O Brasil enfrenta uma drástica redução de seu rebanho de jumentos, com uma perda de 94% desde 1996, impulsionada pela crescente demanda por pele para gelatina medicinal na China. Especialistas alertam sobre a extinção e maus-tratos.

A domesticação do jumento, que ocorreu há cerca de sete mil anos, fez desse animal um importante aliado no trabalho rural, especialmente no nordeste brasileiro. Além disso, a tradição cristã o associa à entrada de Jesus Cristo em Jerusalém, um evento significativo na história religiosa. Contudo, a situação atual do jumento no Brasil é alarmante, com uma redução de noventa e quatro por cento em seu rebanho desde mil novecentos e noventa e seis.
De acordo com a Frente Nacional de Defesa dos Jumentos, a demanda crescente por pele de jumentos, utilizada na produção de uma gelatina medicinal chinesa chamada eijao, contribuiu para essa drástica diminuição. Entre dois mil e dezesseis e dois mil e vinte e um, essa demanda aumentou em cento e sessenta por cento, resultando no abate de aproximadamente cinco milhões e quinhentos mil jumentos apenas em dois mil e vinte e um.
Recentemente, especialistas se reuniram em Maceió para discutir estratégias de preservação desses animais no 3º Workshop Jumentos do Brasil. O professor Adroaldo Zanella, do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal da Universidade de São Paulo (USP), destacou a gravidade da situação, afirmando que o comércio de jumentos ameaça não apenas a população brasileira, mas também a global.
Um estudo publicado em dois mil e vinte e um na Revista Brasileira de Pesquisa Veterinária e Ciência Animal alertou que o Brasil não possui fazendas de reprodução de jumentos. Se o ritmo de abate continuar, a extinção da população local é uma possibilidade real. As projeções indicam que, até dois mil e vinte e sete, o número de jumentos abatidos pode chegar a seis milhões e oitocentos mil.
Além do risco de extinção, a criação e o abate de jumentos no Brasil estão associados a práticas de maus-tratos. Uma pesquisa com mais de cem jumentos revelou sinais de abandono e má-nutrição, evidenciando a necessidade urgente de intervenções para garantir o bem-estar desses animais. A situação é preocupante e exige a atenção da sociedade e das autoridades.
Neste contexto, a união da sociedade civil pode ser fundamental para promover ações que ajudem a preservar essa espécie ameaçada. Projetos que visem a proteção e o bem-estar dos jumentos devem ser incentivados, pois podem fazer a diferença na luta contra a extinção e os maus-tratos. A mobilização em torno dessa causa é essencial para garantir um futuro melhor para esses animais.

A Polícia Federal destruiu máquinas de garimpo ilegal no Parque do Tumucumaque, destacando a urgência de unir o setor privado no combate a crimes ambientais e na promoção de práticas sustentáveis.

Investigação revela que projetos de compensação de carbono na Amazônia beneficiam indivíduos e empresas multados por desmatamento ilegal, levantando sérias preocupações sobre a integridade do mercado. A análise da Reuters destaca que 24 dos 36 projetos examinados envolvem participantes com histórico de infrações ambientais, comprometendo a eficácia das iniciativas de preservação.

Dois sauins-de-coleira se recuperam no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) em Manaus, destacando a grave ameaça à espécie, que teve sua população reduzida em 80% desde 1997. A conservação depende de ações efetivas e engajamento social.
Um barco passou por cima da cauda de uma baleia-franca e seu filhote na Praia do Moçambique, em Florianópolis, gerando uma investigação do Ibama. O incidente, registrado por um fotógrafo, pode configurar infração à legislação de proteção aos cetáceos.

Dr. Carlos Nobre introduziu o termo "Trumping Point", referindo-se ao impacto sociopolítico das decisões de Donald Trump na luta contra as mudanças climáticas, destacando a urgência da COP30 no Brasil.

Três pinguins-de-magalhães foram avistados na praia de Itaipu, em Niterói, enquanto um pinguim debilitado foi resgatado no Arpoador e quatro mortos encontrados na Praia da Reserva. A presença desses animais, que migram da Patagônia em busca de alimento, levanta preocupações sobre sua saúde e bem-estar. O Projeto de Monitoramento de Praias orienta a população a não se aproximar e a reportar avistamentos.