David Obura, chairman da IPBES, destaca a urgência de integrar oceanos, biodiversidade e clima nas políticas globais, enfatizando avanços legislativos no Brasil e a colaboração internacional necessária para enfrentar crises ambientais.

David Obura, chairman da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), destacou a urgência de integrar oceanos, biodiversidade e clima nas políticas globais. Em sua visita ao Brasil, ele ressaltou que, apesar do aumento da conscientização sobre a perda de biodiversidade, as ações ainda são insuficientes. A IPBES, criada em 2012 por 94 países, busca sistematizar o conhecimento científico para apoiar decisões políticas, semelhante ao trabalho do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
Obura enfatizou que a interconexão entre clima, biodiversidade e oceanos é crucial, pois ações em uma área impactam as outras. Ele afirmou que a abordagem integrada é necessária para entender como os recursos naturais, como água e alimentos, dependem da saúde dos ecossistemas. A separação dessas agendas, segundo ele, é impulsionada por uma economia capitalista que prioriza o lucro em detrimento da sustentabilidade ambiental.
Recentemente, a IPBES tem promovido iniciativas para integrar essas agendas, como a colaboração com o Ministério do Meio Ambiente do Brasil, que resultou em novas legislações para prevenir incêndios florestais. Obura mencionou que a ciência deve ser útil para formuladores de políticas, e que as avaliações realizadas pela IPBES têm sido utilizadas por diversos setores, demonstrando a relevância dos dados científicos na prática.
Obura também expressou seu desejo de aumentar a compreensão sobre o papel da IPBES, que vai além da biodiversidade, abordando como a natureza sustenta as economias e sociedades. Ele destacou que a degradação ambiental atual compromete a capacidade de atender às necessidades humanas, e que é fundamental que as pessoas reconheçam essa relação.
Sobre a participação dos Estados Unidos na IPBES, Obura afirmou que, embora o país esteja ativo nas discussões, não é signatário da Convenção sobre Diversidade Biológica. Ele alertou que a atual abordagem do governo americano, focada na maximização do lucro, está retrocedendo em termos de políticas de biodiversidade e conscientização pública.
Por fim, Obura espera que a COP30, programada para novembro no Brasil, seja uma oportunidade para que a agenda do oceano e da biodiversidade seja incorporada na agenda climática. Ele acredita que as soluções apresentadas no Relatório Nexus podem ser implementadas imediatamente, ajudando países a enfrentar crises climáticas e hídricas. A união em torno dessas questões é vital para promover ações que beneficiem a sociedade e o meio ambiente.

A Apoena promove neste sábado (10) a terceira edição do evento Global Big Day em Presidente Epitácio, com observação de aves e café da manhã comunitário. O objetivo é conscientizar sobre a preservação ambiental e valorizar a biodiversidade local.

O BNDES e o Ministério do Meio Ambiente anunciaram R$ 210 milhões para revitalizar o Fundo Amazônia, priorizando parcerias com municípios na luta contra o desmatamento. A iniciativa visa reduzir pela metade a destruição florestal em estados críticos, beneficiando mais de 14 mil famílias com projetos sustentáveis.

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e o Banco Mundial firmam parceria com um empréstimo de US$ 500 milhões e doação de US$ 2 milhões para projetos no Nordeste. A 3ª missão técnica de alinhamento, de 18 a 22 de agosto, visa estruturar o financiamento para o desenvolvimento regional, focando em segurança hídrica e bioeconomia.

A aprovação do projeto que flexibiliza o licenciamento ambiental no Senado gera luto e preocupação na ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que clama por mobilização popular para reverter a situação. Ela alerta para os impactos ambientais e a necessidade de uma política ambiental confiável.

A ativista Orsola de Castro propõe uma mudança radical no consumo de moda, sugerindo a compra de apenas três peças novas por ano e a valorização do conserto. Essa iniciativa visa reduzir o impacto ambiental da indústria, que gera enormes quantidades de resíduos e emissões.

Ressacas em Niterói causam danos severos nas praias de Camboinhas e Sossego, levando a interdições e retirada de contêineres. A Defesa Civil alerta para ondas de até 3,5 metros e destaca a vulnerabilidade de Piratininga a eventos climáticos extremos.