíba do Sul, que afetam o equilíbrio natural da região. A ONU recentemente classificou Atafona como uma das trinta e uma localidades mais ameaçadas do mundo pela elevação do nível do mar, que subiu treze centímetros entre mil novecentos e noventa e dois mil e vinte.
A aposentada Sônia Ferreira, que perdeu duas casas para o mar, compartilha sua experiência: "Eu não tinha vista do mar quando a casa foi construída. Essa era a minha realidade há quarenta e cinco anos." A erosão em Atafona ocorre há pelo menos setenta anos, com uma média de cinco metros de terreno perdidos anualmente. A pesquisadora Thaís Baptista, da Universidade Federal Fluminense, aponta que, embora o processo de erosão seja natural, as barragens ao longo do rio intensificaram a situação.
As barragens, que totalizam novecentas e quarenta e três na bacia do Paraíba do Sul, reduzem a vazão do rio e a quantidade de sedimentos que chegam à costa. Essa diminuição, combinada com a elevação do nível do mar devido ao aquecimento global, resulta em uma "tempestade perfeita" para a erosão costeira. O geógrafo marinho Eduardo Bulhões explica que o aumento da força das ondas e dos ventos está ligado ao aquecimento global, que provoca mais evaporação e energia na atmosfera.
Estudos anteriores sugeriram a remoção das famílias afetadas como uma possível solução, mas essa proposta enfrenta resistência de moradores e autoridades locais. A luta contra a erosão em Atafona é um desafio que envolve a força da natureza e as consequências das ações humanas. Sônia Ferreira destaca a necessidade de ação: "A gente sabe que não cuidou direito do planeta, e hoje estamos pagando a conta." Essa consciência é um passo importante para buscar soluções efetivas.
O relatório da ONU que classifica Atafona como uma área de risco é um alerta para a urgência da situação. A previsão de um aumento adicional de vinte e um centímetros no nível do mar até dois mil e cinquenta exige uma mobilização coletiva para enfrentar os desafios impostos pela natureza e pela intervenção humana. A comunidade e as autoridades precisam trabalhar juntas para encontrar alternativas que minimizem os impactos da erosão.
Nesta situação crítica, a união da sociedade pode fazer a diferença. Projetos que visem a recuperação e a proteção da região devem ser apoiados, permitindo que as famílias afetadas tenham um futuro mais seguro. A solidariedade e o engajamento da comunidade são essenciais para enfrentar os desafios que Atafona enfrenta e garantir a preservação do seu patrimônio e da vida local.
Líderes católicos entregaram um "chamado por justiça climática" ao Papa Leão 14, criticando o "capitalismo verde" e exigindo que países ricos paguem sua dívida ecológica na COP30 em Belém. A mensagem destaca a necessidade de uma transição energética justa e rechaça soluções que mercantilizam a natureza.
Dois sauins-de-coleira se recuperam no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) em Manaus, destacando a grave ameaça à espécie, que teve sua população reduzida em 80% desde 1997. A conservação depende de ações efetivas e engajamento social.
Startups Solos e So+ma se uniram à Heineken para promover a reciclagem de garrafas de vidro na Bahia, visando a circularidade total até 2028. A parceria conecta consumidores e catadores, ampliando o impacto sustentável.
O Pampa, bioma brasileiro, enfrenta grave perda de vegetação campestre, com 140 mil hectares desaparecendo anualmente e apenas 0,5% protegido, exigindo urgente valorização e proteção. A transformação em lavouras de soja é a principal causa dessa devastação.
Colapso de lixão em Goiás contamina Córrego Santa Bárbara, resultando em fechamento da empresa responsável e proibição do uso da água. Doze aterros em Goiânia estão em situação irreversível, evidenciando descaso ambiental.
Água do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) chegou a São Bento, na Paraíba, e deve alcançar o Rio Grande do Norte em breve, beneficiando milhares de pessoas no semiárido. A liberação histórica marca a primeira vez que a água do PISF chega ao estado potiguar, com a expectativa de fortalecer o abastecimento e as atividades econômicas locais. O percurso de 412 quilômetros envolve um complexo sistema de reservatórios e canais, com monitoramento contínuo da qualidade da água.