O Instituto Clima e Sociedade (iCS) lançará um hub para unir pesquisa, empresas e investidores em prol de uma economia de baixo carbono, com um prêmio para estudos relevantes. O evento ocorrerá em 8 de julho.

O Brasil enfrenta desafios significativos devido às mudanças climáticas, que têm gerado impactos econômicos severos, como perdas financeiras decorrentes de desastres naturais e a vulnerabilidade do setor agrícola. Em resposta a essa situação, o Instituto Clima e Sociedade (iCS) anunciará, no dia 8 de julho, o lançamento de um hub que visa integrar centros de pesquisa, empresas e investidores em busca de uma economia de baixo carbono e socialmente justa.
Maria Netto, diretora executiva do iCS, destacou a importância de alinhar as agendas climática e econômica, afirmando que "não há como falar em clima sem pensar nos impactos econômicos bilionários". A iniciativa surge em um momento crítico, onde os custos da inação climática se tornam cada vez mais evidentes, como demonstrado pelas enchentes no Rio Grande do Sul, onde apenas 5% das perdas estavam asseguradas.
Um estudo recente aponta que a crise climática pode reduzir o PIB global em até 22% até 2100, com desastres relacionados causando prejuízos financeiros superiores a US$ 3,6 trilhões (cerca de R$ 21 trilhões). Netto enfatizou que queimadas e secas severas têm afetado diretamente a produção agrícola, elevando o custo dos alimentos, uma tendência que deve se intensificar nos próximos anos.
Uma das principais ações do hub será a criação de um prêmio para reconhecer estudos que alinhem a economia à ação climática no Brasil. As inscrições para a primeira edição do prêmio estarão abertas entre 8 de julho e 8 de agosto, com a expectativa de premiar três pesquisas antes da Conferência de Mudanças Climáticas da ONU (COP30), que ocorrerá em novembro em Belém do Pará.
Netto também ressaltou que a resposta à crise climática representa uma oportunidade para desenvolver novos modelos de crescimento, com foco em cadeias de valor ligadas a energias renováveis e agricultura regenerativa. O hub terá a missão de conectar diferentes setores e apoiar a produção de análises econômicas e cenários de desenvolvimento sustentável.
O evento de lançamento contará com dois painéis temáticos e será realizado na sede da EXAME, das 9h às 13h. A formação de uma rede colaborativa entre instituições públicas e privadas é fundamental para integrar as dimensões climática e econômica. Nessa perspectiva, a união da sociedade civil pode ser crucial para apoiar iniciativas que promovam o desenvolvimento nacional e ajudem a mitigar os impactos das mudanças climáticas.

Iniciou a liberação das águas do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco para o Rio Grande do Norte, marcando um momento histórico para a segurança hídrica da região. A expectativa é que a água chegue até a terceira semana de agosto, beneficiando milhares de famílias no semiárido.

Após as devastadoras enchentes de 2024, o Rio Grande do Sul inicia projetos de reflorestamento, como Reflora e Muda, mas ambientalistas clamam por ações mais eficazes e rápidas para prevenir novas tragédias.

Carlos Bocuhy, presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, solicita ao presidente Lula que vete o Projeto de Lei 2.159/2021, que altera o licenciamento ambiental, alertando para riscos climáticos e sociais. O PL propõe um licenciamento autodeclaratório, permitindo que empreendedores assumam responsabilidades sem critérios rigorosos, o que pode levar a um retrocesso ambiental e à especulação econômica. A proposta ignora a emergência climática e compromete biomas essenciais, afetando a segurança alimentar e hídrica no Brasil.

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, inicia a terceira etapa do Caminho das Águas no Ceará, visitando barragens que beneficiarão mais de 91 mil pessoas com segurança hídrica. As obras visam melhorar o abastecimento e apoiar atividades econômicas locais.

Nilto Tatto, presidente da Frente Ambientalista na Câmara, critica projeto que flexibiliza licenciamento ambiental, alertando para retrocessos durante a presidência do Brasil na COP30. A proposta pode prejudicar negociações internacionais e comprometer a agenda climática do país.

Durante o Fórum Brasil-França, especialistas ressaltaram a importância da ciência na luta contra a crise climática e a necessidade de integrar a biodiversidade nas soluções para o aquecimento global. A FAPESP e o Instituto Francês firmaram um memorando para promover pesquisas conjuntas.