Pesquisas recentes revelam que a Amazônia era mais úmida durante períodos glaciais, desafiando a visão tradicional e alinhando-se a modelos climáticos futuros. O estudo, realizado por universidades brasileiras e da Duke University, analisa sedimentos marinhos e revela uma relação entre temperatura global e a dinâmica climática da região.

A Amazônia, tradicionalmente vista como uma região mais seca durante períodos glaciais, apresenta uma nova perspectiva com pesquisas recentes. Estudos realizados a partir da análise de sedimentos marinhos coletados na Bacia Amazônica revelam que, na verdade, a região era mais úmida durante esses períodos, com aumento da precipitação. Essa descoberta desafia a visão convencional e se alinha com modelos climáticos que projetam um futuro mais quente e seco para a Amazônia.
A pesquisa, que se baseou em dados sedimentares marinhos, mostra que os períodos glaciais foram marcados por maior precipitação na Amazônia. Os pesquisadores analisaram indicadores geoquímicos, como as razões de titânio/cálcio (Ti/Ca) e ferro/potássio (Fe/K), que funcionam como proxies da atividade continental. O aumento da razão Ti/Ca indica maior aporte de material continental, sugerindo um aumento nas chuvas e na erosão durante esses períodos.
Os dados foram coletados durante a Expedição KNR197-4, em 2010, e analisados em colaboração entre a Universidade Federal Fluminense e a Universidade de Duke. Os resultados indicam que, ao contrário do que se pensava, a Amazônia experimentou um aumento da precipitação durante os períodos glaciais, enquanto nos períodos interglaciais houve uma redução das chuvas. Essa relação entre temperatura global e dinâmica climática da Amazônia é crucial para entender as mudanças climáticas atuais.
Durante o Quaternário, que começou há cerca de 2,6 milhões de anos, a Amazônia passou por flutuações climáticas que afetaram sua biodiversidade. A pesquisa destaca que a floresta sempre foi moldada por mudanças climáticas, e compreender esse passado é essencial para prever os impactos das transformações atuais. A análise de foraminíferos marinhos também contribuiu para a reconstituição do clima, fornecendo informações sobre temperatura e salinidade das águas.
Os dados obtidos mostram que a maior amplitude dos eventos climáticos frios após 650 mil anos está associada a uma resposta mais úmida da Amazônia. Essa nova compreensão do clima da região é vital, pois a Amazônia abriga mais da metade das espécies de plantas terrestres do planeta. O estudo foi financiado por instituições de pesquisa e representa um avanço significativo no entendimento da dinâmica climática da Amazônia ao longo do tempo.
Compreender a história climática da Amazônia pode inspirar iniciativas que visem proteger a biodiversidade da região. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar projetos que busquem mitigar os impactos das mudanças climáticas e preservar esse ecossistema vital para o planeta.

O Brasil perdeu 111,7 milhões de hectares de áreas naturais entre 1985 e 2024, com 62,8 milhões de hectares de florestas devastadas, segundo o relatório do Mapbiomas. A conversão acelerada para agropecuária e mineração agrava as emissões de carbono e as mudanças climáticas.

Uma investigação da Reuters revelou que 24 dos 36 projetos de carbono na Amazônia estão associados a beneficiários com infrações ambientais, incluindo um esquema de legalização de madeira ilegal. Os projetos, validados por Verra e Cercarbono, expõem falhas no controle de qualidade do mercado voluntário de carbono, com penalidades que superam R$ 125 milhões. O caso de Ricardo Stoppe Junior, preso por liderar um esquema de lavagem de madeira, destaca a gravidade da situação.

Durante a FLIP, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou a importância das florestas na COP 30, ressaltando sua biodiversidade e criticando a visão homogênea dos biomas. Ela enfatizou que a floresta Amazônica é vital, produzindo vinte bilhões de toneladas de água diariamente, e que as leis da natureza não se alteram por interesses humanos.

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e o Banco Mundial firmam parceria com um empréstimo de US$ 500 milhões e doação de US$ 2 milhões para projetos no Nordeste. A 3ª missão técnica de alinhamento, de 18 a 22 de agosto, visa estruturar o financiamento para o desenvolvimento regional, focando em segurança hídrica e bioeconomia.

Desde 2018, as araras-canindé estão sendo reintroduzidas no Parque Nacional da Tijuca, após 200 anos de extinção local. A dieta delas agora inclui frutos nativos, como pimenta-de-mato e guapixava, durante a aclimatação. A bióloga Lara Renzeti, do Refauna, explica que a transição alimentar é essencial para que as aves reconheçam os frutos em diferentes estágios, contribuindo para a regeneração da floresta.

Desmatamento na Amazônia aumentou 4% em maio, com 960 km² destruídos, enquanto no Cerrado houve queda de 21%. Incêndios florestais em 2024 superaram a média histórica, exigindo ações urgentes.