A pressão por um veto integral ao Projeto de Lei 2.159/21, que altera o licenciamento ambiental no Brasil, cresce em São Paulo, enquanto Lula avalia as consequências da sanção. Ambientalistas alertam para retrocessos significativos na legislação.

O Projeto de Lei 2.159/21, que modifica as normas de licenciamento ambiental no Brasil, foi aprovado em julho e gerou intensos debates entre ambientalistas e setores da indústria e agronegócio. Recentemente, ações de conscientização em São Paulo, organizadas por ONGs, pediram o veto total ao projeto. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, está analisando o PL com sua equipe e deve anunciar sua decisão até o dia oito de setembro.
As manifestações em São Paulo incluíram projeções de frases como “Veta Tudo, Lula” em prédios do Centro, buscando mobilizar a população contra o que é considerado um retrocesso nas políticas ambientais. O PL, que passou por diversas alterações na Câmara e no Senado, é visto por críticos como um “crime histórico” que compromete décadas de avanços na legislação ambiental. Apesar disso, setores industriais e do agronegócio defendem a aprovação integral do projeto, alegando que ele facilitará a realização de obras de infraestrutura.
O presidente Lula designou ministros, incluindo Rui Costa (Casa Civil) e Marina Silva (Meio Ambiente), para elaborar uma análise técnica do projeto. A expectativa é que essa análise inclua sugestões de vetos a artigos que possam ser prejudiciais ao meio ambiente. Marina Silva já indicou que haverá “vetos inevitáveis” e que o governo busca alternativas para preservar o licenciamento ambiental.
Do lado oposto, 90 organizações empresariais, lideradas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), enviaram uma carta a Lula pedindo a sanção integral do PL. O documento argumenta que o sistema atual de licenciamento é burocrático e inseguro, o que desestimula investimentos. Em contrapartida, as principais ONGs ambientalistas do Brasil criticam o projeto, afirmando que ele cria um cenário de “caos regulatório” e fragiliza a análise de impactos ambientais.
O Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais (FBOMS) e o Instituto Socioambiental (ISA) alertam que o PL pode colocar em risco terras indígenas e territórios quilombolas, além de permitir um aumento na ocorrência de desastres ambientais. O Ministério Público Federal também recomendou o veto a trinta artigos do projeto, destacando que a nova lei representa um retrocesso significativo no direito ao meio ambiente.
Com a pressão crescente de ambos os lados, a situação se torna cada vez mais tensa. A possibilidade de vetos parciais ou integrais ao PL é debatida, mas a expectativa é de que o Congresso possa tentar derrubá-los. Em meio a esse cenário, a mobilização da sociedade civil é crucial para garantir que as vozes em defesa do meio ambiente sejam ouvidas e que projetos que visem à proteção ambiental sejam apoiados. A união em torno de causas ambientais pode fazer a diferença na luta por um futuro sustentável.

A UCB Power lançou o primeiro sistema fotovoltaico de baterias de sódio no Brasil, beneficiando 43 famílias na Amazônia com um investimento de R$ 1,2 milhão. A iniciativa promete transformar a realidade local, oferecendo acesso à energia limpa e impulsionando a economia da comunidade.

A Geomit, joint venture da Mitsui Gás e Energia do Brasil e da Geo biogas & carbon, firmou um memorando com a Companhia Mineira de Açúcar e Álcool para construir uma planta de biogás em Uberaba (MG). O projeto utilizará resíduos da cana-de-açúcar, como vinhaça e bagaço, para produzir biometano, contribuindo para a sustentabilidade e o escoamento do gás renovável na região.

A Câmara de São Paulo retoma os trabalhos com foco em projetos polêmicos, como a flexibilização da Lei Cidade Limpa e a proposta contra artistas que fazem apologia ao crime. O Instituto Butantan também apresenta um novo projeto para preservar árvores.

Pesquisadores brasileiros estão promovendo uma "micro revolução verde" na agricultura, utilizando microrganismos como Bradyrhizobium para reduzir a dependência de fertilizantes nitrogenados na soja, com benefícios econômicos e ambientais significativos.

A Polícia Federal, em colaboração com o Ibama e a FUNAI, destruiu 16 dragas de garimpo ilegal no Vale do Javari, visando proteger comunidades indígenas e ecossistemas ameaçados. A operação Nindaid Isquim, realizada entre 24 de abril e 1º de maio, também coletou informações para futuras investigações sobre líderes e financiadores do garimpo.

Uma onça-pintada foi avistada em um condomínio de luxo em Ji-Paraná, levando autoridades a mobilizarem uma força-tarefa para proteger o animal e a população local. O Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) está atuando para monitorar a situação e resgatar filhotes em cativeiro.