Ricardo Lewandowski apresentou um projeto de lei à Casa Civil que define o crime de ecocídio, prevendo penas de 10 a 40 anos de prisão e sanções administrativas para infratores. A proposta visa proteger o meio ambiente e responsabilizar pessoas jurídicas.
Na semana passada, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, enviou à Casa Civil uma proposta de projeto de lei que visa definir o crime de ecocídio. Este termo refere-se a danos significativos ao meio ambiente, caracterizados pela destruição em larga escala de ecossistemas. A proposta estabelece penas que variam de 10 a 40 anos de prisão, além de sanções administrativas.
O projeto classifica o ecocídio em duas categorias: o simples, que prevê penas de 10 a 20 anos de reclusão, e o qualificado, que pode resultar em penas de 15 a 30 anos se houver morte de pessoas, ou de 20 a 40 anos se o crime for cometido em benefício de organizações criminosas. Além disso, os infratores estarão sujeitos a multas e outras sanções administrativas.
As sanções administrativas incluem a suspensão ou cassação de licenças ambientais e a interdição das atividades que causaram o dano. A proposta também prevê a responsabilização penal e administrativa de pessoas jurídicas, ampliando o alcance das penalidades para empresas envolvidas em práticas de ecocídio.
As multas geradas pela nova legislação devem ser direcionadas ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, que é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. Essa destinação visa garantir que os recursos sejam utilizados para ações de preservação e recuperação ambiental.
A definição legal do ecocídio representa um avanço significativo na proteção ambiental no Brasil, refletindo uma crescente preocupação com a sustentabilidade e a preservação dos recursos naturais. A proposta de Lewandowski busca não apenas punir os responsáveis, mas também prevenir futuros danos ao meio ambiente.
Em um contexto onde a proteção ambiental se torna cada vez mais urgente, iniciativas como essa devem ser apoiadas pela sociedade civil. A mobilização em torno de projetos que visem a recuperação e a preservação do meio ambiente pode fazer a diferença na luta contra o ecocídio e na promoção de um futuro mais sustentável.
A Green Zone da COP30 em Belém do Pará será um espaço aberto ao público para apresentar soluções climáticas e promover colaboração entre diversos setores. Inscrições vão até 22 de julho.
O Ibama investirá R$ 178 mil na aquisição de novos fuzis para intensificar o combate ao crime organizado na Amazônia, após receber R$ 825 milhões do Fundo Amazônia, o maior aporte da história do fundo. Essa ação visa fortalecer a fiscalização ambiental e o controle do desmatamento ilegal, em resposta ao desmonte sofrido durante a gestão de Jair Bolsonaro.
Duas exposições em São Paulo e no Rio de Janeiro abordam a conexão entre arte e meio ambiente, enquanto a Câmara dos Deputados aprova projeto que compromete a proteção ambiental, gerando críticas.
A Votorantim anunciou a criação de centros de biodiversidade para pesquisa de espécies nativas, visando a compensação de carbono e a mitigação das mudanças climáticas, durante o seminário "COP30". A iniciativa destaca a importância da conservação florestal para o PIB brasileiro e a necessidade de inovação em práticas de manejo.
O Rio de Janeiro sediará a Conferência da Década do Oceano em 2027, destacando o compromisso do Brasil com a sustentabilidade oceânica. O evento, coorganizado pela UNESCO e o MCTI, visa promover soluções transformadoras.
Em 2024, o Brasil enfrentou a maior perda de cobertura arbórea desde 2016, com trinta milhões de hectares degradados, sendo 66% por incêndios, superando a agricultura. O Global Forest Watch alerta para um ciclo perigoso de mudanças climáticas.