Estudo do Cemaden revela que 43% dos gestores de defesa civil se sentem despreparados para agir em desastres, propondo cinco frentes para fortalecer a gestão de riscos em áreas urbanas.
Com a intensificação dos efeitos das mudanças climáticas nas áreas urbanas, a gestão de riscos e a preparação das defesas civis se tornam cada vez mais essenciais. Um estudo do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) propõe uma política pública com cinco frentes para fortalecer essas defesas. O estudo revela que 43% dos gestores se sentem pouco qualificados para agir antes dos desastres, o que destaca a urgência de melhorias nesse setor.
As cinco frentes sugeridas incluem a profissionalização de gestores e funcionários, o desenvolvimento de capacidades específicas para cada região e bioma, a alocação de orçamento próprio nos municípios, a comunicação contínua e a participação social e intersetorial. Essas ações visam enfrentar os principais desafios que as defesas civis municipais enfrentam, como a dificuldade de monitoramento e fiscalização da expansão urbana em áreas vulneráveis.
A pesquisa, realizada entre outubro de 2020 e dezembro de 2021, coletou dados de 1.993 dos 5.568 municípios brasileiros. Apesar de mais da metade dos entrevistados se considerar capaz de avaliar danos materiais e manter a população informada, 61% não utilizam sistemas de alerta precoce e 54% não realizam o inventário de pessoas em áreas de risco. Isso evidencia a necessidade de um fortalecimento das capacidades organizacionais.
O pesquisador do Cemaden, Victor Marchezini, destaca que a intensificação dos eventos climáticos extremos tem ampliado a área de abrangência dos desastres, exigindo uma melhor coordenação entre os órgãos administrativos e a sociedade. Ele ressalta que, no Brasil, a mobilização geralmente ocorre apenas após a ocorrência de desastres, o que não é suficiente para garantir uma resposta eficaz.
Entre 2014 e 2024, o Brasil registrou cerca de 11.400 ocorrências de desastres naturais, afetando aproximadamente 63 milhões de pessoas. A pesquisa atual do Cemaden, que se estende até julho de 2025, busca investigar aspectos como mapeamento de risco e sistemas de alerta, além de avaliar a relação com planos de adaptação às mudanças climáticas e a desinformação.
As políticas de gestão de riscos de desastres frequentemente atribuem responsabilidades aos governos locais sem considerar suas capacidades organizacionais. A insuficiência de recursos e a alta rotatividade de funcionários impactam diretamente a eficácia dessas políticas. Em situações como essa, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que fortaleçam as defesas civis e ajudem as comunidades a se prepararem melhor para os desafios impostos pelas mudanças climáticas.
O Brasil lançou em 2024 o SIGA-PNRH, um sistema inovador para monitorar o Plano Nacional de Recursos Hídricos, promovendo transparência e participação social na gestão hídrica. Desenvolvido pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) com apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o sistema visa fortalecer o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh) e facilitar o acompanhamento das metas até 2040.
Cacique e vice-cacique da Terra Indígena Mangueirinhas foram presos por suspeita de desmatamento ilegal, em meio a uma crise ambiental que já devastou quase toda a floresta de araucárias da região.
Um estudo recente aponta que a instalação de painéis solares em áreas urbanas pode elevar a eficiência energética em até trinta por cento e reduzir as emissões de carbono nas cidades. Essa descoberta destaca a importância das energias renováveis na luta contra as mudanças climáticas.
Um vazamento de 4 mil litros de gasolina ocorreu em um posto de gasolina no Lago Sul, causado por falha na válvula de abastecimento. O Instituto Brasília Ambiental investiga o impacto ambiental e possíveis penalidades.
Uma onça-pintada foi avistada em um condomínio de luxo em Ji-Paraná, levando autoridades a mobilizarem uma força-tarefa para proteger o animal e a população local. O Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) está atuando para monitorar a situação e resgatar filhotes em cativeiro.
Philip Fearnside, biólogo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, critica a inação do governo brasileiro em relação ao desmatamento e ao aquecimento global, alertando sobre os riscos de colapso da Amazônia. Ele destaca que a falta de liderança do Brasil nas discussões climáticas pode resultar em consequências devastadoras para o país e o mundo.