A Raiar Orgânicos implementou a sexagem embrionária de ovos para descartar machos antes do nascimento, visando o bem-estar animal e aumentando a produção de ovos orgânicos. A tecnologia, importada da Alemanha, processa seis mil ovos por hora e pode salvar até 200 mil pintinhos do abate este ano.
A Raiar Orgânicos, a maior produtora de ovos orgânicos do Brasil, anunciou a adoção de uma tecnologia inovadora para a sexagem embrionária de ovos férteis. A partir de agora, a empresa só comprará pintainhas (galinhas recém-nascidas) que tenham sido chocadas a partir de ovos que passaram por esse processo. A iniciativa visa eliminar a prática cruel de abate em massa de pintos machos, que não são úteis para a produção de ovos.
Para implementar essa tecnologia, a Raiar importou uma máquina da empresa alemã AAT, chamada Cheggy. O equipamento utiliza um scanner que projeta um feixe de luz sobre os ovos a partir do 13º dia de incubação, permitindo identificar a coloração da penugem do embrião. Tons claros indicam machos, enquanto os escuros são de fêmeas. O ovo é descartado caso o exame indique um galo, evitando assim o nascimento e o subsequente abate.
O processo de sexagem é rápido, levando apenas cinco segundos por ovo, e a máquina é capaz de processar até seis mil ovos por hora. A Raiar estima que, ao comprar duzentas mil galinhas poedeiras este ano, cerca de cem mil pintinhos machos serão salvos do abate. Para o próximo ano, a previsão é aumentar a compra para quatrocentas mil pintainhas.
Marcus Menoita, CEO e cofundador da Raiar, destacou que a decisão de adotar a sexagem embrionária é uma iniciativa voluntária, já que não há regulamentação obrigatória no Brasil. Ele mencionou que, embora a tecnologia já esteja em uso na Europa e nos Estados Unidos, sua implementação no Hemisfério Sul representa um avanço significativo para o bem-estar animal na avicultura.
A Raiar se diferencia no mercado ao produzir exclusivamente ovos marrons orgânicos, utilizando práticas que priorizam o bem-estar das galinhas. A granja mantém as aves fora de gaiolas, alimentadas com grãos orgânicos e sem medicamentos. Além disso, a empresa utiliza um poleiro móvel que estimula o exercício das galinhas, promovendo sua saúde e bem-estar.
Embora a implantação da sexagem embrionária tenha custos, Menoita afirmou que a empresa não pretende repassar esses valores ao preço dos ovos, mas sim utilizar o processo como um diferencial de marca. Projetos que visam a melhoria das condições de vida dos animais devem ser apoiados pela sociedade civil, promovendo práticas mais éticas na indústria alimentícia.
A Polícia Federal apreendeu 600 jabutis em um ônibus no Rio de Janeiro, evidenciando o tráfico ilegal de animais silvestres, um crime que compromete a biodiversidade e gera lucros exorbitantes. Os jabutis, que seriam entregues na Baixada Fluminense, foram encontrados em condições precárias, refletindo a gravidade do tráfico, que afeta milhares de espécies no Brasil e no mundo.
Um novo modelo de otimização, chamado X DRO, foi desenvolvido para aprimorar o planejamento de plantas de hidrogênio verde, enfrentando incertezas na geração de energia renovável e assegurando viabilidade econômica. O estudo, liderado por Luis Oroya da Universidade Estadual de Campinas, propõe uma abordagem robusta para lidar com variações climáticas e operacionais, garantindo soluções mais econômicas e confiáveis. O modelo pode beneficiar comunidades isoladas, permitindo o armazenamento de energia renovável e a operação de equipamentos em períodos de baixa geração.
Estudo revela a necessidade de unificar avaliações de risco para doenças zoonóticas e transmitidas por vetores, destacando a falta de padronização e propondo melhorias em pesquisas e políticas públicas. Pesquisadores do BIOTA Síntese, apoiados pela FAPESP, analisaram 312 estudos e identificaram que apenas 7,4% consideram os três componentes de risco: perigo, exposição e vulnerabilidade.
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