Estudo revela a evolução da poluição por metais no Lago das Garças, destacando a queda do chumbo após 1986 e a persistência de outros metais, reforçando a necessidade de políticas ambientais eficazes.
A poluição por metais na cidade de São Paulo é um problema histórico, intensificado pela industrialização e crescimento populacional. Um estudo recente, publicado na revista Environmental Science and Pollution Research, analisou a evolução da poluição no Lago das Garças, utilizando a paleolimnologia para reconstruir um século de dados a partir de sedimentos. Os pesquisadores identificaram uma forte correlação entre a industrialização e o aumento da contaminação por metais.
O estudo, coordenado por Tatiane Araujo de Jesus, da Universidade Federal do ABC (UFABC), revelou que amostras de sedimentos coletadas no lago, que não foi dragado, preservaram a sequência histórica da deposição de poluentes. Os cientistas analisaram concentrações de oito metais: cobalto, cromo, cobre, ferro, manganês, níquel, chumbo e zinco, revelando três períodos distintos de poluição.
Até mil novecentos e cinquenta, as camadas sedimentares mostraram baixas concentrações de metais, refletindo um período pré-industrial. Entre mil novecentos e cinquenta e mil novecentos e setenta e cinco, os níveis de poluentes começaram a aumentar, impulsionados pela urbanização e pela instalação de indústrias na região. O pico da poluição ocorreu entre mil novecentos e setenta e cinco e dois mil, com um aumento significativo nos níveis de metais.
Um dos achados mais relevantes foi a queda dos níveis de chumbo após mil novecentos e oitenta e seis, quando o Brasil proibiu o uso de gasolina com chumbo. Essa proibição, parte do Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve), demonstrou que políticas ambientais podem ter efeitos positivos e mensuráveis. No entanto, outros metais, como cobalto e níquel, continuaram a aumentar, possivelmente devido a mudanças nos processos industriais.
Os pesquisadores destacam que os sedimentos atuam como um arquivo ambiental, armazenando evidências das mudanças ao longo do tempo. Essa análise pode guiar estratégias de recuperação ambiental, uma vez que muitos metais ainda persistem nos sedimentos, representando um passivo ambiental. A pesquisa sugere que, embora algumas reduções tenham sido observadas, é necessário um esforço contínuo para controlar a poluição nas áreas circundantes.
Os resultados do estudo reforçam a necessidade de políticas públicas mais rigorosas para a redução da poluição industrial e veicular. A conscientização sobre a importância da preservação ambiental é crucial. A união da sociedade pode ser um fator decisivo para apoiar iniciativas que visem a recuperação de áreas contaminadas e a proteção do meio ambiente, beneficiando a todos.
Cientistas descobriram a nova espécie de sucuri-verde, Eunectes akayima, na Amazônia, medindo 8 metros e pesando mais de 200 quilos, revelando divergência genética de 5,5% em relação à Eunectes murinus. A descoberta ressalta a urgência de ações de conservação, dado o risco de extinção da espécie devido ao desmatamento e mudanças climáticas.
Um mutirão de limpeza na Ilha Grande, promovido pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a ONG Somos Natureza, removeu 242 quilos de lixo, incluindo resíduos de outros países. Voluntários internacionais participaram da ação, que destaca a poluição marinha e a importância da conservação ambiental.
David Obura, chairman da IPBES, destaca a urgência de integrar oceanos, biodiversidade e clima nas políticas globais, enfatizando avanços legislativos no Brasil e a colaboração internacional necessária para enfrentar crises ambientais.
O governo lançou o Plano BR-319, que visa a pavimentação da rodovia entre Porto Velho e Manaus, com foco na preservação ambiental e proteção das terras indígenas. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou a importância de estudos de impacto e governança para evitar desmatamento e degradação. A licença prévia está suspensa, e a nova abordagem busca evitar erros do passado, como na BR-163.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro Waldez Góes assinarão a ordem de serviço para duplicação da estação de bombeamento EBI-3, aumentando a capacidade de abastecimento no Nordeste. A cerimônia ocorrerá em Salgueiro, Pernambuco, e beneficiará 237 municípios e cerca de 8,1 milhões de pessoas, como parte da iniciativa Caminho das Águas.
O Brasil se prepara para a COP30, que ocorrerá na Amazônia em 2025, com foco em políticas de desenvolvimento sustentável e segurança hídrica, segundo Valder Ribeiro, do MIDR. O evento reunirá quase 200 países.